“Às pessoas que toca tambor também vai para a igreja”: experiência de aula-oficina sobre as religiões afro-brasileiras nos anos iniciais do Ensino Fundamental

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Queiroz, Ana Girlaide Bezerra de
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/57122
Resumo: O relato das atividades desenvolvidas na vivência escolar que aqui apresento têm como principal objetivo analisar como as religiões de matrizes africanas podem ser trabalhadas em turmas dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. O processo didático foi desenvolvido ao longo de três aulas-oficinas com as turmas do quinto (5º) ano da Escola Municipal Monsenhor Joaquim Honório, localizada na cidade do Natal, capital do Rio Grande do Norte. A aula-oficina consiste em uma estrutura educativa planejada para gerar aprendizagens por meio de atividades práticas, teóricas e lúdicas, focada sempre no aluno como agente principal de sua formação. Em todas as etapas desta experiência vivenciada e relatada aqui, busquei problematizar os obstáculos existentes, tanto na escola como para além dos muros desta, que dificultam o acontecimento de fato no processo de implementação da Lei 10.639/03. Lei, que em 09 de janeiro de 2003, tornou obrigatório o ensino da História e da Cultura Afro-brasileira e Africana no ensino Fundamental e Médio. A não efetivação ou a aplicação ineficiente desta diretriz da educação nas escolas, implicará por meio do desconhecimento no enfraquecimento da luta contra o preconceito e a discriminação racial no Brasil. Pois foi dentro deste contexto de uma implementação inábil, que constatei nas produções de artes e nos discursos finais dos alunos na conclusão da oficina, a urgente necessidade da implementação desta lei dentro da instituição. Nos apropriamos da aula-oficina como procedimento metodológico possível ao ensino da história a partir de Isabel Barca (2004) a qual afirma ser a aula-oficina um espaço em que o aluno é agente de sua formação, possuidor de ideias prévias e experiências diversas e o professor um investigador social e organizador de atividades problematizadoras. E para tecer reflexões sobre o tema busquei suporte teórico em autores com Almeida (2019), Bitencourt (2011) e Ribeiro (2019). Nas atividades didáticas da aula-oficina, foram produzidos desenhos sobre o imaginário acerca das religiões de matriz africana e problematizadas ao longo desse relato de experiência. Conclui-se que apesar do investimento de debate feito em sala de aula sobre o tema, ainda é muito presente o preconceito com a religiosidade africana.
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O processo didático foi desenvolvido ao longo de três aulas-oficinas com as turmas do quinto (5º) ano da Escola Municipal Monsenhor Joaquim Honório, localizada na cidade do Natal, capital do Rio Grande do Norte. A aula-oficina consiste em uma estrutura educativa planejada para gerar aprendizagens por meio de atividades práticas, teóricas e lúdicas, focada sempre no aluno como agente principal de sua formação. Em todas as etapas desta experiência vivenciada e relatada aqui, busquei problematizar os obstáculos existentes, tanto na escola como para além dos muros desta, que dificultam o acontecimento de fato no processo de implementação da Lei 10.639/03. Lei, que em 09 de janeiro de 2003, tornou obrigatório o ensino da História e da Cultura Afro-brasileira e Africana no ensino Fundamental e Médio. A não efetivação ou a aplicação ineficiente desta diretriz da educação nas escolas, implicará por meio do desconhecimento no enfraquecimento da luta contra o preconceito e a discriminação racial no Brasil. Pois foi dentro deste contexto de uma implementação inábil, que constatei nas produções de artes e nos discursos finais dos alunos na conclusão da oficina, a urgente necessidade da implementação desta lei dentro da instituição. Nos apropriamos da aula-oficina como procedimento metodológico possível ao ensino da história a partir de Isabel Barca (2004) a qual afirma ser a aula-oficina um espaço em que o aluno é agente de sua formação, possuidor de ideias prévias e experiências diversas e o professor um investigador social e organizador de atividades problematizadoras. E para tecer reflexões sobre o tema busquei suporte teórico em autores com Almeida (2019), Bitencourt (2011) e Ribeiro (2019). Nas atividades didáticas da aula-oficina, foram produzidos desenhos sobre o imaginário acerca das religiões de matriz africana e problematizadas ao longo desse relato de experiência. Conclui-se que apesar do investimento de debate feito em sala de aula sobre o tema, ainda é muito presente o preconceito com a religiosidade africana.The main objective of the report on the activities developed during the school experience that I present here is to analyze how African-based religions can be worked on in classes in the Early Years of Elementary School. The didactic process was developed over three workshop classes with the fifth (5th) year classes of the Monsenhor Joaquim Honório Municipal School, located in the city of Natal, capital of Rio Grande do Norte. The workshop class consists of an educational structure planned to generate learning through practical, theoretical and playful activities, always focused on the student as the main agent of their training. At all stages of this experience lived and reported here, I sought to problematize the existing obstacles, both in the school and beyond its walls, that make it difficult for the actual implementation of Law 10,639/03 to happen. Law, which on January 9, 2003, made the teaching of Afro-Brazilian and African History and Culture mandatory in elementary and secondary education. Failure to implement or inefficiently apply this education guideline in schools will, through lack of knowledge, result in a weakening of the fight against prejudice and racial discrimination in Brazil. It was within this context of an awkward implementation, that I noticed in the art productions and in the students' final speeches at the conclusion of the workshop, the urgent need to implement this law within the institution. We appropriate the workshop class as a possible methodological procedure for teaching history from Isabel Barca (2004) who states that the workshop class is a space in which the student is the agent of his/her training, possessing previous ideas and diverse experiences and the teacher is a social researcher and organizer of problematizing activities. And to reflect on the topic, I sought theoretical support from authors such as Almeida (2019), Bitencourt (2011) and Ribeiro (2019). In the didactic activities of the workshop class, drawings were produced about the imaginary surrounding religions of African origin and problematized throughout this experience report. It is concluded that despite the investment in classroom debate on the topic, prejudice against African religiosity is still very present.2023Universidade Federal do Rio Grande do NortePedagogiaUFRNBrasilCentro de EducaçãoAttribution-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessRelato de experiênciaExperience reportAula-oficinaWorkshop classReligiões de matriz africanaReligions of African origins“Às pessoas que toca tambor também vai para a igreja”: experiência de aula-oficina sobre as religiões afro-brasileiras nos anos iniciais do Ensino Fundamental“People who play the drum also go to church”: workshop-class experience in classes on Afro-Brazilian religions in the early years of Elementary Schoolinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALTrabalho de Conclusão de Curso- Final - Ana Girlaide - Repositório - 2023.pdfTrabalho de Conclusão de Curso- Final - Ana Girlaide - Repositório - 2023.pdf“Às pessoas que toca tambor também vai para a igreja”: experiência de aula-oficina sobre as religiões afro-brasileiras nos anos iniciais do Ensino Fundamentalapplication/pdf612372https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/57122/1/Trabalho%20de%20Conclusa%cc%83o%20de%20Curso-%20Final%20%20-%20Ana%20Girlaide%20-%20Reposit%c3%b3rio%20-%202023.pdf44b516bf3c56d39faa51f0fb69aa1129MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8805https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/57122/2/license_rdfc4c98de35c20c53220c07884f4def27cMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81484https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/57122/3/license.txte9597aa2854d128fd968be5edc8a28d9MD53123456789/571222024-03-19 01:02:42.133oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/57122Tk9OLUVYQ0xVU0lWRSBESVNUUklCVVRJT04gTElDRU5TRQoKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIGRlbGl2ZXJpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBNci4gKGF1dGhvciBvciBjb3B5cmlnaHQgaG9sZGVyKToKCgphKSBHcmFudHMgdGhlIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIFJpbyBHcmFuZGUgZG8gTm9ydGUgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgb2YKcmVwcm9kdWNlLCBjb252ZXJ0IChhcyBkZWZpbmVkIGJlbG93KSwgY29tbXVuaWNhdGUgYW5kIC8gb3IKZGlzdHJpYnV0ZSB0aGUgZGVsaXZlcmVkIGRvY3VtZW50IChpbmNsdWRpbmcgYWJzdHJhY3QgLyBhYnN0cmFjdCkgaW4KZGlnaXRhbCBvciBwcmludGVkIGZvcm1hdCBhbmQgaW4gYW55IG1lZGl1bS4KCmIpIERlY2xhcmVzIHRoYXQgdGhlIGRvY3VtZW50IHN1Ym1pdHRlZCBpcyBpdHMgb3JpZ2luYWwgd29yaywgYW5kIHRoYXQKeW91IGhhdmUgdGhlIHJpZ2h0IHRvIGdyYW50IHRoZSByaWdodHMgY29udGFpbmVkIGluIHRoaXMgbGljZW5zZS4gRGVjbGFyZXMKdGhhdCB0aGUgZGVsaXZlcnkgb2YgdGhlIGRvY3VtZW50IGRvZXMgbm90IGluZnJpbmdlLCBhcyBmYXIgYXMgaXQgaXMKdGhlIHJpZ2h0cyBvZiBhbnkgb3RoZXIgcGVyc29uIG9yIGVudGl0eS4KCmMpIElmIHRoZSBkb2N1bWVudCBkZWxpdmVyZWQgY29udGFpbnMgbWF0ZXJpYWwgd2hpY2ggZG9lcyBub3QKcmlnaHRzLCBkZWNsYXJlcyB0aGF0IGl0IGhhcyBvYnRhaW5lZCBhdXRob3JpemF0aW9uIGZyb20gdGhlIGhvbGRlciBvZiB0aGUKY29weXJpZ2h0IHRvIGdyYW50IHRoZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gR3JhbmRlIGRvIE5vcnRlIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdCB0aGlzIG1hdGVyaWFsIHdob3NlIHJpZ2h0cyBhcmUgb2YKdGhpcmQgcGFydGllcyBpcyBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZpZWQgYW5kIHJlY29nbml6ZWQgaW4gdGhlIHRleHQgb3IKY29udGVudCBvZiB0aGUgZG9jdW1lbnQgZGVsaXZlcmVkLgoKSWYgdGhlIGRvY3VtZW50IHN1Ym1pdHRlZCBpcyBiYXNlZCBvbiBmdW5kZWQgb3Igc3VwcG9ydGVkIHdvcmsKYnkgYW5vdGhlciBpbnN0aXR1dGlvbiBvdGhlciB0aGFuIHRoZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gR3JhbmRlIGRvIE5vcnRlLCBkZWNsYXJlcyB0aGF0IGl0IGhhcyBmdWxmaWxsZWQgYW55IG9ibGlnYXRpb25zIHJlcXVpcmVkIGJ5IHRoZSByZXNwZWN0aXZlIGFncmVlbWVudCBvciBhZ3JlZW1lbnQuCgpUaGUgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUmlvIEdyYW5kZSBkbyBOb3J0ZSB3aWxsIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZnkgaXRzIG5hbWUgKHMpIGFzIHRoZSBhdXRob3IgKHMpIG9yIGhvbGRlciAocykgb2YgdGhlIGRvY3VtZW50J3MgcmlnaHRzCmRlbGl2ZXJlZCwgYW5kIHdpbGwgbm90IG1ha2UgYW55IGNoYW5nZXMsIG90aGVyIHRoYW4gdGhvc2UgcGVybWl0dGVkIGJ5CnRoaXMgbGljZW5zZQo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2024-03-19T04:02:42Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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