Mapeamento e avaliação do grau de risco de inundação em áreas urbanas
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28292 |
Resumo: | A urbanização brasileira ocorreu de uma forma diferenciada, nessa perspectiva os locais mais atrativos foram sendo ocupados pelo mercado imobiliário, enquanto isso a população com menor poder aquisitivo era forçada a ocupar áreas marginais das cidades, por serem economicamente atrativas, mas bastante perigosas. Estas áreas por muitas vezes possuíam uma infraestrutura precária, geralmente próxima de encostas, córregos ou margens de rios, nos períodos mais chuvosos a população residente dessas localidades ficam vulneráveis a eventos de caráter extremo, dentre eles vale citar os deslizamentos de terra, enchentes ou inundações. No estado do Rio Grande do Norte, as inundações é o segundo maior tipo de desastre recorrente, do ano de 1991 a 2010 esse tipo de ocorrência chegou a 20%, perdendo apenas para as estiagens que somavam 80%. A região mais atingida do estado pelas inundações, é o vale do açu, que abriga atividades como a carcinicultura, pecuária e fruticultura irrigada. Essa região compõe a bacia do Rio Piranhasaçu, sendo este rio o principal fornecedor de água no desenvolvimento do vale do açu e suas atividades, em períodos de excedente hídrico o rio transbordou, causando uma série de transtornos socioeconômicos, nos anos de 2008 a 2009, foram os últimos que se tem registro de inundação. Diante disso tudo, selecionamos três municípios do vale do açu (Alto do Rodrigues, Pendências e Carnaubais) ambas com histórico de inundação, para avaliarmos quais os impactos que tais eventos teriam, bem como as semelhanças e diferenças entre os municípios. Utilizamos uma metodologia que engloba a construção de mapas emergenciais de inundação combinando com o índice de vulnerabilidade, para a definição de um mapa final de risco. Três anos (1988; 2005 e 1985) foram selecionados para a construção do Mapa emergencial de inundação, sucessivamente os anos normal, chuvoso e muito chuvoso, de acordo com a delimitação de frequência dos Quantis: Normal (0.35<q≤0.65), Chuvoso (0.65<q≤0.85) e Muito Chuvoso (q>0.85) (XAVIER, 1999). Os mapas de inundação exibiram uma variabilidade na lâmina d’água, que mostra períodos onde a água se limita ao leito menor, em períodos normais, enquanto nos períodos mais chuvosos a água preenche toda a planície de inundação. Para os mapas de vulnerabilidade, convencionaram-se utilizar como unidade territorial, os setores censitários do IBGE e através da metodologia desenvolvida por Brito (2017), de posse de diversas variáveis socioeconômicas foi construída essa cartografia, que após a conclusão, evidenciou vulnerabilidade bastante concentrada nas áreas urbanas, sobrepomos esse resultado com o mapa de ameaça de inundação, e o resultado final foi o mapa de risco, que demonstrou três manchas urbanas que projetam o risco de forma diferenciada, basicamente Alto do Rodrigues apresentou maior risco seguido por Pendências e Carnaubais, este último com o menor risco de inundação, atrelada a sua mancha urbana. |
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Ferreira, Maurício Tolstoi dos SantosSilva, Cláudio Moisés Santos eNeves, Josemir AraújoNegri, Renato GalanteLúcio, Paulo Sérgio2020-01-17T17:28:14Z2020-01-17T17:28:14Z2019-08-29FERREIRA, Maurício Tolstoi dos Santos. Mapeamento e avaliação do grau de risco de inundação em áreas urbanas. 2019. 123f. Dissertação (Mestrado em Ciências Climáticas) - Centro de Ciências Exatas e da Terra, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2019.https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28292A urbanização brasileira ocorreu de uma forma diferenciada, nessa perspectiva os locais mais atrativos foram sendo ocupados pelo mercado imobiliário, enquanto isso a população com menor poder aquisitivo era forçada a ocupar áreas marginais das cidades, por serem economicamente atrativas, mas bastante perigosas. Estas áreas por muitas vezes possuíam uma infraestrutura precária, geralmente próxima de encostas, córregos ou margens de rios, nos períodos mais chuvosos a população residente dessas localidades ficam vulneráveis a eventos de caráter extremo, dentre eles vale citar os deslizamentos de terra, enchentes ou inundações. No estado do Rio Grande do Norte, as inundações é o segundo maior tipo de desastre recorrente, do ano de 1991 a 2010 esse tipo de ocorrência chegou a 20%, perdendo apenas para as estiagens que somavam 80%. A região mais atingida do estado pelas inundações, é o vale do açu, que abriga atividades como a carcinicultura, pecuária e fruticultura irrigada. Essa região compõe a bacia do Rio Piranhasaçu, sendo este rio o principal fornecedor de água no desenvolvimento do vale do açu e suas atividades, em períodos de excedente hídrico o rio transbordou, causando uma série de transtornos socioeconômicos, nos anos de 2008 a 2009, foram os últimos que se tem registro de inundação. Diante disso tudo, selecionamos três municípios do vale do açu (Alto do Rodrigues, Pendências e Carnaubais) ambas com histórico de inundação, para avaliarmos quais os impactos que tais eventos teriam, bem como as semelhanças e diferenças entre os municípios. Utilizamos uma metodologia que engloba a construção de mapas emergenciais de inundação combinando com o índice de vulnerabilidade, para a definição de um mapa final de risco. Três anos (1988; 2005 e 1985) foram selecionados para a construção do Mapa emergencial de inundação, sucessivamente os anos normal, chuvoso e muito chuvoso, de acordo com a delimitação de frequência dos Quantis: Normal (0.35<q≤0.65), Chuvoso (0.65<q≤0.85) e Muito Chuvoso (q>0.85) (XAVIER, 1999). Os mapas de inundação exibiram uma variabilidade na lâmina d’água, que mostra períodos onde a água se limita ao leito menor, em períodos normais, enquanto nos períodos mais chuvosos a água preenche toda a planície de inundação. Para os mapas de vulnerabilidade, convencionaram-se utilizar como unidade territorial, os setores censitários do IBGE e através da metodologia desenvolvida por Brito (2017), de posse de diversas variáveis socioeconômicas foi construída essa cartografia, que após a conclusão, evidenciou vulnerabilidade bastante concentrada nas áreas urbanas, sobrepomos esse resultado com o mapa de ameaça de inundação, e o resultado final foi o mapa de risco, que demonstrou três manchas urbanas que projetam o risco de forma diferenciada, basicamente Alto do Rodrigues apresentou maior risco seguido por Pendências e Carnaubais, este último com o menor risco de inundação, atrelada a sua mancha urbana.Brazilian urbanization occurred in a differentiated way, in this perspective the most attractive places were being occupied by the real estate market, while the population with less purchasing power was forced to occupy marginal areas of cities, because they are economically attractive, but quite dangerous. These areas often had a precarious infrastructure, usually close to slopes, streams or river banks, in the wettest periods the resident population of these localities are vulnerable to events of extreme character, among them worth citing landslides, floods or floods. In the state of Rio Grande do Norte, floods are the second largest type of recurring disaster, from 1991 to 2010 this type of occurrence reached 20%, second only to the droughts totaling 80%. The most affected region of the state by floods is the sugar valley, which houses activities such as carciniculture, livestock and irrigated fruit growing. This region comprises the Piranhas-açu River basin, this river being the main supplier of water in the development of the sugar valley and its activities, in periods of water surplus the river overflowed, causing a series of socioeconomic disorders, in the years 2008 to 2009, were the last to have a flood record. In view of all this, we selected three municipalities of the sugar valley (Alto do Rodrigues, Pending and Carnaubais) both with a flood history, to evaluate what impacts such events would have, as well as the similarities and differences between the municipalities. We use a methodology that encompasses the construction of emergency flood maps combining with the vulnerability index, for the definition of a final risk map. Three years (1988; 2005 and 1985) were selected for the construction of the Emergency Flood Map, successively the normal, rainy and very rainy years, according to quantis frequency delimitation: Normal (0.35<q≤0.65), Rainy (0.65<q≤0.85) and Very Rainy (q>0.85) (XAVIER, 1999). Flood maps exhibited a variability in the water slide, which shows periods where water is limited to the smaller bed in normal periods, while in the wettest periods the water fills the entire floodplain. For the vulnerability maps, this cartography was conventionally used as a territorial unit, the census tracts of IBGE and through the methodology developed by Brito (2017), possession of several socioeconomic variables, this cartography was constructed, which after completion, showed vulnerability very concentrated in urban areas, we overlapthis result with the flood threat map, and the final result was the risk map, which demonstrated three urban spots that project the differentiated form of risk, basically Alto do Rodrigues presented higher risk followed by Backlogs and Carnaubais, the latter with the lowest risk of flooding, linked to its urban spot.CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRARisco de inundaçãoQuantisAnálise de clusterÍndice vulnerabilidadeMapas emergenciaisSensoriamento remotoMapeamento e avaliação do grau de risco de inundação em áreas urbanasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CLIMÁTICASUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNTEXTMapeamentoavaliacaograu_Ferreira_2019.pdf.txtMapeamentoavaliacaograu_Ferreira_2019.pdf.txtExtracted texttext/plain115396https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/28292/2/Mapeamentoavaliacaograu_Ferreira_2019.pdf.txt4ed9d479c28f8b179647bd23a1abce59MD52THUMBNAILMapeamentoavaliacaograu_Ferreira_2019.pdf.jpgMapeamentoavaliacaograu_Ferreira_2019.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1201https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/28292/3/Mapeamentoavaliacaograu_Ferreira_2019.pdf.jpgca31663dfa5e631a244730b417b427c6MD53ORIGINALMapeamentoavaliacaograu_Ferreira_2019.pdfapplication/pdf14997372https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/28292/1/Mapeamentoavaliacaograu_Ferreira_2019.pdff8958fe287ba68d9bebd5f6eec509836MD51123456789/282922020-01-19 04:51:14.327oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/28292Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2020-01-19T07:51:14Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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A urbanização brasileira ocorreu de uma forma diferenciada, nessa perspectiva os locais mais atrativos foram sendo ocupados pelo mercado imobiliário, enquanto isso a população com menor poder aquisitivo era forçada a ocupar áreas marginais das cidades, por serem economicamente atrativas, mas bastante perigosas. Estas áreas por muitas vezes possuíam uma infraestrutura precária, geralmente próxima de encostas, córregos ou margens de rios, nos períodos mais chuvosos a população residente dessas localidades ficam vulneráveis a eventos de caráter extremo, dentre eles vale citar os deslizamentos de terra, enchentes ou inundações. No estado do Rio Grande do Norte, as inundações é o segundo maior tipo de desastre recorrente, do ano de 1991 a 2010 esse tipo de ocorrência chegou a 20%, perdendo apenas para as estiagens que somavam 80%. A região mais atingida do estado pelas inundações, é o vale do açu, que abriga atividades como a carcinicultura, pecuária e fruticultura irrigada. Essa região compõe a bacia do Rio Piranhasaçu, sendo este rio o principal fornecedor de água no desenvolvimento do vale do açu e suas atividades, em períodos de excedente hídrico o rio transbordou, causando uma série de transtornos socioeconômicos, nos anos de 2008 a 2009, foram os últimos que se tem registro de inundação. Diante disso tudo, selecionamos três municípios do vale do açu (Alto do Rodrigues, Pendências e Carnaubais) ambas com histórico de inundação, para avaliarmos quais os impactos que tais eventos teriam, bem como as semelhanças e diferenças entre os municípios. Utilizamos uma metodologia que engloba a construção de mapas emergenciais de inundação combinando com o índice de vulnerabilidade, para a definição de um mapa final de risco. Três anos (1988; 2005 e 1985) foram selecionados para a construção do Mapa emergencial de inundação, sucessivamente os anos normal, chuvoso e muito chuvoso, de acordo com a delimitação de frequência dos Quantis: Normal (0.35<q≤0.65), Chuvoso (0.65<q≤0.85) e Muito Chuvoso (q>0.85) (XAVIER, 1999). Os mapas de inundação exibiram uma variabilidade na lâmina d’água, que mostra períodos onde a água se limita ao leito menor, em períodos normais, enquanto nos períodos mais chuvosos a água preenche toda a planície de inundação. Para os mapas de vulnerabilidade, convencionaram-se utilizar como unidade territorial, os setores censitários do IBGE e através da metodologia desenvolvida por Brito (2017), de posse de diversas variáveis socioeconômicas foi construída essa cartografia, que após a conclusão, evidenciou vulnerabilidade bastante concentrada nas áreas urbanas, sobrepomos esse resultado com o mapa de ameaça de inundação, e o resultado final foi o mapa de risco, que demonstrou três manchas urbanas que projetam o risco de forma diferenciada, basicamente Alto do Rodrigues apresentou maior risco seguido por Pendências e Carnaubais, este último com o menor risco de inundação, atrelada a sua mancha urbana. |
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