Avaliação anti-inflamatória e antipeçonhenta das espécies Hancornia speciosa e Mimosa tenuiflora em modelos experimentais de inflamação e envenenamento induzidos por Bothrops jararaca e Tityus serrulatus

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bitencourt, Mariana Angélica Oliveira
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20110
Resumo: Os acidentes ocasionados por animais peçonhentos, pela frequência com que ocorrem e pela mortalidade que ocasionam, representam um sério problema de saúde pública em diversas regiões do Brasil, bem como em outros países do mundo. O uso de extratos de plantas medicinais como antídoto para casos de envenenamento é uma antiga prática utilizada, ainda hoje, em muitas comunidades que não têm acesso à soroterapia. As plantas medicinais representam uma importante fonte de obtenção de compostos bioativos capazes de auxiliar diretamente no tratamento do envenenamento ou indiretamente, suplementando a soroterapia utilizada atualmente. O objetivo deste trabalho é avaliar o efeito dos extratos aquosos, frações e compostos isolados das espécies Mimosa. Tenuiflora (jurema preta) e Harconia speciosa (mangaba) no processo inflamatório induzido por carragenina e as peçonhas de Bothrops jararaca e Tityus. serrulatus. Os resultados demonstraram que tanto os extratos de M. tenuiflora quanto de H. speciosa foram capazes de inibir a migração celular e a produção de citocinas no modelo de peritonite induzido por carragenina e peçonha de T. serrulatus. No modelo de envenenamento por B. jararaca, os camundongos tratados com os extratos das plantas em estudo reduziram o influxo leucocitário para a cavidade peritoneal. Por último, os extratos das plantas M. tenuiflora e H. speciosa apresentaram atividade antiflogística, reduzindo a formação do edema exercendo também uma ação inibitória da migração de leucócitos e dano tecidual na inflamação local induzida pela peçonha de B. jararaca. Além disso, foi desenvolvida a análise fitoquímica de ambos os extratos aquosos obtidos. Nessa abordagem,foi possível identificar, por meio de Cromatografia em Camada Delgada (CCD), a presença de flavonóides e saponinas ou terpenos no extrato aquoso da espécie vegetal M. tenuiflora. Paralelamente, por meio da análise por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE), foi possível identificar a presença de rutina e ácido clorogênico no extrato aquoso da planta H. speciosa. A partir dos resultados apresentados, pode-se concluir então, que a administração dos extratos, frações e compostos isolados de M. tenuiflora e H. speciosa resultou na inibição do processo inflamatório em diversos modelos experimentais. Este estudo demonstra, pela primeira vez, o efeito das plantas M. tenuiflora e H. speciosa na inibição da inflamação causada pelas peçonhas de B. jararaca e T. serrulatus.
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Tese (Doutorado em Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Medicamentos) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2015.https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20110Os acidentes ocasionados por animais peçonhentos, pela frequência com que ocorrem e pela mortalidade que ocasionam, representam um sério problema de saúde pública em diversas regiões do Brasil, bem como em outros países do mundo. O uso de extratos de plantas medicinais como antídoto para casos de envenenamento é uma antiga prática utilizada, ainda hoje, em muitas comunidades que não têm acesso à soroterapia. As plantas medicinais representam uma importante fonte de obtenção de compostos bioativos capazes de auxiliar diretamente no tratamento do envenenamento ou indiretamente, suplementando a soroterapia utilizada atualmente. O objetivo deste trabalho é avaliar o efeito dos extratos aquosos, frações e compostos isolados das espécies Mimosa. Tenuiflora (jurema preta) e Harconia speciosa (mangaba) no processo inflamatório induzido por carragenina e as peçonhas de Bothrops jararaca e Tityus. serrulatus. Os resultados demonstraram que tanto os extratos de M. tenuiflora quanto de H. speciosa foram capazes de inibir a migração celular e a produção de citocinas no modelo de peritonite induzido por carragenina e peçonha de T. serrulatus. No modelo de envenenamento por B. jararaca, os camundongos tratados com os extratos das plantas em estudo reduziram o influxo leucocitário para a cavidade peritoneal. Por último, os extratos das plantas M. tenuiflora e H. speciosa apresentaram atividade antiflogística, reduzindo a formação do edema exercendo também uma ação inibitória da migração de leucócitos e dano tecidual na inflamação local induzida pela peçonha de B. jararaca. Além disso, foi desenvolvida a análise fitoquímica de ambos os extratos aquosos obtidos. Nessa abordagem,foi possível identificar, por meio de Cromatografia em Camada Delgada (CCD), a presença de flavonóides e saponinas ou terpenos no extrato aquoso da espécie vegetal M. tenuiflora. Paralelamente, por meio da análise por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE), foi possível identificar a presença de rutina e ácido clorogênico no extrato aquoso da planta H. speciosa. A partir dos resultados apresentados, pode-se concluir então, que a administração dos extratos, frações e compostos isolados de M. tenuiflora e H. speciosa resultou na inibição do processo inflamatório em diversos modelos experimentais. Este estudo demonstra, pela primeira vez, o efeito das plantas M. tenuiflora e H. speciosa na inibição da inflamação causada pelas peçonhas de B. jararaca e T. serrulatus.Accidents caused by venomous animals represents a significant and serious public health problem in certain regions of Brazil, as well as in other parts of the world by the frequency with which they occur and the mortality they cause. The use of plant extracts as an antidote for poisoning cases is an ancient practice used in many communities that have no access to antivenom. Medicinal plants represent an important source of obtaining bioactive compounds able to assist directly in the treatment of poisoning or indirectly supplementing serum therapy currently used. The aim of this study was to evaluate the effect of extracts, fractions and isolated compounds from M. tenuiflora and H. speciosa in the inflammatory process induced by carrageenan and the venom of B. jararaca and T. serrulatus. The results showed that both M. tenuiflora and H. speciosa were capable of inhibiting cell migration and cytokines levels in peritonitis induced by carrageenin and venom of T. serrulatus. In poisoning by B. jararaca model, mice treated with the plants in studies decreased the leukocyte influx into the peritoneal cavity. Finally the M. tenuiflora and H. speciosa had antiphlogistic activity, reducing edema formation and exerted inhibitory action of leukocyte migration in local inflammation induced by the venom of B. jararaca. Through of Thin Layer Chromatography (TLC) analysis was possible identified the presence of flavonoids ,saponins and/or terpenes in aqueous extract of M. tenuiflora. By High Performance Liquid Chromatography analysis, it was possible to identify the presence of rutin and chlorogenic acid in aqueous extract of H. speciosa. We conclude that the administration of extracts, fractions and isolated compounds of H. speciosa and M. tenuiflora resulted in inhibition of the inflammatory process in different experimental models. This study demonstrates for the first time the effect of M. tenuiflora and H. speciosa in inhibition of the inflammation caused by B. jararaca and T. serrulatus venom.porUniversidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA EM MEDICAMENTOSUFRNBrasilCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE: DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA EM MEDICAMENTOSMimosa tenuifloraHarconia speciosaBothrops jararacaTityus serrulatusInflamaçãoAvaliação anti-inflamatória e antipeçonhenta das espécies Hancornia speciosa e Mimosa tenuiflora em modelos experimentais de inflamação e envenenamento induzidos por Bothrops jararaca e Tityus serrulatusinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALAvaliaçãoAnti-inflamatóriaAntipeçonhenta_Bitencourt_2015.pdfAvaliaçãoAnti-inflamatóriaAntipeçonhenta_Bitencourt_2015.pdfapplication/pdf3374657https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/20110/1/Avalia%c3%a7%c3%a3oAnti-inflamat%c3%b3riaAntipe%c3%a7onhenta_Bitencourt_2015.pdf26efdf74765e107b408b2ce919731397MD51TEXTMarianaAngelicaOliveiraBitencourt_TESE.pdf.txtMarianaAngelicaOliveiraBitencourt_TESE.pdf.txtExtracted texttext/plain243610https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/20110/6/MarianaAngelicaOliveiraBitencourt_TESE.pdf.txt63bbe9e70887211df7bd3a72ef83962cMD56AvaliaçãoAnti-inflamatóriaAntipeçonhenta_Bitencourt_2015.pdf.txtAvaliaçãoAnti-inflamatóriaAntipeçonhenta_Bitencourt_2015.pdf.txtExtracted texttext/plain242611https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/20110/8/Avalia%c3%a7%c3%a3oAnti-inflamat%c3%b3riaAntipe%c3%a7onhenta_Bitencourt_2015.pdf.txt5e7f1f3791db9b883f272eba9c1cbda9MD58THUMBNAILMarianaAngelicaOliveiraBitencourt_TESE.pdf.jpgMarianaAngelicaOliveiraBitencourt_TESE.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3807https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/20110/7/MarianaAngelicaOliveiraBitencourt_TESE.pdf.jpg262ed958cfdb0eff5f2042c6f1a2be46MD57AvaliaçãoAnti-inflamatóriaAntipeçonhenta_Bitencourt_2015.pdf.jpgAvaliaçãoAnti-inflamatóriaAntipeçonhenta_Bitencourt_2015.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1462https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/20110/9/Avalia%c3%a7%c3%a3oAnti-inflamat%c3%b3riaAntipe%c3%a7onhenta_Bitencourt_2015.pdf.jpgc59283e91f890f2b490b4a894842f177MD59123456789/201102019-05-26 02:36:44.643oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/20110Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2019-05-26T05:36:44Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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