Caracterização da cortiça de Calotropis Procera como potencial aplicação em materiais sustentáveis

• Autor(a) principal: Silva, Anaxmandro Pereira da
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/50962
• topic: CNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA MECANICA; Cortiça; Calotropis Procera; Materiais sustentáveis; Ecomaterial

A indústria corticeira no mundo tem se destacado pela sua inovação e constante crescimento. A cortiça hoje é utilizada em diferentes segmentos industriais e nos mais variados produtos como cortiça bruta, placas, revestimentos, isolamentos, e compósitos dentre outros. As propriedades peculiares da cortiça de leveza, elasticidade, compressão com memória elástica, resistência ao atrito e características hipoalérgicas dentre outras, associadas aos avanços das pesquisas e desenvolvimentos na área, tornam possível diversas utilizações desta matéria prima 100% natural e renovável. O Objetivo deste trabalho foi desenvolver um ecomaterial obtido da cortiça da planta Calotropis Procera, para a potencial aplicação industrial ante avaliação de sua propriedade mecânica de resistência a tração. O material suberoso mostrou potenciais características corticais de acordo com a micrografia, confirmada pela análise BET, estrutura amorfa em sua espectroscopia por difração de raios-x, baixa densidade com média de 0,24 kg/dm³, estabilidade térmica e picos de FTIR característicos corticais. O ângulo de contato médio da amostra in natura apresentou média de 139,3º, o que a caracteriza como hidrofóbica e após moagem e compactação em amostra por molde, manteve a condição hidrofóbica com tendência hidrofílica com decremento em seu ângulo de contato para em torno de 89,4º. O material composto de resina GreenPoxy (GP) e cortiça, foi submetido a ensaio mecânico de resistência a tração para comparar com o material composto somente de GP. Em comparação com as amostras compostas somente de GP, as amostras do GP com cortiça apresentaram uma resistência média a fratura na razão em torno de 29% na força de tração e 26% menor no alongamento em relação as amostras de GP e 0,6% a menor no peso. No XPS, foi confirmada a quantidade de C e O como seus principais constituintes, ratificado nos EDS e FRX. Diante dos resultados, pode-se concluir que a cortiça pode ter aplicações como carga em compósitos termofixos.