“Nova classe média” ou classe trabalhadora mais terceirizada?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Jéssica Augusto dos
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/36444
Resumo: Pretendemos com esse trabalho fazer uma reflexão crítica acerca das particularidades da precarização estrutural do trabalho no Brasil, em especial da terceirização. O objetivo principal deste trabalho é analisar e identificar os processos de precarização e terceirização do trabalho no Brasil e seus principais desdobramentos para a classe trabalhadora, em um contexto de intensificação da lógica da acumulação flexível e da ampla desregulamentação do mercado de trabalho. Para isso, fizemos pesquisa bibliográfica e a coleta de informações e dados secundários disponíveis em sites oficiais. Utilizando o método crítico-dialético como escolha teórico-metodológica, destacamos o período dos governos Lula e Dilma, contrastando o discurso governamental de que o país seria majoritariamente composto por uma “nova classe média” com dados que demostram que a maioria dos postos de trabalho criados nestes governos estavam entre os mais precarizados e que essa ampliação da precarização do mercado de trabalho brasileiro se deu através da terceirização como “nova” modalidade da absorção da força de trabalho assalariada. Localizamos este processo resgatando as particularidades sociais e históricas da precarização estrutural do trabalho no Brasil e considerando o contexto histórico de crise do capitalismo e de ampla regressão dos direitos trabalhistas e previdenciários. A expansão da terceirização no período dos governos petistas se revela como um dos desdobramentos para a classe trabalhadora da nova ofensiva do capital na produção das condições históricas do capitalismo flexível, marcada pela precariedade salarial, pelos contratos flexíveis, altas jornadas de trabalho e alta rotatividade.
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