O PATRIMÔNIO INDUSTRIAL E A PAISAGEM CULTURAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES: ANACRONISMO OU RUGOSIDADE?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Acta Geográfica (Online) |
Texto Completo: | http://revista.ufrr.br/actageo/article/view/4270 |
Resumo: | O Patrimônio Industrial diz respeito aos resquícios do modo de produzir de uma sociedade, constituídos de seu valor histórico, tecnológico, social e arquitetônico ou científico. Sua análise possibilita uma conexão com o tipo de industrialização de um período histórico, com o modo de vida da classe trabalhadora correspondente e permite entender os processos de conformação do espaço na qual essa população residia. Neste sentido, o patrimônio industrial está intimamente relacionado a paisagem cultural. Esta pode ser entendida como um produto da apropriação e transformação do homem sobre a natureza, constituindo um conjunto de significados, impressos através da linguagem, dos símbolos e traços culturais do grupo social em questão. Em Campos dos Goytacazes, ao relacionarmos esses dois conceitos, se faz necessário relacionar com o setor sucroalcooleiro, pois este teve influência direta na formação da cultura campista, visto que, por muito tempo, era a base econômica da cidade. Porém, hoje, uma grave crise tomou conta do setor e o Patrimônio Industrial deixa de ser um elemento dominante na paisagem e passa a ser residual, sendo considerado, em alguns momentos, entraves para o desenvolvimento local. Entretanto, mesmo com a não atividade, as estruturas persistem na paisagem, disputando espaços com uma nova dinâmica, tentando sobreviver frente a um acelerado processo de urbanização. Mediante o novo contexto, cabe a pergunta: este pode ser considerado anacronismo diante dos novos processos implementados ou uma soma de diferentes tempos que persiste em permanecer na paisagem cultural local? O trabalho pretende dar subsídios para o desenvolvimento deste debate. |
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O PATRIMÔNIO INDUSTRIAL E A PAISAGEM CULTURAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES: ANACRONISMO OU RUGOSIDADE?Patrimônio IndustrialPaisagem CulturalCampos dos GoytacazesO Patrimônio Industrial diz respeito aos resquícios do modo de produzir de uma sociedade, constituídos de seu valor histórico, tecnológico, social e arquitetônico ou científico. Sua análise possibilita uma conexão com o tipo de industrialização de um período histórico, com o modo de vida da classe trabalhadora correspondente e permite entender os processos de conformação do espaço na qual essa população residia. Neste sentido, o patrimônio industrial está intimamente relacionado a paisagem cultural. Esta pode ser entendida como um produto da apropriação e transformação do homem sobre a natureza, constituindo um conjunto de significados, impressos através da linguagem, dos símbolos e traços culturais do grupo social em questão. Em Campos dos Goytacazes, ao relacionarmos esses dois conceitos, se faz necessário relacionar com o setor sucroalcooleiro, pois este teve influência direta na formação da cultura campista, visto que, por muito tempo, era a base econômica da cidade. Porém, hoje, uma grave crise tomou conta do setor e o Patrimônio Industrial deixa de ser um elemento dominante na paisagem e passa a ser residual, sendo considerado, em alguns momentos, entraves para o desenvolvimento local. Entretanto, mesmo com a não atividade, as estruturas persistem na paisagem, disputando espaços com uma nova dinâmica, tentando sobreviver frente a um acelerado processo de urbanização. Mediante o novo contexto, cabe a pergunta: este pode ser considerado anacronismo diante dos novos processos implementados ou uma soma de diferentes tempos que persiste em permanecer na paisagem cultural local? O trabalho pretende dar subsídios para o desenvolvimento deste debate.Universidade Federal de Roraima2018-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://revista.ufrr.br/actageo/article/view/427010.18227/2177-4307.acta.v11i27.4270ACTA GEOGRÁFICA; v. 11 n. 27 (2017): set/dez-2017; 79-922177-43071980-5772reponame:Acta Geográfica (Online)instname:Universidade Federal de Roraima (UFRR)instacron:UFRRporhttp://revista.ufrr.br/actageo/article/view/4270/2400Copyright (c) 2018 ACTA GEOGRÁFICAhttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessMesquita, Zandor GomesAndré, Philipe Braga2022-11-16T19:16:48Zoai:oai.revista.ufrr.br:article/4270Revistahttps://revista.ufrr.br/actageoPUBhttp://revista.ufrr.br/index.php/actageo/oai||actageografica@gmail.com|| rafasolufrr@gmail.com2177-43071980-5772opendoar:2022-11-16T19:16:48Acta Geográfica (Online) - Universidade Federal de Roraima (UFRR)false |
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