Estudo físico-químico, farmacotoxicológico e modelagem pkpd para desenvolvimento de uma nova formulação micelar de anfotericina B

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva Filho, Miguel Adelino da
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23941
Resumo: O aumento da incidência das infecções fúngicas sistêmicas juntamente com o crescimento de isolados clínicos resistente ao tratamento usual é um cenário epidemiológico é desafiador para a prática clínica. O desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas é de suma importância para o controle desse quadro epidemiológico. A anfotericina B micelar (AmB-D) apresenta um satisfatório perfil de atividade, porém sua toxicidade é pronunciada. Uma alternativa para redução da sua toxicidade é o aquecimento moderado da AmB-D que resulta nos superagregados (AmB-H). Objetivando desenvolver uma nova alternativa terapêutica, foi avaliado as modificações estruturais da AmB-H acessando suas características físico-químicas, perfil de toxicidade “in vitro” em hemácias, atividade “in vitro” em cepas de Candida sp e o delineamento de um modelo semi mecanístico PKPD. A espectroscopia demonstrou que há um deslocamento da banda dos agregados de 327nm para 323nm, AmB-D e AmB-H respectivamente. O estudo de diluição comprovou que AmB-H atua como reservatório das formas monoméricas de anfotercinida B. Os estudos de toxicidade em hemácias demonstraram que as formas agregadas de AmB-H em altas concentrações (5mg.L-1 e 50mg.L-1) apresenta em torno de 2% de liberação de hemoglobina enquanto que a AmB-D apresenta liberação de 100%, comprovando o perfil de baixa toxicidade por um modelo mais robusto. A avaliação de atividade da AmB-H apresentou resultados similares aos da AmB-D em ensaios com C. albicans e C. parapsiloses. A avaliação das etapas críticas do processo de liofilização de AmB-H demonstrou ser um procedimento seguro, o que torna uma excelente estratégia de produção dos superagregados. Com relação à farmacometria, o modelo semi mecanístico PKPD demonstrou que AmB-H é cerca de 25% mais potente que a AmB-D e também forneceu outros importantes dados quantitativos que corroboram com a literatura científica e que servirão de suporte tanto para o desenvolvimento de estudos clínicos. Todos esses dados demonstram que a AmB-H é um sistema promissor e juntamente com outros dados da literatura, fornece subsídios científicos sólidos para dar início aos estudos clínicos e finalmente o desenvolvimento de uma nova estratégia terapêutica.
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Tese (Doutorado em Ciências da Saúde) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2017.https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23941O aumento da incidência das infecções fúngicas sistêmicas juntamente com o crescimento de isolados clínicos resistente ao tratamento usual é um cenário epidemiológico é desafiador para a prática clínica. O desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas é de suma importância para o controle desse quadro epidemiológico. A anfotericina B micelar (AmB-D) apresenta um satisfatório perfil de atividade, porém sua toxicidade é pronunciada. Uma alternativa para redução da sua toxicidade é o aquecimento moderado da AmB-D que resulta nos superagregados (AmB-H). Objetivando desenvolver uma nova alternativa terapêutica, foi avaliado as modificações estruturais da AmB-H acessando suas características físico-químicas, perfil de toxicidade “in vitro” em hemácias, atividade “in vitro” em cepas de Candida sp e o delineamento de um modelo semi mecanístico PKPD. A espectroscopia demonstrou que há um deslocamento da banda dos agregados de 327nm para 323nm, AmB-D e AmB-H respectivamente. O estudo de diluição comprovou que AmB-H atua como reservatório das formas monoméricas de anfotercinida B. Os estudos de toxicidade em hemácias demonstraram que as formas agregadas de AmB-H em altas concentrações (5mg.L-1 e 50mg.L-1) apresenta em torno de 2% de liberação de hemoglobina enquanto que a AmB-D apresenta liberação de 100%, comprovando o perfil de baixa toxicidade por um modelo mais robusto. A avaliação de atividade da AmB-H apresentou resultados similares aos da AmB-D em ensaios com C. albicans e C. parapsiloses. A avaliação das etapas críticas do processo de liofilização de AmB-H demonstrou ser um procedimento seguro, o que torna uma excelente estratégia de produção dos superagregados. Com relação à farmacometria, o modelo semi mecanístico PKPD demonstrou que AmB-H é cerca de 25% mais potente que a AmB-D e também forneceu outros importantes dados quantitativos que corroboram com a literatura científica e que servirão de suporte tanto para o desenvolvimento de estudos clínicos. Todos esses dados demonstram que a AmB-H é um sistema promissor e juntamente com outros dados da literatura, fornece subsídios científicos sólidos para dar início aos estudos clínicos e finalmente o desenvolvimento de uma nova estratégia terapêutica.The increasing incidence of systemic fungal infections along with the growth of clinical isolates resistant to first line clinical treatment is a challenging epidemiological scenario in clinical practice. The development of new strategies is of paramount importance for the control of this rampant problem. Micellar amphotericin B (AmB-D) has a satisfactory activity profile, but its toxicity is pronounced. An alternative to reduce its toxicity is the controled heating of AmB-D resulting in superaggregates (AmB-H). Aiming a new therapeutic alternative, it was evaluated as structural modifications of AmB-H by accessing its physico-chemical characteristics, “in vitro” toxicity profile in red blood cells, “in vitro” activity in Candida sp strains and designed a semi-mechanistic PKPD model. A spectroscopy screening showed that there is a blue shift at the aggregate band from 327nm to 323nm, AmB-D and AmB-H respectively. The dilution study showed that AmB-H acts as the reservoir for the amphotericin B monomeric forms. Red blood cell toxicity studies have demonstrated that at high concentrations of AmB-H (5mg.L-1 and 50mg.L-1) presents around 2% of hemoglobin leakage whereas AmB-D presents the 100%, proving the profile of low toxicity by this experiment model. The activity evaluation, the AmB-H presented similar results to AmB-D against C. albicans and C. parapsiloses. The evaluation of the critical steps of the freeze-drying process, AmB-H has proven no changing during the process making it a good manufacturing strategy. Regarding the pharmacometrics, the semi-mechanistic PKPD model demonstrated that AmB-H is about 25% more potent than AmB-D and the model also provides quantitative parameters estimates that corroborate with a scientific literature and it provides a support to the development of clinical trials. All these data demonstrate that AmB-H is a promising system and together with scientific literature, it produces solid scientific subsidies to initiate clinical trials and finally the development of a new therapeutic strategy.porCNPQ::CIENCIAS DA SAUDEAnfotericina BTecnologia farmacêuticaSuperagregadosModelagem PKPDEstudo físico-químico, farmacotoxicológico e modelagem pkpd para desenvolvimento de uma nova formulação micelar de anfotericina Binfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDEUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALEstudoFísico-químicoFarmacotoxicológico_SilvaFilho_2017.pdfEstudoFísico-químicoFarmacotoxicológico_SilvaFilho_2017.pdfapplication/pdf3292560https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/23941/1/EstudoF%c3%adsico-qu%c3%admicoFarmacotoxicol%c3%b3gico_SilvaFilho_2017.pdf520588970dec450decfe429043264262MD51TEXTMiguelAdelinoDaSilvaFilho_TESE.pdf.txtMiguelAdelinoDaSilvaFilho_TESE.pdf.txtExtracted texttext/plain155377https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/23941/4/MiguelAdelinoDaSilvaFilho_TESE.pdf.txtc727451c2c3b75a1a444f221fe79a68dMD54EstudoFísico-químicoFarmacotoxicológico_SilvaFilho_2017.pdf.txtEstudoFísico-químicoFarmacotoxicológico_SilvaFilho_2017.pdf.txtExtracted texttext/plain155313https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/23941/6/EstudoF%c3%adsico-qu%c3%admicoFarmacotoxicol%c3%b3gico_SilvaFilho_2017.pdf.txtedf68a2464657d98310f18b578bc553fMD56THUMBNAILMiguelAdelinoDaSilvaFilho_TESE.pdf.jpgMiguelAdelinoDaSilvaFilho_TESE.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg1828https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/23941/5/MiguelAdelinoDaSilvaFilho_TESE.pdf.jpgbc78b82e43f6a98c5ff64f570cc4872dMD55EstudoFísico-químicoFarmacotoxicológico_SilvaFilho_2017.pdf.jpgEstudoFísico-químicoFarmacotoxicológico_SilvaFilho_2017.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1195https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/23941/7/EstudoF%c3%adsico-qu%c3%admicoFarmacotoxicol%c3%b3gico_SilvaFilho_2017.pdf.jpg60b09448dc5c30a1b1906ea7fba090f4MD57123456789/239412019-05-26 02:41:51.174oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/23941Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2019-05-26T05:41:51Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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