O papel das Áreas de Proteção Ambiental (APAs) na conservação da biodiversidade brasileira
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24473 |
Resumo: | As Áreas Protegidas (AP) são a principal estratégia de conservação da biodiversidade. Entretanto, as áreas protegidas são diferentes e variam, entre outras coisas, em seu objetivo de criação e grau de ocupação humana. O Brasil possuí 12 categorias de unidades de conservação. Dentre elas, as Áreas de Proteção Ambiental (APA, categoria V na classificação da IUCN) é a categoria com menores restrições ao uso. Essa categoria atrai críticos que afirmam que as APAs nem deveriam ser consideradas APs, e defensores, que afirmam que as APAs pertencem a um “novo paradigma” em APs, que busca conciliar a proteção da biodiversidade com o desenvolvimento humano. As APAs abrangem quase um terço das APs brasileiras, sendo mais de 60% da área total protegida de biomas como a Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado e Pampa, além de representarem mais de 80% da área protegida marinha. Nesse trabalho nós buscamos entender os padrões de criação, ocupação, dinâmica da cobertura do solo e gestão dessas áreas. Nós observamos que os níveis de antropização dentro das APAs são proporcionalmente menores que nos biomas, principalmente quando desconsiderada a área das demais UCs e Terras Indígenas. Mesmo assim, nós constatamos que cerca de 7 milhões de pessoas vivem em APAs, e que em 2016, a Amazônia era o único bioma em que a cobertura de floresta dentro das APAs era superior a 50%. De acordo com nossas estimativas, desconsiderar as áreas antropizadas no interior das APAs, da área total coberta por Unidades de Conservação no Brasil, faria o país passar de um total de 17,6% de área protegida para 12,8%. Além disso, encontramos que apenas 18% das APAs possuem Plano de Manejo e 45% possuem Conselho Gestor. Por fim, nós recomendamos que seja aberta uma discussão sobre a criação de mecanismos de apoio à gestão especificamente para a categoria APA. |
id |
UFRN_d85a232ffe1893a9fbb6ae2e401cf59d |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/24473 |
network_acronym_str |
UFRN |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRN |
repository_id_str |
|
spelling |
Magalhães, Daniel Rodrigo de Macêdohttps://orcid.org/0000-0003-0430-8566http://lattes.cnpq.br/3582966116563351Cestaro, Luiz AntonioQueiróz, Rose Emília Macedo dehttp://lattes.cnpq.br/2145581439035628Venticinque, Eduardo Martins2017-12-11T17:37:41Z2017-12-11T17:37:41Z2017-11-24MAGALHÃES, Daniel Rodrigo de Macêdo. O papel das Áreas de Proteção Ambiental (APAs) na conservação da biodiversidade brasileira. 2017. 63f. Dissertação (Mestrado em Ecologia) - Centro de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2017.https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24473As Áreas Protegidas (AP) são a principal estratégia de conservação da biodiversidade. Entretanto, as áreas protegidas são diferentes e variam, entre outras coisas, em seu objetivo de criação e grau de ocupação humana. O Brasil possuí 12 categorias de unidades de conservação. Dentre elas, as Áreas de Proteção Ambiental (APA, categoria V na classificação da IUCN) é a categoria com menores restrições ao uso. Essa categoria atrai críticos que afirmam que as APAs nem deveriam ser consideradas APs, e defensores, que afirmam que as APAs pertencem a um “novo paradigma” em APs, que busca conciliar a proteção da biodiversidade com o desenvolvimento humano. As APAs abrangem quase um terço das APs brasileiras, sendo mais de 60% da área total protegida de biomas como a Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado e Pampa, além de representarem mais de 80% da área protegida marinha. Nesse trabalho nós buscamos entender os padrões de criação, ocupação, dinâmica da cobertura do solo e gestão dessas áreas. Nós observamos que os níveis de antropização dentro das APAs são proporcionalmente menores que nos biomas, principalmente quando desconsiderada a área das demais UCs e Terras Indígenas. Mesmo assim, nós constatamos que cerca de 7 milhões de pessoas vivem em APAs, e que em 2016, a Amazônia era o único bioma em que a cobertura de floresta dentro das APAs era superior a 50%. De acordo com nossas estimativas, desconsiderar as áreas antropizadas no interior das APAs, da área total coberta por Unidades de Conservação no Brasil, faria o país passar de um total de 17,6% de área protegida para 12,8%. Além disso, encontramos que apenas 18% das APAs possuem Plano de Manejo e 45% possuem Conselho Gestor. Por fim, nós recomendamos que seja aberta uma discussão sobre a criação de mecanismos de apoio à gestão especificamente para a categoria APA.Protected Areas are the main strategy to protected biodiversity. Protected Areas are not equal and vary in their management objectives and level of human occupation. Brazil has 12 protected area's categories. Among those, "Environment Protected Area" (EPA, Category V in IUCN Classification), is the one with least restriction to human activity. This category has many critics, that argue EPAs should not be account as Protected Areas, as has defenders who argue that EPA belong to a “New Paradigm” of Protected Areas, aimed to reconcile biodiversity conservation and human development. EPAs has special importance because it covers a third of the protected land, and more than 60% on biomes such as Atlantic Forest, Cerrado, Caatinga and Pampa, and more than 80% of all marine protected areas in Brazil. Therefore, understand the implementation, land cover and management patterns is crucial for Brazilian biodiversity conservation. We find lower levels of human activity within EPAs when compared with biome and in areas without protection (protected areas and indigenous areas) within biome. Nonetheless, we found about 7 million people live inside EPA and that in 2016, Amazon biome was the only biome with more than 50% of forest land cover. We find that if we do not account for the area with anthropogenic use inside EPA, the total area covered by protected area in Brazil would go from 17,6% to 12,8%. We also found that only 18% of EPA had a "management plan" and 45% had a "management council". Lastly, we recommend starting a discussion about specific management and support mechanism to the EPA category.porCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIAÁreas protegidasÁrea de proteção ambientalGestãoCobertura do soloCategorias de áreas protegidasUnidades de conservaçãoO papel das Áreas de Proteção Ambiental (APAs) na conservação da biodiversidade brasileirainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIAUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALPapelÁreasProteção_Magalhaes_2017.pdfPapelÁreasProteção_Magalhaes_2017.pdfapplication/pdf4156383https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/24473/1/Papel%c3%81reasProte%c3%a7%c3%a3o_Magalhaes_2017.pdf8bfeb70e60dff2b29cd6ecd8cf4ba0dbMD51TEXTDanielRodrigoDeMacedoMagalhaes_DISSERT.pdf.txtDanielRodrigoDeMacedoMagalhaes_DISSERT.pdf.txtExtracted texttext/plain106730https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/24473/2/DanielRodrigoDeMacedoMagalhaes_DISSERT.pdf.txt276a972f22fe73b7b6042605cac69275MD52PapelÁreasProteção_Magalhaes_2017.pdf.txtPapelÁreasProteção_Magalhaes_2017.pdf.txtExtracted texttext/plain106575https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/24473/4/Papel%c3%81reasProte%c3%a7%c3%a3o_Magalhaes_2017.pdf.txt55534744214292ef4967a16147e77136MD54THUMBNAILDanielRodrigoDeMacedoMagalhaes_DISSERT.pdf.jpgDanielRodrigoDeMacedoMagalhaes_DISSERT.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg2652https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/24473/3/DanielRodrigoDeMacedoMagalhaes_DISSERT.pdf.jpgbb2f5dc3889e2508fa16d875f7a35601MD53PapelÁreasProteção_Magalhaes_2017.pdf.jpgPapelÁreasProteção_Magalhaes_2017.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1287https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/24473/5/Papel%c3%81reasProte%c3%a7%c3%a3o_Magalhaes_2017.pdf.jpgea8421587ca9cf4faf9c3a6e314c481fMD55123456789/244732022-05-17 17:04:21.405oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/24473Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2022-05-17T20:04:21Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
O papel das Áreas de Proteção Ambiental (APAs) na conservação da biodiversidade brasileira |
title |
O papel das Áreas de Proteção Ambiental (APAs) na conservação da biodiversidade brasileira |
spellingShingle |
O papel das Áreas de Proteção Ambiental (APAs) na conservação da biodiversidade brasileira Magalhães, Daniel Rodrigo de Macêdo CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA Áreas protegidas Área de proteção ambiental Gestão Cobertura do solo Categorias de áreas protegidas Unidades de conservação |
title_short |
O papel das Áreas de Proteção Ambiental (APAs) na conservação da biodiversidade brasileira |
title_full |
O papel das Áreas de Proteção Ambiental (APAs) na conservação da biodiversidade brasileira |
title_fullStr |
O papel das Áreas de Proteção Ambiental (APAs) na conservação da biodiversidade brasileira |
title_full_unstemmed |
O papel das Áreas de Proteção Ambiental (APAs) na conservação da biodiversidade brasileira |
title_sort |
O papel das Áreas de Proteção Ambiental (APAs) na conservação da biodiversidade brasileira |
author |
Magalhães, Daniel Rodrigo de Macêdo |
author_facet |
Magalhães, Daniel Rodrigo de Macêdo |
author_role |
author |
dc.contributor.advisorID.pt_BR.fl_str_mv |
https://orcid.org/0000-0003-0430-8566 |
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/3582966116563351 |
dc.contributor.referees1.none.fl_str_mv |
Cestaro, Luiz Antonio |
dc.contributor.referees2.none.fl_str_mv |
Queiróz, Rose Emília Macedo de |
dc.contributor.referees2Lattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/2145581439035628 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Magalhães, Daniel Rodrigo de Macêdo |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Venticinque, Eduardo Martins |
contributor_str_mv |
Venticinque, Eduardo Martins |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA |
topic |
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA Áreas protegidas Área de proteção ambiental Gestão Cobertura do solo Categorias de áreas protegidas Unidades de conservação |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Áreas protegidas Área de proteção ambiental Gestão Cobertura do solo Categorias de áreas protegidas Unidades de conservação |
description |
As Áreas Protegidas (AP) são a principal estratégia de conservação da biodiversidade. Entretanto, as áreas protegidas são diferentes e variam, entre outras coisas, em seu objetivo de criação e grau de ocupação humana. O Brasil possuí 12 categorias de unidades de conservação. Dentre elas, as Áreas de Proteção Ambiental (APA, categoria V na classificação da IUCN) é a categoria com menores restrições ao uso. Essa categoria atrai críticos que afirmam que as APAs nem deveriam ser consideradas APs, e defensores, que afirmam que as APAs pertencem a um “novo paradigma” em APs, que busca conciliar a proteção da biodiversidade com o desenvolvimento humano. As APAs abrangem quase um terço das APs brasileiras, sendo mais de 60% da área total protegida de biomas como a Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado e Pampa, além de representarem mais de 80% da área protegida marinha. Nesse trabalho nós buscamos entender os padrões de criação, ocupação, dinâmica da cobertura do solo e gestão dessas áreas. Nós observamos que os níveis de antropização dentro das APAs são proporcionalmente menores que nos biomas, principalmente quando desconsiderada a área das demais UCs e Terras Indígenas. Mesmo assim, nós constatamos que cerca de 7 milhões de pessoas vivem em APAs, e que em 2016, a Amazônia era o único bioma em que a cobertura de floresta dentro das APAs era superior a 50%. De acordo com nossas estimativas, desconsiderar as áreas antropizadas no interior das APAs, da área total coberta por Unidades de Conservação no Brasil, faria o país passar de um total de 17,6% de área protegida para 12,8%. Além disso, encontramos que apenas 18% das APAs possuem Plano de Manejo e 45% possuem Conselho Gestor. Por fim, nós recomendamos que seja aberta uma discussão sobre a criação de mecanismos de apoio à gestão especificamente para a categoria APA. |
publishDate |
2017 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2017-12-11T17:37:41Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2017-12-11T17:37:41Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2017-11-24 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
MAGALHÃES, Daniel Rodrigo de Macêdo. O papel das Áreas de Proteção Ambiental (APAs) na conservação da biodiversidade brasileira. 2017. 63f. Dissertação (Mestrado em Ecologia) - Centro de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2017. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24473 |
identifier_str_mv |
MAGALHÃES, Daniel Rodrigo de Macêdo. O papel das Áreas de Proteção Ambiental (APAs) na conservação da biodiversidade brasileira. 2017. 63f. Dissertação (Mestrado em Ecologia) - Centro de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2017. |
url |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24473 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFRN |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRN instname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) instacron:UFRN |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) |
instacron_str |
UFRN |
institution |
UFRN |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRN |
collection |
Repositório Institucional da UFRN |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/24473/1/Papel%c3%81reasProte%c3%a7%c3%a3o_Magalhaes_2017.pdf https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/24473/2/DanielRodrigoDeMacedoMagalhaes_DISSERT.pdf.txt https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/24473/4/Papel%c3%81reasProte%c3%a7%c3%a3o_Magalhaes_2017.pdf.txt https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/24473/3/DanielRodrigoDeMacedoMagalhaes_DISSERT.pdf.jpg https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/24473/5/Papel%c3%81reasProte%c3%a7%c3%a3o_Magalhaes_2017.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
8bfeb70e60dff2b29cd6ecd8cf4ba0db 276a972f22fe73b7b6042605cac69275 55534744214292ef4967a16147e77136 bb2f5dc3889e2508fa16d875f7a35601 ea8421587ca9cf4faf9c3a6e314c481f |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1797777087266816000 |