Nietzsche e os valores modernos: um estudo sobre o adoecimento moral do homem

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Diego Vinicius Brito dos
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/47563
Resumo: A presente pesquisa evidencia o diagnóstico fisiopsicológico de Nietzsche sobre o homem moderno. Até o século XIX, poucos pensadores ousaram entender o mal-estar moderno que se tornou fenomênico no curso de nossa história. Nietzsche é um dos primeiros pensadores a suspeitar dos rebentos da modernidade, por isso ousou diagnosticar, compreender e até mesmo propor resistência e tratamento aos males de ordem psicológica e fisiológica que o Estado, a filosofia ocidental, a moralidade, o cristianismo e as promessas modernas impuseram de forma coercitiva à vida e ao modo de viver do homem. À luz do pensamento nietzschiano, somos levados à compreensão de que o contexto gregário adoentou o ser humano, dado que tal contexto impetrou um nocivo melhoramento para atalhar a manifestação de impulsos animalescos do homem dentro da esfera social. Quando os homens foram impelidos a não mais expressar seus impulsos em um contexto de rebanho, tais impulsos retroagiram ao interior do homem e, nesse interior, esses impulsos começaram a corroer o próprio homem de dentro para fora. Os sintomas que dessa interiorização nasceram são: ressentimento, sofrimento, fraqueza, impotência, fadiga, irritabilidade e outros. Dentre esses sintomas, empenhamos-nos em mostrar como, principalmente, o ressentimento banalizou-se ou tornou-se comum em nossas sociedades modernas. Porém, para chegarmos a esta constatação, examinaremos primeiro os três fatores que propiciaram a interiorização do homem, a saber: memória, castigo e medo. Ao analisar esses três fatores, traremos luz ao diagnóstico fisiopsicológico de Nietzsche sobre o estado enfermo ou niilista do homem, além de propor um tratamento viável a tal estado.
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