A cidade geossimbólica e suas afetações na dinâmica do espaço vivido em Natal (RN) - Brasil
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/48240 |
Resumo: | Uma relação afetiva liga o citadino à cidade enquanto uma construção material e humana, que se torna imaterial quando cultuada. Pela topofilia e pela topofobia como estruturantes dessa dinâmica, a cidade vai sendo (re)definida e o entendimento do espaço vivido e das experiências que lhe sustentam vai sendo delineado. Nesse processo, institui-se uma cidade carregada de afetividades e significações, como ancoradouro de experiências múltiplas: a cidade geossimbólica. Em direção à epistemologia de uma Geografia Humanista Cultural, encara-se esta ideia de cidade como experiência do espaço vivido, sendo ela muito mais do que formas delineadas por concreto erguido e pela dinâmica da natureza: ela contém a afetividade humana! Sob esta perspectiva, a tese em tela estuda a cidade de Natal, capital do Rio Grande do Norte, considerando suas afetações na dinâmica do espaço vivido. Para tanto, destaca os geossímbolos da cidade – ou mais comumente os monumentos, como via de acesso à afetividade citadina. Na dimensão cultural da constituição da cidade, os geossímbolos são formas geográficas suscetíveis de conotar valores e sentimentos, que influem significativamente no processo de construção do vivível, do dizível e do visível na matriz discursiva de Natal. Sob uma perspectiva fenomenológica, entender como essa cidade afeta aqueles que nela vivem é o objetivo principal desta tese. Para alcançá-lo, dentre os procedimentos e técnicas que validam o trabalho acadêmico, fez-se necessário: 1) pesquisa bibliográfica; 2) pesquisa documental de fonte primária e secundária; 3) pesquisa de campo e, 4) pesquisa em ambiente virtual – geociberespaço, tendo como plataforma de coleta de dados a rede social Facebook, para o estudo da topofobia e topofilia em representações gráficas por emojis. Estas representações engendram modos de ver, dizer e viver a cidade midiatizada por imagens em contextos contemporâneos, nos quais as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), têm engendrado tipos diversos de relacionamentos sócio-espaciais. Nesta ordem, a cidade geossimbólica emerge como resultado de discursos-imagens em torno dela e de seus geossímbolos naturais e sociais, em relação aos quais os citadinos desenvolvem sentimentos, criam laços de afeição ou deles desgostam, atribuindo-lhes a prioridade de propiciar felicidade ou tristeza. Por este prisma, a cidade é mais um espaço substancial, afetivo, do que um recorte geográfico delimitado. Nesta dinâmica, a vitalidade da cidade vai se revelando nas experiências e no modo de como ela afeta o citadino. |
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Martins, Josenildo da Silvahttps://orcid.org/0000-0001-5046-2586http://lattes.cnpq.br/3806043380756607http://lattes.cnpq.br/6296149707446296Dozena, Alessandrohttps://orcid.org/0000-0001-9910-5715http://lattes.cnpq.br/1811716812760920Fernandez, Pablo Sebastian MoreiraMarandola, EduardoMelo, Evaneide Maria deFelipe, José Lacerda AlvesDantas, Eugênia Maria2022-06-20T21:53:52Z2022-06-20T21:53:52Z2022-02-14MARTINS, Josenildo da Silva. A cidade geossimbólica e suas afetações na dinâmica do espaço vivido em Natal (RN) - Brasil. 2022. 128f. Tese (Doutorado em Geografia) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2022.https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/48240Uma relação afetiva liga o citadino à cidade enquanto uma construção material e humana, que se torna imaterial quando cultuada. Pela topofilia e pela topofobia como estruturantes dessa dinâmica, a cidade vai sendo (re)definida e o entendimento do espaço vivido e das experiências que lhe sustentam vai sendo delineado. Nesse processo, institui-se uma cidade carregada de afetividades e significações, como ancoradouro de experiências múltiplas: a cidade geossimbólica. Em direção à epistemologia de uma Geografia Humanista Cultural, encara-se esta ideia de cidade como experiência do espaço vivido, sendo ela muito mais do que formas delineadas por concreto erguido e pela dinâmica da natureza: ela contém a afetividade humana! Sob esta perspectiva, a tese em tela estuda a cidade de Natal, capital do Rio Grande do Norte, considerando suas afetações na dinâmica do espaço vivido. Para tanto, destaca os geossímbolos da cidade – ou mais comumente os monumentos, como via de acesso à afetividade citadina. Na dimensão cultural da constituição da cidade, os geossímbolos são formas geográficas suscetíveis de conotar valores e sentimentos, que influem significativamente no processo de construção do vivível, do dizível e do visível na matriz discursiva de Natal. Sob uma perspectiva fenomenológica, entender como essa cidade afeta aqueles que nela vivem é o objetivo principal desta tese. Para alcançá-lo, dentre os procedimentos e técnicas que validam o trabalho acadêmico, fez-se necessário: 1) pesquisa bibliográfica; 2) pesquisa documental de fonte primária e secundária; 3) pesquisa de campo e, 4) pesquisa em ambiente virtual – geociberespaço, tendo como plataforma de coleta de dados a rede social Facebook, para o estudo da topofobia e topofilia em representações gráficas por emojis. Estas representações engendram modos de ver, dizer e viver a cidade midiatizada por imagens em contextos contemporâneos, nos quais as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), têm engendrado tipos diversos de relacionamentos sócio-espaciais. Nesta ordem, a cidade geossimbólica emerge como resultado de discursos-imagens em torno dela e de seus geossímbolos naturais e sociais, em relação aos quais os citadinos desenvolvem sentimentos, criam laços de afeição ou deles desgostam, atribuindo-lhes a prioridade de propiciar felicidade ou tristeza. Por este prisma, a cidade é mais um espaço substancial, afetivo, do que um recorte geográfico delimitado. Nesta dinâmica, a vitalidade da cidade vai se revelando nas experiências e no modo de como ela afeta o citadino.An affective relation binds the citizen to the city as a material and human construction which becomes immaterial when worshiped. Through topophilia and topophobia as structuring elements of this dynamic, the city is (re)defined and the understanding of the space lived and the experiences which sustain it is outlined. In this process, a city loaded with affectivity and meanings is established as an anchorage of multiple experiences: the geosymbolic city. In the direction of the epistemology of a Cultural Humanist Geography, we face this idea of city as an experience of lived space, being much more than forms delineated by raised concrete and by the dynamics of nature: it contains human affectivity! Under this perspective, the thesis studies the city of Natal, capital of Rio Grande do Norte, considering its affections in the dynamics of the lived space. To do so, it highlights the geosymbols of the city – or, more commonly, its monuments, as a way to access the city's affectivity. In the cultural dimension of the constitution of the city, geosymbols are geographic forms susceptible of connoting values and feelings, which significantly influence the process of construction of the livable, the sayable and the visible in the discursive matrix of Natal. Under a phenomenological perspective, understanding how this city affects those who live in it becomes the main goal of this thesis. To achieve it, among the procedures and techniques that validate the academic work, it was necessary: 1) bibliographical research; 2) documentary research of primary and secondary sources; 3) field research and, 4) research in virtual environment – geo-cyberspace, having as platform of data collection the social network Facebook, for the study of topophobia and topophilia in graphic representations by emojis. These representations engender ways of seeing, saying and living the city mediated by images in contemporary contexts, in which Information and Communication Technologies (ICTs), have engendered diverse types of socio-spatial relationships. In this order, the geosymbolic city emerges as a result of discourse-images around it and its natural and social geosymbols, in relation to which citizens develop feelings, create bonds of affection or dislike them, attributing to them the priority of providing happiness or sadness. From this point of view, the city is rather a substantial, affective space, than a delimited geographic cutout. In this dynamic, the vitality of the city is revealed in the experiences and in the way it affects the citizen.Universidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIAUFRNBrasilCidade geossimbólicaExperiênciaEspaço vividoAfetividadeNatal (Rio Grande do Norte)A cidade geossimbólica e suas afetações na dinâmica do espaço vivido em Natal (RN) - Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALCidadegeossimbolicaafetacoes_Martins_2022.pdfapplication/pdf3545841https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/48240/1/Cidadegeossimbolicaafetacoes_Martins_2022.pdf0a7535e08c47e7afc49fc32921d91d48MD51123456789/482402022-06-20 18:54:41.098oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/48240Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2022-06-20T21:54:41Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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