Sobre pensar e dizer o ser e o não-ser: matizes epistêmicos e semânticos da Teoria dos Objetos de Alexius Meinong

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Machado Junior, Deir da Silva
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
Texto Completo: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13521
Resumo: A relação entre o ser, o dizer e o pensar é uma questão central na Filosofia. Com suas devidas diferenças, desde Parmênides, as posições centrais da tradição filosófica – empirismo, idealismo e materialismo – e, por conseguinte, da lógica contemporânea, têm majoritariamente ligado o dizer e o pensar inflexivelmente ao ser e, desse modo, o não-ser tem sido excluído da categoria de objeto genuíno do pensamento e do discurso, ora como algo sem significado, ora como algo significativo, mas que nunca é um constituinte de expressões verdadeiras. No entanto, tais abordagens parecem não se adequar à natureza intencional do pensamento e ao uso ordinário da linguagem, uma vez que a esmagadora maioria do discurso e do pensamento humano não se restringe ao ser, e, com efeito, o não-ser, além de assumido como significativo, é, algumas vezes, considerado como um constituinte de expressões verdadeiras. No contexto dessa assimetria entre a Filosofia e o discurso ordinário, no presente trabalho são exibidos e analisados os matizes epistêmicos, semânticos, lógicos e ontológicos da Teoria dos Objetos de Alexius Meinong que oferecem bases para uma solução alternativa para o impasse, por meio de um domínio semântico que subsume tanto o ser como o não-ser como referentes genuínos no dizer e no pensar, levando em consideração os panos de fundo histórico e teorético que compreendem aspectos que fundamentaram motivações, problemas, críticas e alterações à teoria meinonguiana.
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Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2022.https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13521A relação entre o ser, o dizer e o pensar é uma questão central na Filosofia. Com suas devidas diferenças, desde Parmênides, as posições centrais da tradição filosófica – empirismo, idealismo e materialismo – e, por conseguinte, da lógica contemporânea, têm majoritariamente ligado o dizer e o pensar inflexivelmente ao ser e, desse modo, o não-ser tem sido excluído da categoria de objeto genuíno do pensamento e do discurso, ora como algo sem significado, ora como algo significativo, mas que nunca é um constituinte de expressões verdadeiras. No entanto, tais abordagens parecem não se adequar à natureza intencional do pensamento e ao uso ordinário da linguagem, uma vez que a esmagadora maioria do discurso e do pensamento humano não se restringe ao ser, e, com efeito, o não-ser, além de assumido como significativo, é, algumas vezes, considerado como um constituinte de expressões verdadeiras. No contexto dessa assimetria entre a Filosofia e o discurso ordinário, no presente trabalho são exibidos e analisados os matizes epistêmicos, semânticos, lógicos e ontológicos da Teoria dos Objetos de Alexius Meinong que oferecem bases para uma solução alternativa para o impasse, por meio de um domínio semântico que subsume tanto o ser como o não-ser como referentes genuínos no dizer e no pensar, levando em consideração os panos de fundo histórico e teorético que compreendem aspectos que fundamentaram motivações, problemas, críticas e alterações à teoria meinonguiana.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorThe relation between being, saying and thinking is a central issue in Philosophy. With their due differences, since Parmenides, the central positions of the philosophical tradition – empiricism, idealism and materialism – and, thereafter, of contemporary logic, have mostly linked saying and thinking inflexibly to being and, thereby, non- being has been excluded from the category of genuine object of thought and speech, sometimes as meaningless, sometimes as something significant, but which is never a constituent of true expressions. However, such approaches do not seem to suit the intentional nature of thought and the ordinary use of language, since the overwhelming majority of human discourse and thought is not restricted to being, and, in effect, non- being, besides assumed as significant, it is sometimes considered to be a constituent of true expressions. In the context of this asymmetry between Philosophy and ordinary discourse, in the present work the epistemic, semantic, logical and ontological nuances of Alexius Meinong’s Theory of Objects are shown and analyzed, which offer bases for an alternative solution to the impasse, through of a semantic domain that subsumes both being and non-being as genuine referents in saying and thinking, considering the historical and theoretical backgrounds that comprise aspects that based motivations, problems, criticisms and changes of the meinonguian theory.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em FilosofiaUFRRJBrasilInstituto de Ciências Humanas e SociaisAlexius MeinongTeoria dos ObjetosSerNão-serSemânticaAlexius MeinongTheory of ObjectsBeingNon-beingSemanticsFilosofiaSobre pensar e dizer o ser e o não-ser: matizes epistêmicos e semânticos da Teoria dos Objetos de Alexius MeinongOn thinking and saying the being and the non- being: epistemic and semantic nuances of Alexius Meinong’s Theory of Objectsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisALBERTAZZI, L.; JACQUETTE, D.; POLI, R. 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description A relação entre o ser, o dizer e o pensar é uma questão central na Filosofia. Com suas devidas diferenças, desde Parmênides, as posições centrais da tradição filosófica – empirismo, idealismo e materialismo – e, por conseguinte, da lógica contemporânea, têm majoritariamente ligado o dizer e o pensar inflexivelmente ao ser e, desse modo, o não-ser tem sido excluído da categoria de objeto genuíno do pensamento e do discurso, ora como algo sem significado, ora como algo significativo, mas que nunca é um constituinte de expressões verdadeiras. No entanto, tais abordagens parecem não se adequar à natureza intencional do pensamento e ao uso ordinário da linguagem, uma vez que a esmagadora maioria do discurso e do pensamento humano não se restringe ao ser, e, com efeito, o não-ser, além de assumido como significativo, é, algumas vezes, considerado como um constituinte de expressões verdadeiras. No contexto dessa assimetria entre a Filosofia e o discurso ordinário, no presente trabalho são exibidos e analisados os matizes epistêmicos, semânticos, lógicos e ontológicos da Teoria dos Objetos de Alexius Meinong que oferecem bases para uma solução alternativa para o impasse, por meio de um domínio semântico que subsume tanto o ser como o não-ser como referentes genuínos no dizer e no pensar, levando em consideração os panos de fundo histórico e teorético que compreendem aspectos que fundamentaram motivações, problemas, críticas e alterações à teoria meinonguiana.
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