Diferenciais regionais na mortalidade adulta por escolaridade no Brasil em 2010

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva Júnior, Walter Pedro
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26577
Resumo: Estudos sobre diferenciais de mortalidade por escolaridade são de grande relevância para a gestão da saúde pública no Brasil. Dado o contexto desigual dos processos de transição demográfica e epidemiológica entre estratos sociais, o objetivo desse trabalho é estimar os diferenciais educacionais na mortalidade adulta (25 a 59 anos) por grandes regiões, sexo e idade em 2010. A literatura tem apontado para uma relação inversa entre a mortalidade e a escolaridade, ou seja, quanto maior a escolaridade menor é o risco de o indivíduo morrer. Além disso, há evidências de que esses gradientes persistem em todas as idades, são maiores entre os homens, diminuem com a idade e sua magnitude difere entre as grandes regiões do país. Enquanto essa temática vem sendo discutida nos Estados Unidos desde a década de 1960, no Brasil os primeiros trabalhos são da década de 2000. Esse atraso é devido, principalmente, à péssima qualidade da variável escolaridade das declarações de óbitos registradas no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Para buscar evidências sobre esses gradientes educacionais, os microdados de óbitos do SIM em 2010 (para os óbitos) e os microdados do censo 2010 (para as quantidades populacionais) são as fontes de dados do estudo. Com isso, a proposta metodológica neste trabalho é realizar duas correções nos dados antes de proceder com as estimativas dos diferenciais educacionais na mortalidade. A primeira é corrigir a incompletitude da variável escolaridade através de métodos de imputação. Os métodos aplicados são: imputação múltipla e ABB – Approximate Bayesian Bootstrap. A segunda tratase da correção de sub-registro dos óbitos, utilizando fatores de correção médios da população geral por UF para corrigir apenas os óbitos de menores escolaridades em cada região. Os resultados em termos das taxas específicas de mortalidade estão em consonância com a literatura. Os riscos de morte são menores entre os indivíduos de alta escolaridade comparados aos de baixa e média escolaridade. Além disso, os diferenciais foram maiores para os homens e tendem a diminuir com a idade. Outro resultado importante é que não há diferenças regionais nos diferenciais de mortalidade segundo a escolaridade do falecido.
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A literatura tem apontado para uma relação inversa entre a mortalidade e a escolaridade, ou seja, quanto maior a escolaridade menor é o risco de o indivíduo morrer. Além disso, há evidências de que esses gradientes persistem em todas as idades, são maiores entre os homens, diminuem com a idade e sua magnitude difere entre as grandes regiões do país. Enquanto essa temática vem sendo discutida nos Estados Unidos desde a década de 1960, no Brasil os primeiros trabalhos são da década de 2000. Esse atraso é devido, principalmente, à péssima qualidade da variável escolaridade das declarações de óbitos registradas no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Para buscar evidências sobre esses gradientes educacionais, os microdados de óbitos do SIM em 2010 (para os óbitos) e os microdados do censo 2010 (para as quantidades populacionais) são as fontes de dados do estudo. Com isso, a proposta metodológica neste trabalho é realizar duas correções nos dados antes de proceder com as estimativas dos diferenciais educacionais na mortalidade. A primeira é corrigir a incompletitude da variável escolaridade através de métodos de imputação. Os métodos aplicados são: imputação múltipla e ABB – Approximate Bayesian Bootstrap. A segunda tratase da correção de sub-registro dos óbitos, utilizando fatores de correção médios da população geral por UF para corrigir apenas os óbitos de menores escolaridades em cada região. Os resultados em termos das taxas específicas de mortalidade estão em consonância com a literatura. Os riscos de morte são menores entre os indivíduos de alta escolaridade comparados aos de baixa e média escolaridade. Além disso, os diferenciais foram maiores para os homens e tendem a diminuir com a idade. Outro resultado importante é que não há diferenças regionais nos diferenciais de mortalidade segundo a escolaridade do falecido.Studies on mortality differentials by education have a great relevance for the management of public health in Brazil. Given the unequal context of processes of demographic and epidemiological transitions among social strata, the objective of this study is to estimate educational differentials in adult mortality (25-59 years) by regions, sex and age in 2010. The literature indicates that there is an inverse relationship between mortality and schooling, meaning that the higher the schooling the lower is the risk of death. In addition, there is evidence that these gradients persist at all ages. They are larger among men, diminishing with age and their magnitude differ among the country’s regions. Whilst this subject has been discussed in the United States since the 1960s, in Brazil the first works date from the 2000s. This delay is mainly due to the poor quality of the educational variable from the responses on death registered in the Mortality Information System (MIS). In order to search for evidence on these educational gradients, the microdata on death of MIS of 2010 (for deaths) and the microdata of the census 2010 (for population quantities) are the study’s sources of data. Accordingly, the methodological proposal is to make two corrections in the data before proceeding with the estimates of educational differentials in mortality. The first one is the correction of the incompleteness of the variable education through imputation methods. The methods applied are: the multiple imputation and the ABB (Approximate Bayesian Bootstrap). The second one is the correction of underreporting of deaths using average corrections factors of the general population by Federation Unit (FU) to correct only the deaths of lower schooling in each region. The results in terms of specific mortality rates are in line with the literature. The risks of death are lower among individuals with high schooling when compared to those with low and medium schooling. Moreover, differentials were higher for men, tending to decrease with age. Another important result is that there are no regional differences in the mortality differentials according to the schooling of the deceased.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)porCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::DEMOGRAFIAMortalidadeNível de escolaridadeDiferencial regionalDados faltantesDiferenciais regionais na mortalidade adulta por escolaridade no Brasil em 2010info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DEMOGRAFIAUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNTEXTDiferenciaisregionaismortalidade_SilvaJunior_2018.pdf.txtDiferenciaisregionaismortalidade_SilvaJunior_2018.pdf.txtExtracted texttext/plain250139https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/26577/2/Diferenciaisregionaismortalidade_SilvaJunior_2018.pdf.txt846b9dfa0325bf4710125580925c888eMD52DiferenciaisRegionaisMortalidade_SilvaJunior_2018.pdf.txtDiferenciaisRegionaisMortalidade_SilvaJunior_2018.pdf.txtExtracted texttext/plain249926https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/26577/4/DiferenciaisRegionaisMortalidade_SilvaJunior_2018.pdf.txtc3b4c0cb4df894e74141959cfa09ccd3MD54THUMBNAILDiferenciaisregionaismortalidade_SilvaJunior_2018.pdf.jpgDiferenciaisregionaismortalidade_SilvaJunior_2018.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg1740https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/26577/3/Diferenciaisregionaismortalidade_SilvaJunior_2018.pdf.jpg2176d88e9d7fd89cd9f46163acc5bdc0MD53DiferenciaisRegionaisMortalidade_SilvaJunior_2018.pdf.jpgDiferenciaisRegionaisMortalidade_SilvaJunior_2018.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1182https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/26577/5/DiferenciaisRegionaisMortalidade_SilvaJunior_2018.pdf.jpga2cede5ad3dfce6440a6a15f7b140c97MD55ORIGINALDiferenciaisRegionaisMortalidade_SilvaJunior_2018.pdfapplication/pdf2193024https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/26577/1/DiferenciaisRegionaisMortalidade_SilvaJunior_2018.pdfc0d1e8b9ce9ee35183780c4493f1d1bfMD51123456789/265772019-05-26 02:40:58.976oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/26577Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2019-05-26T05:40:58Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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