Avaliação de vitamina A, zinco e ferro da dieta consumida por meninos com Distrofia Muscular de Duchenne.

• Autor(a) principal: Mizumoto, Ana Carolina de Melo
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/48624
• topic: Distrofia muscular de Duchenne; Zinco; Vitamina A; Ferro; Avaliação do consumo alimentar

A Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) é uma condição clínica resultante de uma mutação no gene que codifica a proteína distrofina, a qual ocasiona uma degeneração muscular progressiva. Os sintomas como a dificuldade para deambular, subir degraus e enfraquecimento muscular, iniciam na infância. É comum que os meninos com DMD apresentem perfis de desnutrição e obesidade que aumentam os riscos de complicações na doença. Além disso, são crianças que geralmente apresentam déficit estatural e por esses motivos, um consumo alimentar adequado em micronutrientes é uma medida terapêutica essencial para auxiliar no manejado das complicações da doença e melhorar a qualidade de vida das crianças com a doença. Esse estudo foi realizado com o objetivo de avaliar a vitamina A, zinco e ferro da dieta consumida por meninos com Distrofia Muscular de Duchenne. Realizou-se um estudo transversal através da análise de recordatórios alimentares 24 horas de 53 meninos com DMD, recrutados no Programa de Atenção em Doenças Neuromusculares da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A estatura e o estado nutricional segundo o índice de massa corporal (IMC) foram analisadas pelas curvas da OMS (2007). Estimou-se a ingestão de vitamina A, zinco e ferro conforme as recomendações das DRIs (IOM, 2002). Mais de 50% dos meninos mostraram-se estar eutróficos e 25,5% em situação de magreza acentuada. Em relação a estatura, mais de 80% da amostra prevaleceu em muito baixa estatura. A prevalência de inadequação dos micronutrientes foi expressiva. Os jovens e adultos apresentaram os maiores percentuais de inadequação dos nutrientes, especialmente da vitamina, a qual superou 80% de desconformidade. Os meninos com idades entre 4 e 8 anos e 9 e 13 anos não apresentaram inadequação do consumo alimentar de zinco e obtiveram menores percentuais de inadequação de vitamina A e ferro. Concluiu-se que o déficit estatural é predominante entre os meninos e que a prevalência de inadequação de vitamina A, zinco e ferro fomenta um risco nutricional para crescimento e desenvolvimento de crianças com DMD.