Tradução e adaptação transcultural para o português/Brasil do protocolo FEE - fonctions exécutives chez l'enfant
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22546 |
Resumo: | A avaliação neuropsicológica das funções executivas (FE) tem sido objeto de interesse crescente de pesquisas. No Brasil, os testes utilizados para avaliar FE em crianças geralmente são adaptações de tarefas para uso em adultos e com alta complexidade, perdendo a capacidade de discriminar funções e déficits específicos. Além disso, identifica-se significativa dispersão de testes e protocolos padronizados utilizados na avaliação das FE em crianças, dificultando a realização de estudos multicêntricos, bem como compreensão do impacto de quadros clínicos sobre o desenvolvimento e funcionamento das FE. Esse estudo tem como objetivo traduzir e adaptar o protocolo FEE (Roy, Le Gall, Roulin, & Fournet, 2012) para o português/Brasil. O protocolo é composto por um conjunto de testes e escalas de avaliação neuropsicológica das FE destinado a crianças e adolescentes entre seis e 15 anos e construído com o objetivo de modificar e/ou melhorar, em termos de materiais, instruções e/ou correções, os principais paradigmas e testes de avaliação das FE, com o intuito de suprir as insuficiências das tarefas existentes e adaptar tarefas consagradas internacionalmente. A adaptação transcultural do FEE foi realizada pelo modelo proposto por Borsa, Damásio, & Bandeira (2012), constituído de seis etapas (1- Tradução do instrumento para o novo idioma, 2- Síntese das Versões , 3- Avaliação da Síntese por Experts, 4- Avaliação pelo Público-Alvo, 5- Tradução Reversa-Back-translation, 6- Estudo-Piloto). Inicialmente, o instrumento original passou por duas traduções independentes da língua francesa ao português brasileiro. Na etapa 2 (Síntese das Versões), participaram três juízes, psicólogos, doutorandos e experts em avaliação neuropsicológica, assim como os autores pesquisadores da pesquisa. Os juízes julgaram boa equivalência experiencial, idiomática e semântica. Porém, ainda na etapa 2 foram realizadas alterações para tornar a versão em português mais adaptada para a população-alvo. Na etapa 3 (Avaliação da Síntese por Experts), participaram três juízes, professores doutores de diferentes regiões do país, que avaliaram a estrutura, o formato, as instruções e a abrangência e adequação das expressões contidas nos itens que constituem o instrumento. A concordância entre juízes foi avaliada pelo Kappa de Cohen (0.4945), que indicou concordância moderada. Na etapa 4, participaram 30 crianças e adolescentes, sendo10 crianças na faixa etária entre seis e sete anos, 10 crianças entre 10 e 11 anos e 10 adolescentes entre 15 e 16 anos. De forma geral, observou-se compreensão ampla das instruções do protocolo. Na etapa 5 foi realizada back-translation por duas traduções independentes do português para a língua francesa e após síntese das traduções o instrumento foi enviado aos autores que julgaram o instrumento adequado. Por fim, a etapa 6 (estudo piloto) consistiu na aplicação do protocolo em 60 crianças e adolescentes entre seis e 15 anos, de escolas públicas e escolas particulares da rede de ensino do Natal. O instrumento mostrou-se adequado para avaliação das FE no contexto cultural brasileiro. A continuidade deste projeto possibilitará ampliar a compreensão do desenvolvimento das FE da infância à adolescência bem como da semiótica dos distúrbios das FE. Por fim, destaca-se ainda a possibilidade de realização de estudos transculturais acerca do desenvolvimento das FE. |
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No Brasil, os testes utilizados para avaliar FE em crianças geralmente são adaptações de tarefas para uso em adultos e com alta complexidade, perdendo a capacidade de discriminar funções e déficits específicos. Além disso, identifica-se significativa dispersão de testes e protocolos padronizados utilizados na avaliação das FE em crianças, dificultando a realização de estudos multicêntricos, bem como compreensão do impacto de quadros clínicos sobre o desenvolvimento e funcionamento das FE. Esse estudo tem como objetivo traduzir e adaptar o protocolo FEE (Roy, Le Gall, Roulin, & Fournet, 2012) para o português/Brasil. O protocolo é composto por um conjunto de testes e escalas de avaliação neuropsicológica das FE destinado a crianças e adolescentes entre seis e 15 anos e construído com o objetivo de modificar e/ou melhorar, em termos de materiais, instruções e/ou correções, os principais paradigmas e testes de avaliação das FE, com o intuito de suprir as insuficiências das tarefas existentes e adaptar tarefas consagradas internacionalmente. A adaptação transcultural do FEE foi realizada pelo modelo proposto por Borsa, Damásio, & Bandeira (2012), constituído de seis etapas (1- Tradução do instrumento para o novo idioma, 2- Síntese das Versões , 3- Avaliação da Síntese por Experts, 4- Avaliação pelo Público-Alvo, 5- Tradução Reversa-Back-translation, 6- Estudo-Piloto). Inicialmente, o instrumento original passou por duas traduções independentes da língua francesa ao português brasileiro. Na etapa 2 (Síntese das Versões), participaram três juízes, psicólogos, doutorandos e experts em avaliação neuropsicológica, assim como os autores pesquisadores da pesquisa. Os juízes julgaram boa equivalência experiencial, idiomática e semântica. Porém, ainda na etapa 2 foram realizadas alterações para tornar a versão em português mais adaptada para a população-alvo. Na etapa 3 (Avaliação da Síntese por Experts), participaram três juízes, professores doutores de diferentes regiões do país, que avaliaram a estrutura, o formato, as instruções e a abrangência e adequação das expressões contidas nos itens que constituem o instrumento. A concordância entre juízes foi avaliada pelo Kappa de Cohen (0.4945), que indicou concordância moderada. Na etapa 4, participaram 30 crianças e adolescentes, sendo10 crianças na faixa etária entre seis e sete anos, 10 crianças entre 10 e 11 anos e 10 adolescentes entre 15 e 16 anos. De forma geral, observou-se compreensão ampla das instruções do protocolo. Na etapa 5 foi realizada back-translation por duas traduções independentes do português para a língua francesa e após síntese das traduções o instrumento foi enviado aos autores que julgaram o instrumento adequado. Por fim, a etapa 6 (estudo piloto) consistiu na aplicação do protocolo em 60 crianças e adolescentes entre seis e 15 anos, de escolas públicas e escolas particulares da rede de ensino do Natal. O instrumento mostrou-se adequado para avaliação das FE no contexto cultural brasileiro. A continuidade deste projeto possibilitará ampliar a compreensão do desenvolvimento das FE da infância à adolescência bem como da semiótica dos distúrbios das FE. Por fim, destaca-se ainda a possibilidade de realização de estudos transculturais acerca do desenvolvimento das FE.Currently, the interest on executive functions (EF) neuropsychological assessment researches is increasing. However, in Brazil, standardized tests and protocols used on the evaluation of children's EF are disperse, turning it difficult to realize multicenter studies and identify regional characterization. Furthermore, tests used on children's EF evaluation are usually adaptations of tasks used on adults, showing little ecological validity, and are designed to be hard, weakening its capability of discriminating specific functions and deficiencies, since different executive components are required in a single task. The aim of this study is the translation and adaptation of the French protocol FEE (Roy et al., 2012) to Portuguese/Brazil. FEE is an EF neuropsychological assessment protocol aiming children and adolescents between six and 15 years old, designed to modify and/or enhance, in terms of materials, instructions, procedures and/or corrections, the main paradigms and EF evaluation tests. It intends to fill the insufficiencies of existing tasks and to adapt internationally acclaimed tasks. Cultural adaptation of the FEE will be conducted according to the model proposed by Borsa, Damásio, & Bandeira, (2012), structured around six steps (translation of the instrument, synthesis of the versions, synthesis evaluation by experts, evaluation by the target audience, back-translation, pilot study). Firstly, the original instrument was subjected to two independent translations from the mother language (French) to Brazilian Portuguese. For the second step (Synthesis of the Versions), three judges – all psychologists, doctorate students and experts in neuropsychological assessment – participated, as well as the original research authors. Judges rated the experimental, idiomatic and semantical equivalence as good. However, still in step 2, modifications were made in the Portuguese version in order to better adjust it to the target-population. In step 3 (Synthesis evaluation by experts), three different judges – PhD scholars from different regions of Brazil – participated, evaluating structure, format, instructions, and comprehensiveness and adequateness of the expressions used on each item of the instrument. Agreement between judges was evaluated by Cohen’s Kappa (0.4945), indicating moderate agreement. In step 4 (Evaluation by the target population), 30 children and adolescents participated, with 10 children aged between six and seven years old, 10 children aged between 10 and 11 years old and 10 adolescents aged between 15 and 16 years old. Generally, it was observed broad comprehensiveness of protocol instructions. In step 5 the instrument was back-translated twice, independently, from Brazilian Portuguese to the mother language (French). After the back-translations synthesis, the instrument was sent back to the original authors, who judged it adequate. Finally, step 6 (pilot study) consisted in administering the battery to 60 children and adolescents aged between six and 15 years old, from public and private schools from Natal’s educational system. The instrument proved adequate for evaluation of EF in Brazilian cultural context. The further development of this project will enable to widen comprehensiveness on children and adolescents EF, as well as on the semiotics of EF disturbs. Lastly, there is also the possibility of performing transcultural studies on EF development.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)porCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIAAdaptação de instrumentosFunções executivasInfânciaAdolescênciaTradução e adaptação transcultural para o português/Brasil do protocolo FEE - fonctions exécutives chez l'enfantinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIAUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALAmandaDeLourdesBernardoGuerra_DISSERT.pdfAmandaDeLourdesBernardoGuerra_DISSERT.pdfapplication/pdf2786740https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22546/1/AmandaDeLourdesBernardoGuerra_DISSERT.pdf2f7062452a285b1f01a523de192fd2a7MD51TEXTAmandaDeLourdesBernardoGuerra_DISSERT.pdf.txtAmandaDeLourdesBernardoGuerra_DISSERT.pdf.txtExtracted texttext/plain295377https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22546/4/AmandaDeLourdesBernardoGuerra_DISSERT.pdf.txt79650dcf0611b1a832f02a37468d171fMD54THUMBNAILAmandaDeLourdesBernardoGuerra_DISSERT.pdf.jpgAmandaDeLourdesBernardoGuerra_DISSERT.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg2802https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22546/5/AmandaDeLourdesBernardoGuerra_DISSERT.pdf.jpgfb8ef3421da42b5cdbbba5a0670c5f3eMD55123456789/225462017-11-03 15:18:42.843oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/22546Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2017-11-03T18:18:42Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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A avaliação neuropsicológica das funções executivas (FE) tem sido objeto de interesse crescente de pesquisas. No Brasil, os testes utilizados para avaliar FE em crianças geralmente são adaptações de tarefas para uso em adultos e com alta complexidade, perdendo a capacidade de discriminar funções e déficits específicos. Além disso, identifica-se significativa dispersão de testes e protocolos padronizados utilizados na avaliação das FE em crianças, dificultando a realização de estudos multicêntricos, bem como compreensão do impacto de quadros clínicos sobre o desenvolvimento e funcionamento das FE. Esse estudo tem como objetivo traduzir e adaptar o protocolo FEE (Roy, Le Gall, Roulin, & Fournet, 2012) para o português/Brasil. O protocolo é composto por um conjunto de testes e escalas de avaliação neuropsicológica das FE destinado a crianças e adolescentes entre seis e 15 anos e construído com o objetivo de modificar e/ou melhorar, em termos de materiais, instruções e/ou correções, os principais paradigmas e testes de avaliação das FE, com o intuito de suprir as insuficiências das tarefas existentes e adaptar tarefas consagradas internacionalmente. A adaptação transcultural do FEE foi realizada pelo modelo proposto por Borsa, Damásio, & Bandeira (2012), constituído de seis etapas (1- Tradução do instrumento para o novo idioma, 2- Síntese das Versões , 3- Avaliação da Síntese por Experts, 4- Avaliação pelo Público-Alvo, 5- Tradução Reversa-Back-translation, 6- Estudo-Piloto). Inicialmente, o instrumento original passou por duas traduções independentes da língua francesa ao português brasileiro. Na etapa 2 (Síntese das Versões), participaram três juízes, psicólogos, doutorandos e experts em avaliação neuropsicológica, assim como os autores pesquisadores da pesquisa. Os juízes julgaram boa equivalência experiencial, idiomática e semântica. Porém, ainda na etapa 2 foram realizadas alterações para tornar a versão em português mais adaptada para a população-alvo. Na etapa 3 (Avaliação da Síntese por Experts), participaram três juízes, professores doutores de diferentes regiões do país, que avaliaram a estrutura, o formato, as instruções e a abrangência e adequação das expressões contidas nos itens que constituem o instrumento. A concordância entre juízes foi avaliada pelo Kappa de Cohen (0.4945), que indicou concordância moderada. Na etapa 4, participaram 30 crianças e adolescentes, sendo10 crianças na faixa etária entre seis e sete anos, 10 crianças entre 10 e 11 anos e 10 adolescentes entre 15 e 16 anos. De forma geral, observou-se compreensão ampla das instruções do protocolo. Na etapa 5 foi realizada back-translation por duas traduções independentes do português para a língua francesa e após síntese das traduções o instrumento foi enviado aos autores que julgaram o instrumento adequado. Por fim, a etapa 6 (estudo piloto) consistiu na aplicação do protocolo em 60 crianças e adolescentes entre seis e 15 anos, de escolas públicas e escolas particulares da rede de ensino do Natal. O instrumento mostrou-se adequado para avaliação das FE no contexto cultural brasileiro. A continuidade deste projeto possibilitará ampliar a compreensão do desenvolvimento das FE da infância à adolescência bem como da semiótica dos distúrbios das FE. Por fim, destaca-se ainda a possibilidade de realização de estudos transculturais acerca do desenvolvimento das FE. |
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