Determinação da taxa de sobrevivência de juvenis de Macrobrachium rosenbergii, experimentalmente infectados com Vibrio parahaemolyticus.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Michereff, Gabriel Sobral
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório institucional da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) (RI-UFRPE)
Texto Completo: https://repository.ufrpe.br/handle/123456789/5449
Resumo: O presente trabalho avaliou a sobrevivência de juvenis de Macrobrachium rosenbergii, importante espécie de camarão de água doce no cenário aquícola frente a desafio bacteriano com Vibrio parahaemolyticus, bactéria oportunista presente no próprio ambiente de cultivo e microbiota intestinal do animal. O experimento foi realizado com dois fatores: (1) via de Infecção, na qual foram avaliados três tratamentos (I- via ingestão, composto de oferta da ração adicionada do patógeno; II- via injeção, através da inoculação intramuscular e; III- via imersão, onde o material infeccioso foi acrescido a água das unidades experimentais) e (2) concentração, no qual cada tratamento foi submetido a duas concentrações: 108 e 106 UFC/ml de V. parahaemolyticus. Os animais (peso médio inicial de 0,3 g) utilizados no experimento foram distribuídos aleatoriamente em unidades experimentais de 15L de volume útil, na densidade de 3 camarões / 4L sob aeração constante, filtro biológico e temperatura de 28°C utilizando 7 tratamentos com 3 repetições, totalizando 21 tratamentos. O desafio foi feito ao longo de 21 dias com os animais alimentados a 5% de sua biomassa três vezes ao dia. Durante todo o período do desafio, os animais foram monitorados diariamente para a observação da mortalidade e presença de sinais clínicos. Os dados de mortalidade obtidos foram submetidos aos testes de homogeneidade, normalidade (teste de Shapiro–Wilk), transformados pela raiz quadrada e posteriormente submetidos à ANOVA unidirecional. Para a avaliação de diferenças entre as médias foi utilizado o teste de Tukey com nível de significância de 5% em todas as análises. Os resultados obtidos demonstraram que, para os tratamentos de ingestão e imersão, a mortalidade oscilou entre 6,25% e 33,33% (SD=7,22-14,43), não existindo diferença entre os tratamentos. Ao observar o tratamento via injeção, foram detectadas taxas médias de mortalidade de 45,83% e 100% (SD=7,22%) para as concentrações de 106 e 108 UFC/ml, respectivamente, sendo este distinto das demais vias. Com base nos resultados obtidos, pode-se concluir que: (i) o tratamento por injeção intramuscular de V. parahaemolyticus foi o que resultou em menores taxas de sobrevivência, com a concentração de 106 UFC/ml, sendo a mais próxima da dose letal mediana (DL50), por acarretar 45,83% de mortalidade na população de camarões M. rosenbergii e; (ii) há influência na sobrevivência de juvenis de M. rosenbergii, a depender da via de infecção e concentração inoculada de V. parahaemolyticus, com maior taxa de mortalidade via injeção, não existindo diferença pata as rotas via imersão e ingestão, independente da concentração.
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