Circuitos curtos de comercialização: um estudo sobre a CECAFES
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/31760 |
Resumo: | Atualmente, segundo muitos estudiosos da área, observa-se um crescimento impressionante de uma variedade de novos circuitos de produção e comércio de alimentos, que se situam fora do modelo de agricultura convencional. A exemplo disso tem-se os circuitos curtos de comercialização (CCC). Esses buscam construir uma relação direta entre produtores e consumidores. Essa iniciativa é concebida, por governos, organizações da sociedade civil e a academia, como estratégia importante na conformação de um sistema agroalimentar alternativo. As pesquisas a respeito dessa temática ainda são bastante concentradas no hemisfério norte. Apesar disso, é possível verificar o quanto os circuitos curtos de comercialização seguem ganhando espaço no hemisfério sul e diante disso, demanda-se estudos que possam refletir em cima desse novo cenário e explicar as especificidades que norteiam essa discussão .Dentro desse contexto, o objetivo desta pesquisa é compreender a dinâmica dos Circuitos Curtos de Comercialização, tomando como referência a experiência da CECAFES no Rio Grande do Norte. Este trabalho tem um caráter exploratório e descritivo, e foi utilizado a“triangulação intermétodos”. Entre as técnicas, foram adotadas as observações de campo, entrevistas com questões fechadas e questões e abertas (com trinta produtores e cem consumidores) e semiestruturas, com quatro atores. Os resultados mostram que a opção do consumidor por esse tipo de mercado é orientada, em grande medida, por preocupações ligadas à sua própria saúde, pelos baixos preços ou comodidade na locomoção, revelando pouco compromisso socioambiental. Pode-se dizer que a maior parte dos produtores tem seguindo um caminho em busca de um sistema agroalimentar alternativo e que esse processo tem se dado em parte, pela exigência da própria instituição e parceiras, e por outro lado, pelo consumidor, que tem buscado alimentos mais saudáveis. Esse consumidor tem uma forte relação de confiança com os produtores, a exemplo disso, eles consideram mais relevante a palavra do agricultor do que a certificação. Somado a isso, os produtores estão tendo maior autonomia nos seus trabalhos, e a certeza que vão receber pelo produto vendido. Vale ressaltar que, uma pequena parte dos produtores compram alimentos a fornecedores que não são agricultores familiares. Outro ponto que merece destaque é que a Central ainda não garante, para parte significativa dos produtores, um retorno financeiro satisfatório. A partir desse cenário, o que se tem é que a CECAFES é uma pequena semente, disposta a resistir, mesmo que seja diante dos “impérios agroalimentares” (PLOEG, 2008). |
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Esses buscam construir uma relação direta entre produtores e consumidores. Essa iniciativa é concebida, por governos, organizações da sociedade civil e a academia, como estratégia importante na conformação de um sistema agroalimentar alternativo. As pesquisas a respeito dessa temática ainda são bastante concentradas no hemisfério norte. Apesar disso, é possível verificar o quanto os circuitos curtos de comercialização seguem ganhando espaço no hemisfério sul e diante disso, demanda-se estudos que possam refletir em cima desse novo cenário e explicar as especificidades que norteiam essa discussão .Dentro desse contexto, o objetivo desta pesquisa é compreender a dinâmica dos Circuitos Curtos de Comercialização, tomando como referência a experiência da CECAFES no Rio Grande do Norte. Este trabalho tem um caráter exploratório e descritivo, e foi utilizado a“triangulação intermétodos”. Entre as técnicas, foram adotadas as observações de campo, entrevistas com questões fechadas e questões e abertas (com trinta produtores e cem consumidores) e semiestruturas, com quatro atores. Os resultados mostram que a opção do consumidor por esse tipo de mercado é orientada, em grande medida, por preocupações ligadas à sua própria saúde, pelos baixos preços ou comodidade na locomoção, revelando pouco compromisso socioambiental. Pode-se dizer que a maior parte dos produtores tem seguindo um caminho em busca de um sistema agroalimentar alternativo e que esse processo tem se dado em parte, pela exigência da própria instituição e parceiras, e por outro lado, pelo consumidor, que tem buscado alimentos mais saudáveis. Esse consumidor tem uma forte relação de confiança com os produtores, a exemplo disso, eles consideram mais relevante a palavra do agricultor do que a certificação. Somado a isso, os produtores estão tendo maior autonomia nos seus trabalhos, e a certeza que vão receber pelo produto vendido. Vale ressaltar que, uma pequena parte dos produtores compram alimentos a fornecedores que não são agricultores familiares. Outro ponto que merece destaque é que a Central ainda não garante, para parte significativa dos produtores, um retorno financeiro satisfatório. A partir desse cenário, o que se tem é que a CECAFES é uma pequena semente, disposta a resistir, mesmo que seja diante dos “impérios agroalimentares” (PLOEG, 2008).Currently, according to many scholars in the field, there is an impressive growth in a variety of new food production and trade circuits, which are situated for the conventional agriculture model. An example of this is the short marketing channels (CCC). These seek to build a direct relationship between producers and consumers. This initiative is conceived, by governments, civil society organizations, and academia, as an important strategy in shaping an alternative agri-food system. Research on this topic is still largely concentrated in the northern hemisphere. In spite of this, it is possible to verify the extent to which the short commercialization circuits developing gaining space in the southern hemisphere, and in view of this, studies are needed that reflect upon this new scenario and explain how specifics guide this discussion. Within this context, the objective of this research is to understand the dynamics of Short Commercialization Circuits, taking as a reference the experience of CECAFES in Rio Grande do Norte. This work has an exploratory and descriptive character, and was used as an “inter method triangulation”. Among the techniques, they were adopted as field classification, matter with closed and open questions (with thirty producers and consumers) and semi-structures, with four actors. The results show that the consumer's option for this type of market is guided, to a large extent, by concerns related to their own health, low prices, or convenience in locomotion, revealing little socio-environmental commitment. It can be said that most producers have followed a path in search of an alternative agri-food system and that this process has been partly due to the requirement of the institution and partners, and on the other hand, by the consumer, who has sought healthier foods. This consumer has a strong relationship of trust with producers, for example, they consider the word of the farmer more relevant than certification. In addition, producers are having greater autonomy in their work, and the certainty that they will receive for the product sold. It is worth mentioning that, a small part of the producers buy food suppliers that are not family farmers. Another point worth mentioning is that the Central does not yet guarantee, for a significant part of the producers, a satisfactory financial return. From this scenario, what we have is that CECAFES is a small seed, willing to resist, even if it is in the face of “agri-food empires” (PLOEG, 2008).Universidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS URBANOS E REGIONAISUFRNBrasilSistema agroalimentar alternativoCircuitos curtos de comercializaçãoConsumidoresProdutoresCircuitos curtos de comercialização: um estudo sobre a CECAFESinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNTEXTCircuitoscurtoscomercializacao_Amaral_2020.pdf.txtCircuitoscurtoscomercializacao_Amaral_2020.pdf.txtExtracted texttext/plain291943https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/31760/2/Circuitoscurtoscomercializacao_Amaral_2020.pdf.txt81e7edad590d6dd6bf9fe8b0a23f9079MD52THUMBNAILCircuitoscurtoscomercializacao_Amaral_2020.pdf.jpgCircuitoscurtoscomercializacao_Amaral_2020.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1249https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/31760/3/Circuitoscurtoscomercializacao_Amaral_2020.pdf.jpg81daf7c98f9cc95f588cad411bd1c822MD53ORIGINALCircuitoscurtoscomercializacao_Amaral_2020.pdfapplication/pdf1837361https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/31760/1/Circuitoscurtoscomercializacao_Amaral_2020.pdf8348eeefa05b2dd9fcc432f981623d80MD51123456789/317602021-03-14 05:46:54.063oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/31760Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2021-03-14T08:46:54Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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