Deslocamento de abomaso à direita em bezerro: relato de caso
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Medicina Veterinária (Recife. Online) |
Texto Completo: | https://www.journals.ufrpe.br/index.php/medicinaveterinaria/article/view/2128 |
Resumo: | Deslocamento do abomaso é uma paratopia que ocorre com menor frequência em bezerros, touros e novilhas, quando comparado com vacas de alta produção leiteira. Objetivou-se relatar o caso de um bezerro, macho, com três meses de idade, atendido na rotina hospitalar da Clínica de Bovinos de Garanhuns. Segundo anamnese, o animal alimentava-se de leite, pasto nativo, grama, xerém de milho e farelo de trigo (200g/dia). Entretanto três dias antes da baixa, foi alimentado com palha de milho, apresentando em seguida timpania ruminal, dificuldade de locomoção e aumento do consumo de água. As fezes estavam escassas, liquefeitas e amareladas. Caso único, num total de 30 animais. Os principais sinais clínicos observados foram apatia, mucosas congestas, exsicose grau III, moderada enoftalmia, abdômen tenso, com formato maçã-pera, à percussão auscultatória evidenciou-se um som de “ping” metálico, na região do 12º espaço intercostal do flanco direito. As análises laboratoriais revelaram teor de cloretos elevado, de 81,88 mEq/L; hemoconcentração, leucocitose, por linfocitose e neutrofilia, com desvio à esquerda regenerativo, além de hipoproteinemia. Em função do diagnóstico de deslocamento de abomaso à direita (DAD), foi submetido à laparotomia exploratória pelo flanco direito. Nesta condição, o órgão estava bastante distendido por gás e conteúdo líquido. Seguindo o protocolo terapêutico, o animal apresentou evolução clínica satisfatória, recebendo alta no quinto dia após seu internamento. Conclui-se que deslocamento de abomaso à direita é uma afecção grave e, apesar da baixa frequência em bezerros, pode acometer essa faixa etária, acarretando prejuízos ao produtor, e o que reitera a necessidade de prevenir os fatores de risco associados a essa síndrome multifatorial. |
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