Fragmentos de Mata Atlântica potenciais para coleta de sementes no estado do Rio de Janeiro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
Texto Completo: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11357 |
Resumo: | O estado do Rio de Janeiro apresenta uma crescente demanda por projetos de restauração florestal. Como consequência, surgiu uma grande demanda por sementes com qualidade genética. Considerando o elevado nível de fragmentação dos remanescentes de vegetação do estado, o objetivo deste trabalho foi classificar os fragmentos maiores que 10 ha de acordo com o seu potencial para a realização da atividade de coleta de sementes, analisar a dificuldade de acesso a essas áreas e identificar as restrições legais relacionadas à atividade de coleta de sementes nestes remanescentes. Para realizar esse estudo foi processado em ambiente SIG uma base de dados composta por mapas digitais com as unidades de conservação do estado, uso do solo, modelo digital de elevação e distribuição dos viveiros. Para classificar os fragmentos de acordo com o seu potencial para coleta de sementes, foi utilizado o Método Analítico Hierárquico (AHP) e, como variáveis, foram utilizadas as métricas da paisagem. Como resultado constatou-se que o estado do Rio de Janeiro possui 1.308.113,57 ha de fragmentos de vegetação maiores que 10 ha, dos quais 88,14% são considerados de alto potencial para coleta; 4,21% são considerados de médio potencial para coleta; e 7,65% são considerados de baixo potencial para coleta. Constatou-se também que a presença de unidades de conservação de cunho restritivo à atividade de coleta priva o coletor de acessar 30,09% desses remanescentes; a declividade superior a 45% impede que o coletor acesse 17,18% dos remanescentes; e os hábitos e costumes dos coletores relacionados ao deslocamento não abrange 51,94% dos fragmentos de vegetação do estado. Porém, como existe sobreposição parcial de área entre esses fatores restritivos, concluiu-se que no estado do Rio de Janeiro 76,51% da área dos fragmentos maiores que 10 hectares é restritiva à atividade de coleta de sementes. A fisionomia vegetal que apresenta a melhor situação relacionada à possibilidade de coleta é o Mangue, que possui 68,69% da sua área em situação passível de coleta, porém, por definição, os manguezais são considerados como APP e devem ser consideradas as normas legais em vigor. Por outro lado, a fisionomia Campos de Altitude não apresentou nenhuma área em situação passível de coleta e se encontra em situação desfavorável em relação à obtenção de sementes. A Restinga também encontra-se em uma situação delicada, pois possui apenas 8,11% de sua área em situação permissiva à atividade de coleta. A fisionomia de Floresta Atlântica apresentou a maior área de fragmentos em situação permissiva à coleta no estado do Rio de Janeiro, com 298.296,29 ha nesta situação. |
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Abaurre, Gustavo WyseSilva, Eliane Maria Ribeiro da511.084.027-04http://lattes.cnpq.br/9274478730595213Francelino, Márcio Rocha825.207.127-91http://lattes.cnpq.br/1335748426615308Piña-Rodrigues, Fátima Conceição MarquesBreier, Tiago Böer111.716.807-75http://lattes.cnpq.br/33738875559784112023-12-22T01:50:53Z2023-12-22T01:50:53Z2014-02-24ABAURRE, Gustavo Wyse. Fragmentos de Mata Atlântica potenciais para coleta de sementes no estado do Rio de Janeiro. 2014. 64 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Ambientais e Florestais) - Instituto de Florestas, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2014.https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11357O estado do Rio de Janeiro apresenta uma crescente demanda por projetos de restauração florestal. Como consequência, surgiu uma grande demanda por sementes com qualidade genética. Considerando o elevado nível de fragmentação dos remanescentes de vegetação do estado, o objetivo deste trabalho foi classificar os fragmentos maiores que 10 ha de acordo com o seu potencial para a realização da atividade de coleta de sementes, analisar a dificuldade de acesso a essas áreas e identificar as restrições legais relacionadas à atividade de coleta de sementes nestes remanescentes. Para realizar esse estudo foi processado em ambiente SIG uma base de dados composta por mapas digitais com as unidades de conservação do estado, uso do solo, modelo digital de elevação e distribuição dos viveiros. Para classificar os fragmentos de acordo com o seu potencial para coleta de sementes, foi utilizado o Método Analítico Hierárquico (AHP) e, como variáveis, foram utilizadas as métricas da paisagem. Como resultado constatou-se que o estado do Rio de Janeiro possui 1.308.113,57 ha de fragmentos de vegetação maiores que 10 ha, dos quais 88,14% são considerados de alto potencial para coleta; 4,21% são considerados de médio potencial para coleta; e 7,65% são considerados de baixo potencial para coleta. Constatou-se também que a presença de unidades de conservação de cunho restritivo à atividade de coleta priva o coletor de acessar 30,09% desses remanescentes; a declividade superior a 45% impede que o coletor acesse 17,18% dos remanescentes; e os hábitos e costumes dos coletores relacionados ao deslocamento não abrange 51,94% dos fragmentos de vegetação do estado. Porém, como existe sobreposição parcial de área entre esses fatores restritivos, concluiu-se que no estado do Rio de Janeiro 76,51% da área dos fragmentos maiores que 10 hectares é restritiva à atividade de coleta de sementes. A fisionomia vegetal que apresenta a melhor situação relacionada à possibilidade de coleta é o Mangue, que possui 68,69% da sua área em situação passível de coleta, porém, por definição, os manguezais são considerados como APP e devem ser consideradas as normas legais em vigor. Por outro lado, a fisionomia Campos de Altitude não apresentou nenhuma área em situação passível de coleta e se encontra em situação desfavorável em relação à obtenção de sementes. A Restinga também encontra-se em uma situação delicada, pois possui apenas 8,11% de sua área em situação permissiva à atividade de coleta. A fisionomia de Floresta Atlântica apresentou a maior área de fragmentos em situação permissiva à coleta no estado do Rio de Janeiro, com 298.296,29 ha nesta situação.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESThe state of Rio de Janeiro shows an increasing demand for forest restoration projects. This fact, by its turn, triggered a huge demand for high genetic quality propagation material. Given the high level of fragmentation of the remaining vegetation in the state, the aim of this study was to classify the fragments according to their potential for collecting propagation material, to analyze the difficulty of accessing these areas and to point out the legal restrictions related to propagation material collection in these remaining fragments. To perform this study, a database composed of digital maps with the protected areas, land use, digital elevation model and the distribution of nurseries was processed in an SIG environment. In order to classify the fragments according to their collecting potential the Analytic Hierarchy Process (AHP) was used, with landscape metrics as variables. One result of the study was that the state of Rio de Janeiro has 1,308,113.57 hectares of vegetation fragments, of which 88.14% considered as having high collecting potential, 4.21% considered as medium collecting potential, for collecting and 7.65% are considered as low collecting potential. The study also found that the presence, in the state, of conservation units that impose restrictions on collection blocks access to 30,09 % of these fragments; landscape with steepness above 45% blocks access to 17,18% of the remnants. Furthermore behavior and displacement habits of collectors is not sufficient to cover 51.94% of the vegetation fragments of the state. However, since the existing partial overlapping of the restricted area was considered in this study, the conclusion was that the state of Rio de Janeiro has 76.51% of the fragments area restricted in terms of propagation material collection. The vegetal physiognomy that presents the best collecting possibility is the Mangrove, with 68.69% of its area available for collecting activity, but by definition , mangroves are considered to APP and must observe the law in force. On the other hand, the Altitude Fields physiognomy presented no area available for collecting activity, which accounts for the critical condition of this physiognomy given its low possibility of obtaining propagating material. The Restinga, is also in a delicate situation because only 8.11% of its area presents collecting conditions. The physiognomy of tropical rain forest showed the highest area of available collecting fragments in the state of Rio de Janeiro 298.296,29 hectares.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e FlorestaisUFRRJBrasilInstituto de FlorestasRestauração florestalColeta de sementesFragmentaçãoForest restorationCollecting of propagation materialFragmentationRecursos Florestais e Engenharia FlorestalFragmentos de Mata Atlântica potenciais para coleta de sementes no estado do Rio de JaneiroPotential fragments of Atlantic Forest for collection of seeds in the state of Rio de Janeiro.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisAGUILAR, R.; et al. Genetic consequences of habitat fragmentation in plant populations: Susceptible signals in plant trait and methodological approaches. Molecular Ecology. Oxford, v.17, n. 24, p. 5177-5188, 2008. ARROYO-RODRÍGUEZ, V.; et al. 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O estado do Rio de Janeiro apresenta uma crescente demanda por projetos de restauração florestal. Como consequência, surgiu uma grande demanda por sementes com qualidade genética. Considerando o elevado nível de fragmentação dos remanescentes de vegetação do estado, o objetivo deste trabalho foi classificar os fragmentos maiores que 10 ha de acordo com o seu potencial para a realização da atividade de coleta de sementes, analisar a dificuldade de acesso a essas áreas e identificar as restrições legais relacionadas à atividade de coleta de sementes nestes remanescentes. Para realizar esse estudo foi processado em ambiente SIG uma base de dados composta por mapas digitais com as unidades de conservação do estado, uso do solo, modelo digital de elevação e distribuição dos viveiros. Para classificar os fragmentos de acordo com o seu potencial para coleta de sementes, foi utilizado o Método Analítico Hierárquico (AHP) e, como variáveis, foram utilizadas as métricas da paisagem. Como resultado constatou-se que o estado do Rio de Janeiro possui 1.308.113,57 ha de fragmentos de vegetação maiores que 10 ha, dos quais 88,14% são considerados de alto potencial para coleta; 4,21% são considerados de médio potencial para coleta; e 7,65% são considerados de baixo potencial para coleta. Constatou-se também que a presença de unidades de conservação de cunho restritivo à atividade de coleta priva o coletor de acessar 30,09% desses remanescentes; a declividade superior a 45% impede que o coletor acesse 17,18% dos remanescentes; e os hábitos e costumes dos coletores relacionados ao deslocamento não abrange 51,94% dos fragmentos de vegetação do estado. Porém, como existe sobreposição parcial de área entre esses fatores restritivos, concluiu-se que no estado do Rio de Janeiro 76,51% da área dos fragmentos maiores que 10 hectares é restritiva à atividade de coleta de sementes. A fisionomia vegetal que apresenta a melhor situação relacionada à possibilidade de coleta é o Mangue, que possui 68,69% da sua área em situação passível de coleta, porém, por definição, os manguezais são considerados como APP e devem ser consideradas as normas legais em vigor. Por outro lado, a fisionomia Campos de Altitude não apresentou nenhuma área em situação passível de coleta e se encontra em situação desfavorável em relação à obtenção de sementes. A Restinga também encontra-se em uma situação delicada, pois possui apenas 8,11% de sua área em situação permissiva à atividade de coleta. A fisionomia de Floresta Atlântica apresentou a maior área de fragmentos em situação permissiva à coleta no estado do Rio de Janeiro, com 298.296,29 ha nesta situação. |
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