Por uma política das imagens em Georges Didi-Huberman
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/30759 |
Resumo: | Este estudo consistiu no esforço de pensar uma política das imagens a partir de Georges DidiHuberman, o que demandou, em alguma medida, montar três planos de composição: um no campo do saber, encontrando na heurística o eixo capaz de articular um saber em relação com o páthos. Para tanto, recorremos a um paradigma estético de pensamento retirado da filosofia de Walter Benjamin, nomeado constelação. A constelação da heurística, então, possibilitounos compor esse tipo de saber conjugado com as emoções; um no campo da política, a qual, ao invés de diferenciar público e privado, ato e potência, práxis e poiesis, inscreve-se em outra esfera, a dos gestos, permitindo-nos encontrar com uma política da exposição, na qual se expõe o que está em vias de se perder, o que está desaparecendo. Aí, paradoxalmente, vemo-nos diante do ser em comum, que aparece quando exposto e quando comparecemos, demandando de nós, pois, outras modalidades de relação: a imaginação, a tomada de posição e a empatia, e; por fim, um no campo da imagem, a qual, ao contrário de ser um depósito das ilusões humanas, torna-se lugar de retirada de saberes: sobre os nossos sofrimentos, sobre o que não somos, sobre os passados que não foram, sobre o que ainda não somos capazes de saber, sobre o próprio não-saber, sobre a cólera e sobre nossas potências. Tudo isso significou pensar e assinalar os deslocamentos das imagens no corpo dessa teoria outra, dessa política das imagens, que tem como função restituir as imagens ao livre uso comum dos homens, para dar a conhecer. Talvez, seja essa sua principal atribuição: dar a conhecer para que o resto seja possível. |
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Marinho, Clayton Rodrigo da FonsecaRupp, BettinaSantiago Junior, Francisco Das Chagas Fernandes SantiagoSilva, Jaison CastroHonesko, Vinícius NicastroPellejero, Eduardo Anibal2020-11-28T20:01:15Z2020-11-28T20:01:15Z2020-08-07MARINHO, Clayton Rodrigo da Fonseca. Por uma política das imagens em Georges Didi-Huberman. 2020. 364f. Tese (Doutorado em Filosofia) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2020.https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/30759Este estudo consistiu no esforço de pensar uma política das imagens a partir de Georges DidiHuberman, o que demandou, em alguma medida, montar três planos de composição: um no campo do saber, encontrando na heurística o eixo capaz de articular um saber em relação com o páthos. Para tanto, recorremos a um paradigma estético de pensamento retirado da filosofia de Walter Benjamin, nomeado constelação. A constelação da heurística, então, possibilitounos compor esse tipo de saber conjugado com as emoções; um no campo da política, a qual, ao invés de diferenciar público e privado, ato e potência, práxis e poiesis, inscreve-se em outra esfera, a dos gestos, permitindo-nos encontrar com uma política da exposição, na qual se expõe o que está em vias de se perder, o que está desaparecendo. Aí, paradoxalmente, vemo-nos diante do ser em comum, que aparece quando exposto e quando comparecemos, demandando de nós, pois, outras modalidades de relação: a imaginação, a tomada de posição e a empatia, e; por fim, um no campo da imagem, a qual, ao contrário de ser um depósito das ilusões humanas, torna-se lugar de retirada de saberes: sobre os nossos sofrimentos, sobre o que não somos, sobre os passados que não foram, sobre o que ainda não somos capazes de saber, sobre o próprio não-saber, sobre a cólera e sobre nossas potências. Tudo isso significou pensar e assinalar os deslocamentos das imagens no corpo dessa teoria outra, dessa política das imagens, que tem como função restituir as imagens ao livre uso comum dos homens, para dar a conhecer. Talvez, seja essa sua principal atribuição: dar a conhecer para que o resto seja possível.Este estudo consistiu no esforço de pensar uma política das imagens a partir de Georges DidiHuberman, o que demandou, em alguma medida, montar três planos de composição: um no campo do saber, encontrando na heurística o eixo capaz de articular um saber em relação com o páthos. Para tanto, recorremos a um paradigma estético de pensamento retirado da filosofia de Walter Benjamin, nomeado constelação. A constelação da heurística, então, possibilitounos compor esse tipo de saber conjugado com as emoções; um no campo da política, a qual, ao invés de diferenciar público e privado, ato e potência, práxis e poiesis, inscreve-se em outra esfera, a dos gestos, permitindo-nos encontrar com uma política da exposição, na qual se expõe o que está em vias de se perder, o que está desaparecendo. Aí, paradoxalmente, vemo-nos diante do ser em comum, que aparece quando exposto e quando comparecemos, demandando de nós, pois, outras modalidades de relação: a imaginação, a tomada de posição e a empatia, e; por fim, um no campo da imagem, a qual, ao contrário de ser um depósito das ilusões humanas, torna-se lugar de retirada de saberes: sobre os nossos sofrimentos, sobre o que não somos, sobre os passados que não foram, sobre o que ainda não somos capazes de saber, sobre o próprio não-saber, sobre a cólera e sobre nossas potências. Tudo isso significou pensar e assinalar os deslocamentos das imagens no corpo dessa teoria outra, dessa política das imagens, que tem como função restituir as imagens ao livre uso comum dos homens, para dar a conhecer. Talvez, seja essa sua principal atribuição: dar a conhecer para que o resto seja possível.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Universidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIAUFRNBrasilConstelação; Heurística; Política das imagens; Restituição.ConstellationHeuristicsPolitics of imagesRestitutionPor uma política das imagens em Georges Didi-Hubermaninfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALClaytonRodrigoDaFonsecaMarinho_TESE.pdfapplication/pdf4499444https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/30759/1/ClaytonRodrigoDaFonsecaMarinho_TESE.pdfabef5b6b5c89776476a53a3443e672baMD51TEXTClaytonRodrigoDaFonsecaMarinho_TESE.pdf.txtClaytonRodrigoDaFonsecaMarinho_TESE.pdf.txtExtracted texttext/plain1089858https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/30759/2/ClaytonRodrigoDaFonsecaMarinho_TESE.pdf.txta16dcb0d17ece3e76076cd1df699acf2MD52THUMBNAILClaytonRodrigoDaFonsecaMarinho_TESE.pdf.jpgClaytonRodrigoDaFonsecaMarinho_TESE.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1168https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/30759/3/ClaytonRodrigoDaFonsecaMarinho_TESE.pdf.jpgd4b7aa4a3fcae9c93adb508ce09fac61MD53123456789/307592020-11-29 04:45:02.524oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/30759Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2020-11-29T07:45:02Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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