A afirmação da vontade de viver no suicídio: uma abordagem filosófica com base em Schopenhauer
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/55687 |
Resumo: | Por meio deste trabalho, é possível ter uma perspectiva sobre o suicídio, sob a ótica do filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860). O objetivo desta pesquisa é alcançar um aprofundamento no tema do suicídio, com base nas obras: O mundo como vontade e representação (Tomo I e II), Sobre a ética, em que são traduzidos alguns capítulos do segundo volume de Parerga e Paralipomena, e um capítulo de Arthur Schopenhauer no Brasil: em memória dos 150 anos da morte de Schopenhauer. A base da filosofia de Schopenhauer parte da vontade, que seria a essência de tudo o que há na Natureza, como ímpeto para a existência, caracterizada por ser irracional, cega e desprovida de finalidade. Essa vontade manifesta-se no mundo através do corpo, buscando incessantemente satisfazer seus impulsos. Schopenhauer argumenta que o ser humano é a expressão mais sofisticada da vontade, mas sua diferenciação vai além da mera racionalidade ou natureza biológica. Contrariamente à ideia inicial de que o suicídio nega a vontade de viver, ele argumenta que, na verdade, representa uma violenta forma de afirmação dessa vontade. Portanto, uma pessoa não busca realmente a morte cometendo suicídio, mas sim libertar-se do tormento de sua vida – a essa pessoa supostamente agradaria outro modo de viver. Quando a dor se torna insuportável, o medo da morte desaparece e a ideia da não-existência se torna desejável, oferecendo alívio. O suicídio, ao contrário do que aparenta, está enraizado em um profundo desejo de continuar vivendo, embora sob circunstâncias diferentes, onde a ausência de dor e sofrimento seja o objetivo primordial. |
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Lopes, Paulo Paulo Henrique da Silva.https://orcid.org/0000-0002-7634-3611http://lattes.cnpq.br/6057299637983019Pereira, Gilmara CoutinhoSilva, Jéssica BarrosNascimento, Dax Fonseca Moraes Paes2023-12-08T11:33:55Z2023-12-08T11:33:55Z2023-10-31LOPES, Paulo Henrique da Silva. A afirmação da vontade de viver no suicídio: uma abordagem filosófica com base em Schopenhauer. 2023. 43 f. Monografia (graduação em Filosofia) - Universidade federal do Rio Grande do Norte, Departamento de Filosofa, Natal, 2023.https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/55687Por meio deste trabalho, é possível ter uma perspectiva sobre o suicídio, sob a ótica do filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860). O objetivo desta pesquisa é alcançar um aprofundamento no tema do suicídio, com base nas obras: O mundo como vontade e representação (Tomo I e II), Sobre a ética, em que são traduzidos alguns capítulos do segundo volume de Parerga e Paralipomena, e um capítulo de Arthur Schopenhauer no Brasil: em memória dos 150 anos da morte de Schopenhauer. A base da filosofia de Schopenhauer parte da vontade, que seria a essência de tudo o que há na Natureza, como ímpeto para a existência, caracterizada por ser irracional, cega e desprovida de finalidade. Essa vontade manifesta-se no mundo através do corpo, buscando incessantemente satisfazer seus impulsos. Schopenhauer argumenta que o ser humano é a expressão mais sofisticada da vontade, mas sua diferenciação vai além da mera racionalidade ou natureza biológica. Contrariamente à ideia inicial de que o suicídio nega a vontade de viver, ele argumenta que, na verdade, representa uma violenta forma de afirmação dessa vontade. Portanto, uma pessoa não busca realmente a morte cometendo suicídio, mas sim libertar-se do tormento de sua vida – a essa pessoa supostamente agradaria outro modo de viver. Quando a dor se torna insuportável, o medo da morte desaparece e a ideia da não-existência se torna desejável, oferecendo alívio. O suicídio, ao contrário do que aparenta, está enraizado em um profundo desejo de continuar vivendo, embora sob circunstâncias diferentes, onde a ausência de dor e sofrimento seja o objetivo primordial.Through this work, it is possible to gain insight into suicide from the perspective of the German philosopher Arthur Schopenhauer (1788-1860). The aim of this research is to delve deeper into the theme of suicide based on works such as The World as Will and Representation (Volumes I and II), On Ethics, which includes a translation of some chapters from Parerga and Paralipomena (Volume II), and a chapter from Arthur Schopenhauer in Brazil: in Memory of the 150th Anniversary of Schopenhauer's Death. Schopenhauer's philosophy is rooted in the will, the very essence of everything in Nature, impelling existence and characterized by being irrational, blind, and devoid of purpose. This will manifests in the world through the body, incessantly seeking to satisfy its impulses. Schopenhauer argues that the human being is the most sophisticated expression of the will, yet its differentiation extends beyond mere rationality or biological nature. Contrary to the initial idea that suicide denies the will to live, he argues that it actually represents a violent affirmation of that will. Therefore, a person doesn't truly seek death by committing suicide; rather, they aim to free themselves from the torment of their life – supposedly preferring a different way of living. When the pain becomes unbearable, the fear of death fades, and the idea of non-existence becomes desirable, offering relief. Suicide, contrary to appearances, is rooted in a profound desire to keep living, albeit under different circumstances, where the absence of pain and suffering is the primary objective.Universidade Federal do Rio Grande do NorteFilosofia - BachareladoUFRNBrasilDepartamento de FilosofiaAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIASuicídioSofrimentoAfirmação da vontadeNegação da vontadeA afirmação da vontade de viver no suicídio: uma abordagem filosófica com base em SchopenhauerThe affirmation of the will to live in suicide: a philosophical approach based on Schopenhauerinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALTCC - deposito.pdfTCC - deposito.pdfMonografia, com ficha catalográfica adicionada.application/pdf399725https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/55687/2/TCC%20-%20deposito.pdf1170577e82402d361d7825dd4a648115MD52CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/55687/3/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81484https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/55687/4/license.txte9597aa2854d128fd968be5edc8a28d9MD54123456789/556872023-12-08 08:33:56.179oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/55687Tk9OLUVYQ0xVU0lWRSBESVNUUklCVVRJT04gTElDRU5TRQoKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIGRlbGl2ZXJpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBNci4gKGF1dGhvciBvciBjb3B5cmlnaHQgaG9sZGVyKToKCgphKSBHcmFudHMgdGhlIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIFJpbyBHcmFuZGUgZG8gTm9ydGUgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgb2YKcmVwcm9kdWNlLCBjb252ZXJ0IChhcyBkZWZpbmVkIGJlbG93KSwgY29tbXVuaWNhdGUgYW5kIC8gb3IKZGlzdHJpYnV0ZSB0aGUgZGVsaXZlcmVkIGRvY3VtZW50IChpbmNsdWRpbmcgYWJzdHJhY3QgLyBhYnN0cmFjdCkgaW4KZGlnaXRhbCBvciBwcmludGVkIGZvcm1hdCBhbmQgaW4gYW55IG1lZGl1bS4KCmIpIERlY2xhcmVzIHRoYXQgdGhlIGRvY3VtZW50IHN1Ym1pdHRlZCBpcyBpdHMgb3JpZ2luYWwgd29yaywgYW5kIHRoYXQKeW91IGhhdmUgdGhlIHJpZ2h0IHRvIGdyYW50IHRoZSByaWdodHMgY29udGFpbmVkIGluIHRoaXMgbGljZW5zZS4gRGVjbGFyZXMKdGhhdCB0aGUgZGVsaXZlcnkgb2YgdGhlIGRvY3VtZW50IGRvZXMgbm90IGluZnJpbmdlLCBhcyBmYXIgYXMgaXQgaXMKdGhlIHJpZ2h0cyBvZiBhbnkgb3RoZXIgcGVyc29uIG9yIGVudGl0eS4KCmMpIElmIHRoZSBkb2N1bWVudCBkZWxpdmVyZWQgY29udGFpbnMgbWF0ZXJpYWwgd2hpY2ggZG9lcyBub3QKcmlnaHRzLCBkZWNsYXJlcyB0aGF0IGl0IGhhcyBvYnRhaW5lZCBhdXRob3JpemF0aW9uIGZyb20gdGhlIGhvbGRlciBvZiB0aGUKY29weXJpZ2h0IHRvIGdyYW50IHRoZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gR3JhbmRlIGRvIE5vcnRlIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdCB0aGlzIG1hdGVyaWFsIHdob3NlIHJpZ2h0cyBhcmUgb2YKdGhpcmQgcGFydGllcyBpcyBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZpZWQgYW5kIHJlY29nbml6ZWQgaW4gdGhlIHRleHQgb3IKY29udGVudCBvZiB0aGUgZG9jdW1lbnQgZGVsaXZlcmVkLgoKSWYgdGhlIGRvY3VtZW50IHN1Ym1pdHRlZCBpcyBiYXNlZCBvbiBmdW5kZWQgb3Igc3VwcG9ydGVkIHdvcmsKYnkgYW5vdGhlciBpbnN0aXR1dGlvbiBvdGhlciB0aGFuIHRoZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gR3JhbmRlIGRvIE5vcnRlLCBkZWNsYXJlcyB0aGF0IGl0IGhhcyBmdWxmaWxsZWQgYW55IG9ibGlnYXRpb25zIHJlcXVpcmVkIGJ5IHRoZSByZXNwZWN0aXZlIGFncmVlbWVudCBvciBhZ3JlZW1lbnQuCgpUaGUgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUmlvIEdyYW5kZSBkbyBOb3J0ZSB3aWxsIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZnkgaXRzIG5hbWUgKHMpIGFzIHRoZSBhdXRob3IgKHMpIG9yIGhvbGRlciAocykgb2YgdGhlIGRvY3VtZW50J3MgcmlnaHRzCmRlbGl2ZXJlZCwgYW5kIHdpbGwgbm90IG1ha2UgYW55IGNoYW5nZXMsIG90aGVyIHRoYW4gdGhvc2UgcGVybWl0dGVkIGJ5CnRoaXMgbGljZW5zZQo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2023-12-08T11:33:56Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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Por meio deste trabalho, é possível ter uma perspectiva sobre o suicídio, sob a ótica do filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860). O objetivo desta pesquisa é alcançar um aprofundamento no tema do suicídio, com base nas obras: O mundo como vontade e representação (Tomo I e II), Sobre a ética, em que são traduzidos alguns capítulos do segundo volume de Parerga e Paralipomena, e um capítulo de Arthur Schopenhauer no Brasil: em memória dos 150 anos da morte de Schopenhauer. A base da filosofia de Schopenhauer parte da vontade, que seria a essência de tudo o que há na Natureza, como ímpeto para a existência, caracterizada por ser irracional, cega e desprovida de finalidade. Essa vontade manifesta-se no mundo através do corpo, buscando incessantemente satisfazer seus impulsos. Schopenhauer argumenta que o ser humano é a expressão mais sofisticada da vontade, mas sua diferenciação vai além da mera racionalidade ou natureza biológica. Contrariamente à ideia inicial de que o suicídio nega a vontade de viver, ele argumenta que, na verdade, representa uma violenta forma de afirmação dessa vontade. Portanto, uma pessoa não busca realmente a morte cometendo suicídio, mas sim libertar-se do tormento de sua vida – a essa pessoa supostamente agradaria outro modo de viver. Quando a dor se torna insuportável, o medo da morte desaparece e a ideia da não-existência se torna desejável, oferecendo alívio. O suicídio, ao contrário do que aparenta, está enraizado em um profundo desejo de continuar vivendo, embora sob circunstâncias diferentes, onde a ausência de dor e sofrimento seja o objetivo primordial. |
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