Complicações crônicas decorrentes da diabetes mellitus sensíveis à atenção primária à saúde no Rio Grande do Norte: um estudo de série histórica

• Autor(a) principal: Medeiros, Anielly de Oliveira
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/47056
• topic: Atenção primária à saúde.; Diabetes mellitus.; Hospitalização.; Mortalidade.; Primary health care.; Diabetes mellitus.; Hospitalization.; Mortality.

Introdução: A Atenção Primária à Saúde (APS) é caracterizada como porta de entrada no Sistema Único de Saúde (SUS), tendo como objetivo atender as necessidades de saúde da população. Sendo, desse modo, responsável pela resolutividade de cerca de 80% dos problemas de saúde. As condições sensíveis à atenção primária (CSAP) são danos à saúde, no qual a execução de ações da APS, como o diagnóstico precoce, tratamento adequado das doenças agudas, além do controle e acompanhamento das condições crônicas, podem reduzir o risco de internação hospitalares. A Diabetes Mellitus (DM) trata-se de uma condição sensível à atenção primária, consequentemente, o bom manejo dessa condição crônica ainda na atenção primária, evita hospitalizações e mortes decorrentes das complicações geradas pela doença. Objetivo: Analisar os casos de internação e de mortalidade, decorrentes da diabetes mellitus, no Estado do Rio Grande do Norte, no período de 2010 a 2020. Metodologia: Trata-se de estudo ecológico, de análise retrospectiva de série histórica das complicações crônicas decorrentes da DM sensíveis à atenção primária no estado do Rio Grande do Norte (RN) no período de 2010 a 2020. Foram utilizados dados secundários disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS)/ Ministério da Saúde, por meio do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/ SUS), para obtenção do número de internações por DM sensíveis à atenção primária e outras informações tais como: sexo, faixa etária, local de residência, local de internação e tempo de internação. Os dados foram analisados mediante estatística descritiva (razões, frequência absoluta e relativa), apresentados em tabelas e gráficos, utilizando o Microsoft Excel 2010. Resultados: No que se refere ao número de internações pode-se observar um pequeno declínio, no período de 2010 a 2020. Porém, a região com maior proporção foi a Região Metropolitana (7ª Região de Saúde) com 48,54%, dos casos hospitalizados, a faixa etária de 70 a 79 anos com 25,78% e a população feminina com um total de 52,74% dos casos. Em relação aos óbitos, houve uma diminuição progressiva ao longo dos anos, de tal maneira, a região com maior proporção foi a Região Metropolitana (7ª Região de Saúde) com 35,26% das mortes, a faixa etária de 80 anos ou mais com 33,18% e a população feminina com um total de 59,16% dos óbitos. Conclusão: Este estudo permitiu evidenciar indicadores de internação hospitalar e mortalidade em decorrência de complicações pela DM, no qual, a população idosa e feminina indicam os maiores números de casos de internações e mortalidade. Além disso, a Região Metropolitana é a que apresenta as maiores taxas, apesar disso, no RN as taxas de internações e mortalidade por diabetes tem se mostrado em pequenos declínios ao longo dos anos. Contudo, tais achados podem estar relacionados aos impactos gerados a partir de uma APS efetiva e resolutiva, que proporciona um cuidado e uma assistência de mais qualidade.