Atividade larvicida do extrato celular e de lectina extraídos de Chlorella vulgaris frente larvas em L4 de Aedes aegypti.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Maria Laura da
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório institucional da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) (RI-UFRPE)
Texto Completo: https://repository.ufrpe.br/handle/123456789/3867
Resumo: A dengue, chikungunya e zika são doenças virais ocasionadas pelo agente transmissor Aedes aegypti. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), os números de casos dessas infecções são crescentes, sendo o principal método de prevenção, a utilização de inseticidas químicos para o combate ao vetor, os quais tem provocado resistência nas populações. A busca por inseticidas extraídos de fontes naturais tem sido uma alternativa, assim, as microalgas surgem como uma nova possibilidade por apresentarem bioativos biodegradáveis e não tóxicos. Portanto, esta pesquisa visou à utilização do extrato celular e de lectina de Chlorella vulgaris sobre o A. aegypti para investigar a atividade larvicida e inibição sobre a tripsina no quarto estágio larval (L4). A biomassa da C. vulgaris foi cultivada em Bold's Basal Medium. A biomassa foi concentrada e ressuspendida em uma proporção de 10% p/v em tampão Tris- HCl-NaCl 0,1 M, pH 7,5 para a preparação do extrato celular por agitação magnética durante 9h e posterior realizado atividade hemaglutinante. A lectina foi purificada através da cromatografia aniônica (DEAE-Sephadex) e de exclusão molecular Superdex 75. O extrato celular nas concentrações de 3,13% a 100 %, e a lectina de 25 a 200 μg mL-1, foram aplicados nas larvas L4 de A. aegypti durante o período de 72 horas seguindo as recomendações da OMS. O extrato celular apresentou um valor de LC50 com 3 horas (LC50 = 43,50%) e 24 horas (LC50 = 10,62%). Enquanto a lectina apresentou LC50 com 24 horas (164,2 μg mL-¹), 48 horas (125,3 μg mL-¹) e 72 horas (106,5 μg mL-1). Para observação do mecanismo de ação da tripsina intestinal, A LC50 do extrato celular contendo 260 μg ml-1 de proteína foi aplicado no quarto estágio das larvas de A. aegypti. Ao atingir o quarto estágio, as larvas foram incubadas com o extrato celular da microalga durante o período total de 10 horas, e a cada 2 horas foi realizada atividade de tripsina. Foi observado que quanto maior o tempo de tratamento do extrato celular com as larvas, maior foi a redução na atividade da tripsina do extrato intestinal. Houve uma redução na atividade de 34,93 % do tempo inicial com 2 horas ao tempo final com 10 horas. Assim, o presente estudo utilizando o extrato celular, bem como a lectina isolada da C. vulgaris surge como um novo potencial larvicida de A. aegypti.
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A biomassa da C. vulgaris foi cultivada em Bold's Basal Medium. A biomassa foi concentrada e ressuspendida em uma proporção de 10% p/v em tampão Tris- HCl-NaCl 0,1 M, pH 7,5 para a preparação do extrato celular por agitação magnética durante 9h e posterior realizado atividade hemaglutinante. A lectina foi purificada através da cromatografia aniônica (DEAE-Sephadex) e de exclusão molecular Superdex 75. O extrato celular nas concentrações de 3,13% a 100 %, e a lectina de 25 a 200 μg mL-1, foram aplicados nas larvas L4 de A. aegypti durante o período de 72 horas seguindo as recomendações da OMS. O extrato celular apresentou um valor de LC50 com 3 horas (LC50 = 43,50%) e 24 horas (LC50 = 10,62%). Enquanto a lectina apresentou LC50 com 24 horas (164,2 μg mL-¹), 48 horas (125,3 μg mL-¹) e 72 horas (106,5 μg mL-1). Para observação do mecanismo de ação da tripsina intestinal, A LC50 do extrato celular contendo 260 μg ml-1 de proteína foi aplicado no quarto estágio das larvas de A. aegypti. Ao atingir o quarto estágio, as larvas foram incubadas com o extrato celular da microalga durante o período total de 10 horas, e a cada 2 horas foi realizada atividade de tripsina. Foi observado que quanto maior o tempo de tratamento do extrato celular com as larvas, maior foi a redução na atividade da tripsina do extrato intestinal. Houve uma redução na atividade de 34,93 % do tempo inicial com 2 horas ao tempo final com 10 horas. Assim, o presente estudo utilizando o extrato celular, bem como a lectina isolada da C. vulgaris surge como um novo potencial larvicida de A. aegypti.Dengue, chikungunya and zika are viral diseases caused by the transmitting agent Aedes aegypti. According to data from the World Health Organization (WHO), the numbers of cases of these infections are increasing, the main method of prevention being the use of chemical insecticides to combat the vector, which has provoked resistance in the populations. The search for insecticides extracted from natural sources has been an alternative, thus, microalgae appear as a new possibility because they present biodegradable and non-toxic bioactives. Therefore, this research aimed to use the cell extract and Chlorella vulgaris lectin on A. aegypti to investigate larvicidal activity and inhibition on trypsin in the fourth larval stage (L4). The biomass of C. vulgaris was grown in Bold's Basal Medium. The biomass was concentrated and resuspended in a proportion of 10% w / v in 0.1 M Tris-HCl-NaCl buffer, pH 7.5 for the preparation of the cell extract by magnetic stirring for 9h and later performed hemagglutinating activity. Lectin was purified using anionic chromatography (DEAE-Sephadex) and Superdex 75 molecular exclusion. Cell extract at concentrations of 3.13% to 100%, and lectin from 25 to 200 μg mL-1, were applied to the larvae A. aegypti L4 during the 72-hour period following WHO recommendations. The cell extract showed an LC50 value with 3 hours (LC50 = 43.50%) and 24 hours (LC50 = 10.62%). While lectin showed LC50 at 24 hours (164.2 μg mL-¹), 48 hours (125.3 μg mL-¹) and 72 hours (106.5 μg mL-1). To observe the mechanism of action of intestinal trypsin, the LC50 of the cell extract containing 260 μg ml-1 of protein was applied to the fourth stage of A. aegypti larvae. Upon reaching the fourth stage, the larvae were incubated with the microalgae cell extract for a total period of 10 hours, and every 2 hours trypsin activity was performed. It was observed that the longer the cell extract treatment time with the larvae, the greater the reduction in intestinal extract trypsin activity. There was a 34.93% reduction in activity from the initial time with 2 hours to the final time with 10 hours. Thus, the present study using the cell extract, as well as the lectin isolated from C. vulgaris, appears as a new larvicidal potential of A. aegypti.BrasilBezerra, Raquel Pedrosahttp://lattes.cnpq.br/0330489267196523http://lattes.cnpq.br/1466206759539320Silva, Maria Laura da2023-02-02T19:03:49Z2023-02-02T19:03:49Z2020-11-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesis35 f.application/pdfSilva, Maria Laura da. Atividade larvicida do extrato celular e de lectina extraídos de Chlorella vulgaris frente larvas em L4 de Aedes aegypti. 2020. 35 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Ciências Biológicas) - Departamento de Biologia, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2020.https://repository.ufrpe.br/handle/123456789/3867porAtribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0)https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt_BRopenAccessinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório institucional da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) (RI-UFRPE)instname:Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)instacron:UFRPE2023-02-02T19:03:55Zoai:dspace:123456789/3867Repositório InstitucionalPUBhttps://repository.ufrpe.br/oai/requestrepositorio.sib@ufrpe.bropendoar:https://v2.sherpa.ac.uk/id/repository/106122023-02-02T19:03:55Repositório institucional da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) (RI-UFRPE) - Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)false
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