Memórias de presas políticas na ditadura militar: um estudo a partir de o corpo interminável, de Claudia Lage.
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/54079 |
Resumo: | O “Memórias de presas políticas na ditadura militar: um estudo a partir de O corpo interminável, de Claudia Lage” pode ser definido como um estudo acerca dos relatos e lembranças das presas políticas contidas na narrativa. Sob esse prisma, a discussão ampara extrema relevância social, dado que revela o apagamento do sujeito em contexto de repressão ditatorial por intermédio da forma e do conteúdo na obra. Dito isso, abordam-se as questões referentes às memórias coletiva e subterrânea, uma vez que as lembranças, as confissões, os testemunhos – em contexto de regime militar – tendem a evidenciar a supressão do indivíduo, o seu silenciamento, posto que suas histórias foram interrompidas, seus corpos sequestrados e mutilados. E, por sua vez, a memória assume o papel de resgatar uma verdade ferida e preservar, assim, o testemunho de vidas interrompidas mediante a tirania orquestrada no período. Dessa forma, evidencia-se que a pergunta problema que rege a análise consiste em: como as lacunas experienciadas na história se presentificam no hodierno? Mais especificamente, é possível inferir se os relatos revelam o irromper do sujeito em contexto de repressão? À luz disso, como procedimentos metodológicos, utiliza-se a pesquisa com abordagem qualitativa, procedimento bibliográfico, tipo teórico, objetivo descritivo, natureza simples e método indutivo. Isso posto, objetiva-se realizar um levantamento dos capítulos e/ou trechos do livro em que as presas assumem a voz narrativa, por intermédio dos fluxos de pensamentos, divagações e recortes discursivos, via análise literária. Nesse viés, nomes como Candido (2000), Bosi (2003), Halbwachs (2013), Pollack (1989), Napolitano (2014), Reis Filho (2014), Friedman (2002) e Ginzburg (2008) perpassam a presente pesquisa ao estabelecerem um panorama dialógico entre literatura e sociedade, identidade cultural e, sobretudo, memórias coletiva e subterrânea. Considera-se, portanto, que o estudo propicia a compreensão de que a história oficial é repleta de lacunas ao escantear memórias e relatos tidos como individuais mediante os corpos intermináveis. Tais lacunas de informações perpetuam a falta de conhecimento e entendimento sobre o passado, impedindo a construção de uma narrativa coesa e abrangente. |
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Dito isso, abordam-se as questões referentes às memórias coletiva e subterrânea, uma vez que as lembranças, as confissões, os testemunhos – em contexto de regime militar – tendem a evidenciar a supressão do indivíduo, o seu silenciamento, posto que suas histórias foram interrompidas, seus corpos sequestrados e mutilados. E, por sua vez, a memória assume o papel de resgatar uma verdade ferida e preservar, assim, o testemunho de vidas interrompidas mediante a tirania orquestrada no período. Dessa forma, evidencia-se que a pergunta problema que rege a análise consiste em: como as lacunas experienciadas na história se presentificam no hodierno? Mais especificamente, é possível inferir se os relatos revelam o irromper do sujeito em contexto de repressão? À luz disso, como procedimentos metodológicos, utiliza-se a pesquisa com abordagem qualitativa, procedimento bibliográfico, tipo teórico, objetivo descritivo, natureza simples e método indutivo. Isso posto, objetiva-se realizar um levantamento dos capítulos e/ou trechos do livro em que as presas assumem a voz narrativa, por intermédio dos fluxos de pensamentos, divagações e recortes discursivos, via análise literária. Nesse viés, nomes como Candido (2000), Bosi (2003), Halbwachs (2013), Pollack (1989), Napolitano (2014), Reis Filho (2014), Friedman (2002) e Ginzburg (2008) perpassam a presente pesquisa ao estabelecerem um panorama dialógico entre literatura e sociedade, identidade cultural e, sobretudo, memórias coletiva e subterrânea. Considera-se, portanto, que o estudo propicia a compreensão de que a história oficial é repleta de lacunas ao escantear memórias e relatos tidos como individuais mediante os corpos intermináveis. Tais lacunas de informações perpetuam a falta de conhecimento e entendimento sobre o passado, impedindo a construção de uma narrativa coesa e abrangente."Memories of Political Prisoners during the Military Dictatorship: A Study Based on 'The Endless Body' by Claudia Lage" can be defined as a study on the reports and memories of political prisoners contained within the narrative. From this perspective, the discussion holds extreme social relevance as it reveals the erasure of the individual in the context of dictatorial repression through the form and content of the work. With that said, the discussion addresses issues related to collective and underground memories, as the recollections, confessions, and testimonies - in the context of a military regime - tend to highlight the suppression of the individual, their silencing, as their stories were interrupted, their bodies abducted and mutilated. In turn, the memory reclaims a wounded truth and preserves the testimony of lives interrupted by the orchestrated tyranny of the period. In this way, it becomes evident that the central question guiding the analysis is: how do the gaps experienced in history manifest in the present day? More specifically, is it possible to infer whether the reports reveal the emergence of the individual in a context of repression? In this context, the research takes a qualitative research approach, a bibliographic procedure, a theoretical type, a descriptive objective, a simple nature, and an inductive method. Therefore, the objective is to survey the chapters and/or passages of the book where the prisoners assume the narrative voice through streams of thought, digressions, and discursive excerpts, using literary analysis. From this bias, Candido (2000), Bosi (2003), Halbwachs (2013), Pollack (1989), Napolitano (2014), Reis Filho (2014), Friedman (2002), and Ginzburg (2008) are drawn upon in this research, establishing a dialogical panorama between literature and society, cultural identity, and above all, collective and underground memories. Therefore, it is considered, that the study enables the understanding that official history is full of gaps as it sidelines memories and reports deemed individual in the face of endless bodies. Such gaps in information perpetuate the lack of knowledge and understanding about the past, stopping the construction of a cohesive and comprehensive narrative.Universidade Federal do Rio Grande do NorteLetras - Língua Portuguesa e LiteraturaUFRNBrasilDepartamento de LetrasAttribution-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessLiteratura brasileira contemporâneaDitaduraPresas políticasEsquecimentoMemóriaContemporary brazilian literatureDictatorshipPolitical prisonersForgettingMemoryMemórias de presas políticas na ditadura militar: um estudo a partir de o corpo interminável, de Claudia Lage.Memories of Political Prisoners during the Military Dictatorshipinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALMemoriasPresasPoliticas_Targino_2023.pdfMemoriasPresasPoliticas_Targino_2023.pdfMonografia - Luiz Eduardo Morais. 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