Microencapsulação de fisetina em células de levedura (saccharomyces cerevisiae) através de choque osmótico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Câmara Júnior, Antonio de Anchieta
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22730
Resumo: Moléculas bioativas tais como flavonoides, antioxidantes e vitaminas podem ser incorporadas a produtos alimentícios com apelo funcional. No entanto, flavonoides lipossolúveis como a fisetina possuem biodisponibilidade reduzida quando submetidos ao pH do trato gastrointestinal humano. Nesse caso, a microencapsulação desse tipo de bioativo em células de levedura Saccharomyces cerevisiae através de choque osmótico é uma estratégia promissora para proteger e transportar essas substâncias in vivo. Contudo, até o presente não havia sido relatado estudo quantitativo sobre esse processo. Desse modo, este trabalho avaliou a eficiência do processo de encapsulação (EE) e o teor de fisetina internalizada (FI) nas células da levedura através de dois métodos de quantificação: (1) cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) e (2) espectrofotometria UV-Visível. Os parâmetros operacionais foram determinados por meio do delineamento composto central rotacional 23. As variáveis analisadas foram a concentração de fisetina (C), a pressão osmótica de desidratação (P) e a temperatura do processo (T). A caracterização das células foi realizada através de microscopia confocal a laser (MCL), microscopia eletrônica de varredura (MEV) e viabilidade celular. Os melhores resultados foram obtidos pelo método 2 nas condições dos pontos centrais (C = 2,00 mg.mL-1, P = 30 MPa e T = 25 °C), onde a EE = 33,30 % e teor de FI = 1,20 mg. Os ensaios de MCL mostraram que a etapa de lavagem com etanol, indispensável no método 1, influenciou negativamente a EE e o teor de FI. As imagens em alta resolução capturadas pela MEV mostraram que o choque osmótico não afetou a estrutura encapsulante do envelope celular da levedura. A manutenção das células em soluções com P ≤ 30 MPa reduziu ligeiramente a viabilidade celular (84 % viáveis) e a comparação com a amostra controle não mostrou diferença significativa (p.< 0,05). Os resultados encontrados demonstram o forte potencial do uso das leveduras como matrizes encapsulantes para componentes bioativos sensíveis. Estes resultados demonstram que essa técnica pode ser aplicada com sucesso na produção de produtos alimentícios com alto teor de compostos bioativos.
id UFRN_a7e7008372c562002de4c83ec40e7623
oai_identifier_str oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/22730
network_acronym_str UFRN
network_name_str Repositório Institucional da UFRN
repository_id_str
spelling Câmara Júnior, Antonio de AnchietaPedrini, Marcia Regina da SilvaAlmeida, Andrea Farias deScortecci, Katia CastanhoVerissimo, Lourena MafraCorreia, Roberta Targino Pinto2017-04-24T18:29:24Z2017-04-24T18:29:24Z2014-10-07CÂMARA JÚNIOR, Antonio de Anchieta . Microencapsulação de fisetina em células de levedura (saccharomyces cerevisiae) através de choque osmótico. 2014. 87f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Química) - Centro de Tecnologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2014.https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22730Moléculas bioativas tais como flavonoides, antioxidantes e vitaminas podem ser incorporadas a produtos alimentícios com apelo funcional. No entanto, flavonoides lipossolúveis como a fisetina possuem biodisponibilidade reduzida quando submetidos ao pH do trato gastrointestinal humano. Nesse caso, a microencapsulação desse tipo de bioativo em células de levedura Saccharomyces cerevisiae através de choque osmótico é uma estratégia promissora para proteger e transportar essas substâncias in vivo. Contudo, até o presente não havia sido relatado estudo quantitativo sobre esse processo. Desse modo, este trabalho avaliou a eficiência do processo de encapsulação (EE) e o teor de fisetina internalizada (FI) nas células da levedura através de dois métodos de quantificação: (1) cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) e (2) espectrofotometria UV-Visível. Os parâmetros operacionais foram determinados por meio do delineamento composto central rotacional 23. As variáveis analisadas foram a concentração de fisetina (C), a pressão osmótica de desidratação (P) e a temperatura do processo (T). A caracterização das células foi realizada através de microscopia confocal a laser (MCL), microscopia eletrônica de varredura (MEV) e viabilidade celular. Os melhores resultados foram obtidos pelo método 2 nas condições dos pontos centrais (C = 2,00 mg.mL-1, P = 30 MPa e T = 25 °C), onde a EE = 33,30 % e teor de FI = 1,20 mg. Os ensaios de MCL mostraram que a etapa de lavagem com etanol, indispensável no método 1, influenciou negativamente a EE e o teor de FI. As imagens em alta resolução capturadas pela MEV mostraram que o choque osmótico não afetou a estrutura encapsulante do envelope celular da levedura. A manutenção das células em soluções com P ≤ 30 MPa reduziu ligeiramente a viabilidade celular (84 % viáveis) e a comparação com a amostra controle não mostrou diferença significativa (p.< 0,05). Os resultados encontrados demonstram o forte potencial do uso das leveduras como matrizes encapsulantes para componentes bioativos sensíveis. Estes resultados demonstram que essa técnica pode ser aplicada com sucesso na produção de produtos alimentícios com alto teor de compostos bioativos.Moléculas bioativas tais como flavonoides, antioxidantes e vitaminas podem ser incorporadas a produtos alimentícios com apelo funcional. No entanto, flavonoides lipossolúveis como a fisetina possuem biodisponibilidade reduzida quando submetidos ao pH do trato gastrointestinal humano. Nesse caso, a microencapsulação desse tipo de bioativo em células de levedura Saccharomyces cerevisiae através de choque osmótico é uma estratégia promissora para proteger e transportar essas substâncias in vivo. Contudo, até o presente não havia sido relatado estudo quantitativo sobre esse processo. Desse modo, este trabalho avaliou a eficiência do processo de encapsulação (EE) e o teor de fisetina internalizada (FI) nas células da levedura através de dois métodos de quantificação: (1) cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) e (2) espectrofotometria UV-Visível. Os parâmetros operacionais foram determinados por meio do delineamento composto central rotacional 23. As variáveis analisadas foram a concentração de fisetina (C), a pressão osmótica de desidratação (P) e a temperatura do processo (T). A caracterização das células foi realizada através de microscopia confocal a laser (MCL), microscopia eletrônica de varredura (MEV) e viabilidade celular. Os melhores resultados foram obtidos pelo método 2 nas condições dos pontos centrais (C = 2,00 mg.mL-1, P = 30 MPa e T = 25 °C), onde a EE = 33,30 % e teor de FI = 1,20 mg. Os ensaios de MCL mostraram que a etapa de lavagem com etanol, indispensável no método 1, influenciou negativamente a EE e o teor de FI. As imagens em alta resolução capturadas pela MEV mostraram que o choque osmótico não afetou a estrutura encapsulante do envelope celular da levedura. A manutenção das células em soluções com P ≤ 30 MPa reduziu ligeiramente a viabilidade celular (84 % viáveis) e a comparação com a amostra controle não mostrou diferença significativa (p.< 0,05). Os resultados encontrados demonstram o forte potencial do uso das leveduras como matrizes encapsulantes para componentes bioativos sensíveis. Estes resultados demonstram que essa técnica pode ser aplicada com sucesso na produção de produtos alimentícios com alto teor de compostos bioativos.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)porCNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA QUIMICALeveduraflavonoidesfisetinachoque osmóticomicroencapsulação.Microencapsulação de fisetina em células de levedura (saccharomyces cerevisiae) através de choque osmóticoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICAUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALAntonioDeAnchietaCamaraJunior_DISSERT.pdfAntonioDeAnchietaCamaraJunior_DISSERT.pdfapplication/pdf6111878https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22730/1/AntonioDeAnchietaCamaraJunior_DISSERT.pdf00dfd21288946b21a97b1af6561fde74MD51TEXTAntonioDeAnchietaCamaraJunior_DISSERT.pdf.txtAntonioDeAnchietaCamaraJunior_DISSERT.pdf.txtExtracted texttext/plain187506https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22730/4/AntonioDeAnchietaCamaraJunior_DISSERT.pdf.txte80ceb07b3c32e03bb9023e785ab6591MD54THUMBNAILAntonioDeAnchietaCamaraJunior_DISSERT.pdf.jpgAntonioDeAnchietaCamaraJunior_DISSERT.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg4333https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22730/5/AntonioDeAnchietaCamaraJunior_DISSERT.pdf.jpg0e1629d7c7dc5c90bac2ec22f4ae529cMD55123456789/227302017-11-03 08:50:49.187oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/22730Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2017-11-03T11:50:49Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Microencapsulação de fisetina em células de levedura (saccharomyces cerevisiae) através de choque osmótico
title Microencapsulação de fisetina em células de levedura (saccharomyces cerevisiae) através de choque osmótico
spellingShingle Microencapsulação de fisetina em células de levedura (saccharomyces cerevisiae) através de choque osmótico
Câmara Júnior, Antonio de Anchieta
CNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA QUIMICA
Levedura
flavonoides
fisetina
choque osmótico
microencapsulação.
title_short Microencapsulação de fisetina em células de levedura (saccharomyces cerevisiae) através de choque osmótico
title_full Microencapsulação de fisetina em células de levedura (saccharomyces cerevisiae) através de choque osmótico
title_fullStr Microencapsulação de fisetina em células de levedura (saccharomyces cerevisiae) através de choque osmótico
title_full_unstemmed Microencapsulação de fisetina em células de levedura (saccharomyces cerevisiae) através de choque osmótico
title_sort Microencapsulação de fisetina em células de levedura (saccharomyces cerevisiae) através de choque osmótico
author Câmara Júnior, Antonio de Anchieta
author_facet Câmara Júnior, Antonio de Anchieta
author_role author
dc.contributor.authorID.pt_BR.fl_str_mv
dc.contributor.advisorID.pt_BR.fl_str_mv
dc.contributor.advisor-co1ID.pt_BR.fl_str_mv
dc.contributor.referees1.none.fl_str_mv Almeida, Andrea Farias de
dc.contributor.referees1ID.pt_BR.fl_str_mv
dc.contributor.referees2.none.fl_str_mv Scortecci, Katia Castanho
dc.contributor.referees2ID.pt_BR.fl_str_mv
dc.contributor.referees3.none.fl_str_mv Verissimo, Lourena Mafra
dc.contributor.referees3ID.pt_BR.fl_str_mv
dc.contributor.author.fl_str_mv Câmara Júnior, Antonio de Anchieta
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Pedrini, Marcia Regina da Silva
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Correia, Roberta Targino Pinto
contributor_str_mv Pedrini, Marcia Regina da Silva
Correia, Roberta Targino Pinto
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA QUIMICA
topic CNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA QUIMICA
Levedura
flavonoides
fisetina
choque osmótico
microencapsulação.
dc.subject.por.fl_str_mv Levedura
flavonoides
fisetina
choque osmótico
microencapsulação.
description Moléculas bioativas tais como flavonoides, antioxidantes e vitaminas podem ser incorporadas a produtos alimentícios com apelo funcional. No entanto, flavonoides lipossolúveis como a fisetina possuem biodisponibilidade reduzida quando submetidos ao pH do trato gastrointestinal humano. Nesse caso, a microencapsulação desse tipo de bioativo em células de levedura Saccharomyces cerevisiae através de choque osmótico é uma estratégia promissora para proteger e transportar essas substâncias in vivo. Contudo, até o presente não havia sido relatado estudo quantitativo sobre esse processo. Desse modo, este trabalho avaliou a eficiência do processo de encapsulação (EE) e o teor de fisetina internalizada (FI) nas células da levedura através de dois métodos de quantificação: (1) cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) e (2) espectrofotometria UV-Visível. Os parâmetros operacionais foram determinados por meio do delineamento composto central rotacional 23. As variáveis analisadas foram a concentração de fisetina (C), a pressão osmótica de desidratação (P) e a temperatura do processo (T). A caracterização das células foi realizada através de microscopia confocal a laser (MCL), microscopia eletrônica de varredura (MEV) e viabilidade celular. Os melhores resultados foram obtidos pelo método 2 nas condições dos pontos centrais (C = 2,00 mg.mL-1, P = 30 MPa e T = 25 °C), onde a EE = 33,30 % e teor de FI = 1,20 mg. Os ensaios de MCL mostraram que a etapa de lavagem com etanol, indispensável no método 1, influenciou negativamente a EE e o teor de FI. As imagens em alta resolução capturadas pela MEV mostraram que o choque osmótico não afetou a estrutura encapsulante do envelope celular da levedura. A manutenção das células em soluções com P ≤ 30 MPa reduziu ligeiramente a viabilidade celular (84 % viáveis) e a comparação com a amostra controle não mostrou diferença significativa (p.< 0,05). Os resultados encontrados demonstram o forte potencial do uso das leveduras como matrizes encapsulantes para componentes bioativos sensíveis. Estes resultados demonstram que essa técnica pode ser aplicada com sucesso na produção de produtos alimentícios com alto teor de compostos bioativos.
publishDate 2014
dc.date.issued.fl_str_mv 2014-10-07
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2017-04-24T18:29:24Z
dc.date.available.fl_str_mv 2017-04-24T18:29:24Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv CÂMARA JÚNIOR, Antonio de Anchieta . Microencapsulação de fisetina em células de levedura (saccharomyces cerevisiae) através de choque osmótico. 2014. 87f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Química) - Centro de Tecnologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2014.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22730
identifier_str_mv CÂMARA JÚNIOR, Antonio de Anchieta . Microencapsulação de fisetina em células de levedura (saccharomyces cerevisiae) através de choque osmótico. 2014. 87f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Química) - Centro de Tecnologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2014.
url https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22730
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.program.fl_str_mv PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICA
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFRN
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRN
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
instacron:UFRN
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
instacron_str UFRN
institution UFRN
reponame_str Repositório Institucional da UFRN
collection Repositório Institucional da UFRN
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22730/1/AntonioDeAnchietaCamaraJunior_DISSERT.pdf
https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22730/4/AntonioDeAnchietaCamaraJunior_DISSERT.pdf.txt
https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22730/5/AntonioDeAnchietaCamaraJunior_DISSERT.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 00dfd21288946b21a97b1af6561fde74
e80ceb07b3c32e03bb9023e785ab6591
0e1629d7c7dc5c90bac2ec22f4ae529c
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1802117764501995520