Efeito de uma sessão de caminhada em intensidade autosselecionada ao ar livre sobre a pressão arterial ambulatorial de idosas hipertensas fisicamente inativas: um ensaio cruzado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Ingrid Bezerra Barbosa
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24295
Resumo: OBJETIVO: analisar o efeito de uma sessão de caminhada em intensidade autosselecionada ao ar livre sobre a pressão arterial (PA) ambulatorial de idosas hipertensas fisicamente inativas. METODOLOGIA: vinte idosas hipertensas medicadas (64,9 ± 4,5 anos; 29,0 ± 4,3 kg/m²; PA de repouso 121,5 ± 11,2 / 59,5 ± 7,9 mmHg) e fisicamente inativas (< 8.000 passos/dia) completaram esse ensaio clínico controlado e randomizado, com delineamento cruzado. Após avaliação inicial, as idosas participaram de duas sessões em ordem randomizada, com uma semana de intervalo entre elas: i) sessão de caminhada em intensidade autosselecionada ao ar livre (pista de 400 m) e ii) sessão controle (sem exercício). Ambas as sessões foram realizadas pela manhã entre 7:00-8:00 h. Durante a caminhada a frequência cardíaca (FC), percepção subjetiva do esforço (PSE, 6-20) e resposta afetiva (RA, -5/+5) foram monitoradas. A PA ambulatorial foi avaliada durante 20 h (vigília: 13 h; sono: 7 h) após as sessões de caminhada e controle através da monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA). Os resultados estão descritos em média e intervalo de confiança de 95%. A PA sistólica e diastólica no período de 20 h, vigília e sono foram comparadas entre as sessões caminhada e controle usando o teste de t de Student pareado. A ANOVA two-way (condição vs. tempo) com medidas repetidas no segundo fator foi utilizada para comparar os valores médios de PA ambulatorial nos períodos 1-6 h e 7-13 h (vigília) e 14-20 h (sono) após as sessões caminhada e controle. O pós-teste de Bonferroni foi utilizado para verificar as diferenças pontuais. Um p-valor < 0,05 foi considerado estatisticamente significativo. RESULTADOS: a intensidade de caminhada autosselecionada foi 58,6% (54,1-63,5) da FC de reserva, a PSE foi 11 (10-12) e a RA foi +3 (3-4). A PA sistólica foi 3,4 mmHg (0,9-5,9) e 4,0 mmHg (1,6-6,4) menor nas médias dos períodos de 20 h e vigília, respectivamente, após a sessão de caminhada quando comparada a sessão controle (p < 0,05). A redução da PA sistólica pós-caminhada apresentou maior magnitude nas seis primeiras horas (6 mmHg; p < 0,05). Não houve redução da PA sistólica pós-caminhada no período do sono (p > 0.05). Nenhuma alteração da PA diastólica pós-caminhada foi observada no período de 20 h, vigília e sono em relação à sessão controle (p > 0,05). Foi observada redução da carga pressórica sistólica (6,3%) e variabilidade da PA sistólica (6,2 unidades arbitrárias) pós-caminhada no período de 20 h (p < 0,05). Houve correlação forte e positiva entre a redução da PA sistólica nas seis primeiras hora pós-caminhada com a redução no período de 20 h (r = 0,68; p <0,001). CONCLUSÃO: uma sessão de caminhada em intensidade autosselecionada ao ar livre reduz a PA sistólica média no período de 20 h e vigília em idosas hipertensas, essencialmente pela HPE nas primeiras seis horas pós-exercício. Além disso, reduz a carga pressórica sistólica e variabilidade da PA sistólica no período de 20 h. Considerando que as idosas percebem a sessão como leve-moderada e prazerosa, a caminhada em intensidade autosselecionada parece ser uma alternativa interessante para recomendação inicial de exercício para idosas hipertensas fisicamente inativas.
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METODOLOGIA: vinte idosas hipertensas medicadas (64,9 ± 4,5 anos; 29,0 ± 4,3 kg/m²; PA de repouso 121,5 ± 11,2 / 59,5 ± 7,9 mmHg) e fisicamente inativas (< 8.000 passos/dia) completaram esse ensaio clínico controlado e randomizado, com delineamento cruzado. Após avaliação inicial, as idosas participaram de duas sessões em ordem randomizada, com uma semana de intervalo entre elas: i) sessão de caminhada em intensidade autosselecionada ao ar livre (pista de 400 m) e ii) sessão controle (sem exercício). Ambas as sessões foram realizadas pela manhã entre 7:00-8:00 h. Durante a caminhada a frequência cardíaca (FC), percepção subjetiva do esforço (PSE, 6-20) e resposta afetiva (RA, -5/+5) foram monitoradas. A PA ambulatorial foi avaliada durante 20 h (vigília: 13 h; sono: 7 h) após as sessões de caminhada e controle através da monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA). Os resultados estão descritos em média e intervalo de confiança de 95%. A PA sistólica e diastólica no período de 20 h, vigília e sono foram comparadas entre as sessões caminhada e controle usando o teste de t de Student pareado. A ANOVA two-way (condição vs. tempo) com medidas repetidas no segundo fator foi utilizada para comparar os valores médios de PA ambulatorial nos períodos 1-6 h e 7-13 h (vigília) e 14-20 h (sono) após as sessões caminhada e controle. O pós-teste de Bonferroni foi utilizado para verificar as diferenças pontuais. Um p-valor < 0,05 foi considerado estatisticamente significativo. RESULTADOS: a intensidade de caminhada autosselecionada foi 58,6% (54,1-63,5) da FC de reserva, a PSE foi 11 (10-12) e a RA foi +3 (3-4). A PA sistólica foi 3,4 mmHg (0,9-5,9) e 4,0 mmHg (1,6-6,4) menor nas médias dos períodos de 20 h e vigília, respectivamente, após a sessão de caminhada quando comparada a sessão controle (p < 0,05). A redução da PA sistólica pós-caminhada apresentou maior magnitude nas seis primeiras horas (6 mmHg; p < 0,05). 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Considerando que as idosas percebem a sessão como leve-moderada e prazerosa, a caminhada em intensidade autosselecionada parece ser uma alternativa interessante para recomendação inicial de exercício para idosas hipertensas fisicamente inativas.OBJETIVO: analisar o efeito de uma sessão de caminhada em intensidade autosselecionada ao ar livre sobre a pressão arterial (PA) ambulatorial de idosas hipertensas fisicamente inativas. METODOLOGIA: vinte idosas hipertensas medicadas (64,9 ± 4,5 anos; 29,0 ± 4,3 kg/m²; PA de repouso 121,5 ± 11,2 / 59,5 ± 7,9 mmHg) e fisicamente inativas (< 8.000 passos/dia) completaram esse ensaio clínico controlado e randomizado, com delineamento cruzado. Após avaliação inicial, as idosas participaram de duas sessões em ordem randomizada, com uma semana de intervalo entre elas: i) sessão de caminhada em intensidade autosselecionada ao ar livre (pista de 400 m) e ii) sessão controle (sem exercício). 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RESULTADOS: a intensidade de caminhada autosselecionada foi 58,6% (54,1-63,5) da FC de reserva, a PSE foi 11 (10-12) e a RA foi +3 (3-4). A PA sistólica foi 3,4 mmHg (0,9-5,9) e 4,0 mmHg (1,6-6,4) menor nas médias dos períodos de 20 h e vigília, respectivamente, após a sessão de caminhada quando comparada a sessão controle (p < 0,05). A redução da PA sistólica pós-caminhada apresentou maior magnitude nas seis primeiras horas (6 mmHg; p < 0,05). Não houve redução da PA sistólica pós-caminhada no período do sono (p > 0.05). Nenhuma alteração da PA diastólica pós-caminhada foi observada no período de 20 h, vigília e sono em relação à sessão controle (p > 0,05). Foi observada redução da carga pressórica sistólica (6,3%) e variabilidade da PA sistólica (6,2 unidades arbitrárias) pós-caminhada no período de 20 h (p < 0,05). Houve correlação forte e positiva entre a redução da PA sistólica nas seis primeiras hora pós-caminhada com a redução no período de 20 h (r = 0,68; p <0,001). 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