O animal simbólico: simbolismo em Ernest Cassirer e Susanne Langer
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/51964 |
Resumo: | Este estudo analisa os principais desenvolvimentos da teoria dos símbolos, ou filosofia das formas simbólicas, pioneiramente expressa na obra do filósofo alemão Ernest Cassirer e posteriormente desenvolvida pela obra da filósofa norte americana Susanne Langer. Refletimos sobre o caráter basilar do simbolismo na constituição humana dos significados que permeiam as formas variadas da cultura. Além disso, de um ponto de vista privado ou individual, consideramos o modo como os símbolos “configuram” a apreensão da realidade em matizes cognitivos e emocionais. A linguagem, o mito, a religião, a arte e o conhecimento são os produtos da capacidade de simbolização, que de modo geral constitui a cultura. A utilização de símbolos se torna um delimitador entre a condição humana e a animal, na medida em que por via do simbolismo os seres humanos podem adiar suas respostas aos estímulos do ambiente, enquanto os animais reagem a eles de maneira impulsiva. Os seres humanos possuem ideias implícitas, crenças subjacentes, nunca questionadas, numa palavra, cosmovisões que permeiam nosso comportamento e pensamento diante das coisas. Essas vias conceituais funcionam como “trilhos” previamente dispostos por onde o intelecto que compreende os fenômenos da realidade pode mover-se e seguir direções determinadas. Mas, a realidade é complexa, isto é, possui múltiplos aspectos e dimensões. Por isso nossa linguagem, longe de apontar para algum substrato absolutamente verdadeiro nos objetos, limita-se a enfatizar aspectos particulares das coisas. A experiência humana com os objetos não pode nunca ser reduzida a algum viés específico de simbolização, como a abstração de fórmulas científicas; porque nunca podemos separar a percepção do objeto das qualidades de sentimento que acompanham essa percepção. Cada aspecto das múltiplas experiências humanas tem uma reinvindicação à “realidade”, e cada forma de simbolização garante ao ser humano a possibilidade de “estabilização” e “consolidação” das nossas percepções e pensamentos, diante de um mundo em constante mutação. |
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Dantas, Leandro Fernandeshttp://lattes.cnpq.br/8609763464936124http://lattes.cnpq.br/7983480785136119Moraes, Francisco José Dias dePassos, Fábio Abreu dosDias, Lucas BarretoPisseta, ÉcioAlves Neto, Rodrigo Ribeiro2023-03-27T18:49:07Z2023-03-27T18:49:07Z2022-04-27DANTAS, Leandro Fernandes. O animal simbólico: simbolismo em Ernest Cassirer e Susanne Langer. Orientador: Rodrigo Ribeiro Alves Neto. 2022. 138f. Tese (Doutorado em Filosofia) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2022.https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/51964Este estudo analisa os principais desenvolvimentos da teoria dos símbolos, ou filosofia das formas simbólicas, pioneiramente expressa na obra do filósofo alemão Ernest Cassirer e posteriormente desenvolvida pela obra da filósofa norte americana Susanne Langer. Refletimos sobre o caráter basilar do simbolismo na constituição humana dos significados que permeiam as formas variadas da cultura. Além disso, de um ponto de vista privado ou individual, consideramos o modo como os símbolos “configuram” a apreensão da realidade em matizes cognitivos e emocionais. A linguagem, o mito, a religião, a arte e o conhecimento são os produtos da capacidade de simbolização, que de modo geral constitui a cultura. A utilização de símbolos se torna um delimitador entre a condição humana e a animal, na medida em que por via do simbolismo os seres humanos podem adiar suas respostas aos estímulos do ambiente, enquanto os animais reagem a eles de maneira impulsiva. Os seres humanos possuem ideias implícitas, crenças subjacentes, nunca questionadas, numa palavra, cosmovisões que permeiam nosso comportamento e pensamento diante das coisas. Essas vias conceituais funcionam como “trilhos” previamente dispostos por onde o intelecto que compreende os fenômenos da realidade pode mover-se e seguir direções determinadas. Mas, a realidade é complexa, isto é, possui múltiplos aspectos e dimensões. Por isso nossa linguagem, longe de apontar para algum substrato absolutamente verdadeiro nos objetos, limita-se a enfatizar aspectos particulares das coisas. A experiência humana com os objetos não pode nunca ser reduzida a algum viés específico de simbolização, como a abstração de fórmulas científicas; porque nunca podemos separar a percepção do objeto das qualidades de sentimento que acompanham essa percepção. Cada aspecto das múltiplas experiências humanas tem uma reinvindicação à “realidade”, e cada forma de simbolização garante ao ser humano a possibilidade de “estabilização” e “consolidação” das nossas percepções e pensamentos, diante de um mundo em constante mutação.This study analyzes the main developments of the theory of symbols, or philosophy of symbolic forms, pioneered in the work of the German philosopher Ernest Cassirer and later developed by the work of the North American philosopher Susanne Langer. We reflect on the basic character of symbolism in the human constitution of meanings that permeate the varied forms of culture. Furthermore, from a private or individual point of view, we consider the way in which symbols “configure” the apprehension of reality in cognitive and emotional nuances. Language, myth, religion, art and knowledge are the products of the capacity for symbolization, which in general constitutes culture. The use of symbols becomes a delimiter between the human and the animal condition, insofar as, through symbolism, human beings can postpone their responses to environmental stimuli, while animals react to them impulsively. Human beings have implicit ideas, underlying beliefs, never questioned, in a word, worldviews that permeate our behavior and thinking about things. These conceptual paths work as “rails” previously arranged through which the intellect that understands the phenomena of reality can move and follow certain directions. But reality is complex, that is, it has multiple aspects and dimensions. That is why our language, far from pointing to some absolutely true substrate in objects, limits itself to emphasizing particular aspects of things. Human experience with objects can never be reduced to some specific bias of symbolization, such as the abstraction of scientific formulas; for we can never separate the perception of the object from the qualities of feeling that accompany that perception. Each aspect of multiple human experiences has a claim to “reality”, and each form of symbolization guarantees human beings the possibility of “stabilizing” and “consolidating” our perceptions and thoughts, in the face of a constantly changing world.Universidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIAUFRNBrasilCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIASimbolismoExpressãoSignificadoExperiênciaO animal simbólico: simbolismo em Ernest Cassirer e Susanne Langerinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALAnimalsimbolicosimbolismo_Dantas_2022.pdfapplication/pdf1402161https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/51964/1/Animalsimbolicosimbolismo_Dantas_2022.pdf8bb9ec2534562e93691d0af6f83f5fd8MD51123456789/519642023-03-27 15:49:43.498oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/51964Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2023-03-27T18:49:43Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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