Da subalternidade à ressignificação: a (tecno) carnavalização à guisa da Web 2.0 em Stickers-Libras

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Emanuel Bruno Carioca
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/54676
Resumo: O presente trabalho propõe-se a lançar um novo olhar para o digital da Libras, sob a ótica da Análise do Discurso, e especificamente presta-se a analisar a produção, circulação e interpretação de stickers-Libras. Em se tratando de percurso metodológico, como pano de fundo, recorreu-se a etnografia digital (HINE, 2004, 2016; VALLADA et al., 2022) e concernente ao locus de pesquisa, optou-se pela rede social WhatsApp, cuja justificativa incide em ser a rede de mensagens instantâneas mais popular do Brasil. Desta feita, foram selecionados três grupos: (1) um grupo onde a maioria são sujeitos surdos e LGBTQIAP+, (2) um grupo de profissionais da Educação de diversos estados brasileiros e por último, (3) um grupo de simpatizantes pelas políticas da Esquerda brasileira, o fator comum é que todos são usuários da Libras. O construto teórico alicerçar-se, precipuamente, na tripartite epistemológica: (tecno) carnavalização, à luz do círculo bakhtiniano; Ressignificação digital, enviesada pela Análise do Discurso Digital (ADD), proposta por Marie-Anne Paveau (2017, 2019, 2021) e com cotejos dos Estudos queer em linguística aplicada e indisciplinar (LOPES et al., 2022). No tocante ao registro dos enunciados (tecnotextos) sinalizados nos stickersLibras, os screenshots (capturas de tela) possibilitaram subsidiar suas análises. Ressalvas para os enunciados de stickers-Libras animados que careceram de mais de um registro e, à vista disso, foi inserido um hiperlink dando acesso ao Youtube. Perante as análises de dados, observou-se que questões político-partidárias se sobressaíram e influenciaram a maior parte dos tecnotextos. Depreende-se que isso se deveu ao fato de suas produções e circulações terem sido realizadas em cronotopo (Bakhtin, 2018) de ano eleitoral. Sumariamente, nesse entremeio, constatou-se que havia recorrência de responsividade por meio de aviltamentos com uso do baixo corporal e do grotesco, além de contradiscursos ressignificando a ciberviolência ou ainda, um consenso entre ambos. As manifestações linguajeiras, do tecnogênero apreciado, presentificaram-se em performances discursivas – num corpo(reificado), pós-orgânico –, entextualizando o outro numa relação dialógica e dialética, adentrando a seara do pós-dualismo.
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Em se tratando de percurso metodológico, como pano de fundo, recorreu-se a etnografia digital (HINE, 2004, 2016; VALLADA et al., 2022) e concernente ao locus de pesquisa, optou-se pela rede social WhatsApp, cuja justificativa incide em ser a rede de mensagens instantâneas mais popular do Brasil. Desta feita, foram selecionados três grupos: (1) um grupo onde a maioria são sujeitos surdos e LGBTQIAP+, (2) um grupo de profissionais da Educação de diversos estados brasileiros e por último, (3) um grupo de simpatizantes pelas políticas da Esquerda brasileira, o fator comum é que todos são usuários da Libras. O construto teórico alicerçar-se, precipuamente, na tripartite epistemológica: (tecno) carnavalização, à luz do círculo bakhtiniano; Ressignificação digital, enviesada pela Análise do Discurso Digital (ADD), proposta por Marie-Anne Paveau (2017, 2019, 2021) e com cotejos dos Estudos queer em linguística aplicada e indisciplinar (LOPES et al., 2022). No tocante ao registro dos enunciados (tecnotextos) sinalizados nos stickersLibras, os screenshots (capturas de tela) possibilitaram subsidiar suas análises. Ressalvas para os enunciados de stickers-Libras animados que careceram de mais de um registro e, à vista disso, foi inserido um hiperlink dando acesso ao Youtube. Perante as análises de dados, observou-se que questões político-partidárias se sobressaíram e influenciaram a maior parte dos tecnotextos. Depreende-se que isso se deveu ao fato de suas produções e circulações terem sido realizadas em cronotopo (Bakhtin, 2018) de ano eleitoral. Sumariamente, nesse entremeio, constatou-se que havia recorrência de responsividade por meio de aviltamentos com uso do baixo corporal e do grotesco, além de contradiscursos ressignificando a ciberviolência ou ainda, um consenso entre ambos. As manifestações linguajeiras, do tecnogênero apreciado, presentificaram-se em performances discursivas – num corpo(reificado), pós-orgânico –, entextualizando o outro numa relação dialógica e dialética, adentrando a seara do pós-dualismo.The present work aims to take a new look at the digital aspect of Libras, from the perspective of Discourse Analysis, and specifically lends itself to analyzing the production, circulation and interpretation of stickers-Libras. Regarding the methodological path, we used digital ethnography as a background (HINE, 2004, 2016; VALLADA et al., 2022) and concerning the research locus, we opted for the WhatsApp social network, due to its being the most popular instant messaging network in Brazil. Thus, three groups were selected: (1) a group where the majority are deaf and LGBTQIAP+ subjects; (2) a group of Education professionals from several Brazilian states; and (3) a group of sympathizers for the left-wing policies in Brazil, with the common factor that all are users of Libras. The theoretical construct is based, primarily, on the epistemological tripartite: (techno) carnavalization, in the light of the Bakhtinian circle; digital resignification, biased by the Digital Discourse Analysis (DDA), proposed by Marie-Anne Paveau (2017, 2019, 2021); and with collations of Queer Studies in applied and indisciplinary linguistics (LOPES et al., 2022). Regarding the registration of the statements (technotexts) signaled in the stickers-Libras, screenshots made it possible to subsidize their analysis, with exceptions for the animated stickers-Libras statements that lacked more than one record and, in view of this, a hyperlink was inserted giving access to Youtube. In view of the data analysis, we observed that political-party issues stood out and influenced most of the technotexts. It is understood that this was due to the fact that their production and circulation were carried out in an election year chronotope (BAKHTIN, 2018). In summary, in this environment, we found that there was a recurrence of responsiveness through demeaning with the use of the low body and the grotesque, as well as counter-discourses resignifying cyberviolence or even a consensus between both. The linguistic manifestations of the appreciated technogenre were present in discursive performances – in a (reified), post-organic body –, entextualizing the other in a dialogical and dialectical relationship, entering the field of post-dualism.Universidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEMUFRNBrasilCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICASticker-LibrasTecnogêneroCarnavalizaçãoRessignificação digitalDa subalternidade à ressignificação: a (tecno) carnavalização à guisa da Web 2.0 em Stickers-Librasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALSubalternidaderessignificacaotecno_Silva_2023.pdfapplication/pdf4125644https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/54676/1/Subalternidaderessignificacaotecno_Silva_2023.pdf8fd8cd52a91077d4d8d99c1a42376dd9MD51123456789/546762023-09-04 17:07:41.538oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/54676Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2023-09-04T20:07:41Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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