Avaliação da eficácia de aditivo anti-micotoxina em leitoas pré-púberes intoxicadas experimentalmente com zearalenona

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vasconcelos, Bruno da Silva de
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
Texto Completo: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11933
Resumo: O Brasil possui uma produção de suínos de destaque, estando entre os principais produtores e exportadores de carne suína no mundo. Hoje, o tipo de suíno brasileiro produzido é de extrema qualidade e requer cuidados especiais, iniciando na qualidade de alimento fornecido, para expressão máxima do potencial genético. A base da alimentação do suíno é a soja e o milho, e estes grãos podem ser contaminados por fungos que por sua vez em condições favoráveis ao seu crescimento, colonizam os grãos e utilizam os seus nutrientes para o seu desenvolvimento. Como consequência pode ocorrer à produção de micotoxinas, metabólitos secundários, que podem ser tóxicos aos animais. A zearalenona (ZEA) é uma micotoxina com propriedades estrogênicas e que leva a enormes prejuízos, principalmente na reprodução, pois pode causar aborto, pseudogestação, natimortos, entre outros sintomas. O uso de aditivo anti-micotoxina adicionados na ração é um exemplo de como se prevenir e define-se como uma substância que por processos físico-químicos, enzimáticos e/ou bacterianos se unem a micotoxina, impedindo que esta seja absorvida pelo organismo animal e seja posteriormente eliminada. A parede celular de leveduras é uma nova alternativa, de adsorvente, a ser testada. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de um aditivo antimicotoxina, a base de parede celular de leveduras, e os efeitos da micotoxina ZEA em leitoas pré-púberes. Foram utilizadas 36 leitoas pré-púberes divididas em 4 tratamentos: T1(só ração), T2 (ração + adsorvente), T3 (ração + toxina), T4 (ração + toxina + adsorvente). A concentração de ZEA utilizada foi de 2ppm, concentração máxima do limite estabelecido para registro de aditivo antimicotoxina segundo as leis brasileiras, e a concentração usada de aditivo anti-micotoxina foi de 0,2%, obtidos anteriormente em estudos in vitro. Os animais foram alimentados por 21 dias com a toxina, pesados e feita vulvometria. No final do período experimental foram abatidos para avaliação do trato reprodutivo. Os resultados encontrados mostraram que não houve diferença estatística significativa no peso vivo e na conversão alimentar entre os tratamentos. No consumo e no ganho de peso do T3 houve queda no desempenho. Na vulvometria, as médias do peso e do comprimento do trato reprodutivo tiveram diferença significativa nos tratamentos que levaram ZEA a 2ppm. O aditivo anti-micotoxina utilizado não foi eficaz na prevenção da micotoxicose por ZEA a 2ppm, já que as leitoas manifestaram os sinais característicos da doença provavelmente devido a saturação da molécula adsorvente pelos metabólitos de ZEA, que encontravam-se em maior quantidade que os mananoligaossacarídeos, ao ponto de ultrapassar a capacidade adsortiva do aditivo.
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spelling Vasconcelos, Bruno da Silva deRosa, Carlos Alberto da Rocha362.637.537-49Rosa, Carlos Alberto da RochaCavaglieri, Lilia RenéeAronovich, MarcosMatos, Nelson Jorge Moraes095.788.887-24http://lattes.cnpq.br/06717784715185782023-12-22T01:59:01Z2023-12-22T01:59:01Z2013-03-08VASCONCELOS, Bruno da Silva de. Avaliação da eficácia de aditivo anti-micotoxina em leitoas pré-púberes intoxicadas experimentalmente com zearalenona. 2013. 26 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Veterinárias, Sanidade Animal). Instituto de Veterinária, Departamento de Microbiologia e Imunologia Veterinária, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2013.https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11933O Brasil possui uma produção de suínos de destaque, estando entre os principais produtores e exportadores de carne suína no mundo. Hoje, o tipo de suíno brasileiro produzido é de extrema qualidade e requer cuidados especiais, iniciando na qualidade de alimento fornecido, para expressão máxima do potencial genético. A base da alimentação do suíno é a soja e o milho, e estes grãos podem ser contaminados por fungos que por sua vez em condições favoráveis ao seu crescimento, colonizam os grãos e utilizam os seus nutrientes para o seu desenvolvimento. Como consequência pode ocorrer à produção de micotoxinas, metabólitos secundários, que podem ser tóxicos aos animais. A zearalenona (ZEA) é uma micotoxina com propriedades estrogênicas e que leva a enormes prejuízos, principalmente na reprodução, pois pode causar aborto, pseudogestação, natimortos, entre outros sintomas. O uso de aditivo anti-micotoxina adicionados na ração é um exemplo de como se prevenir e define-se como uma substância que por processos físico-químicos, enzimáticos e/ou bacterianos se unem a micotoxina, impedindo que esta seja absorvida pelo organismo animal e seja posteriormente eliminada. A parede celular de leveduras é uma nova alternativa, de adsorvente, a ser testada. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de um aditivo antimicotoxina, a base de parede celular de leveduras, e os efeitos da micotoxina ZEA em leitoas pré-púberes. Foram utilizadas 36 leitoas pré-púberes divididas em 4 tratamentos: T1(só ração), T2 (ração + adsorvente), T3 (ração + toxina), T4 (ração + toxina + adsorvente). A concentração de ZEA utilizada foi de 2ppm, concentração máxima do limite estabelecido para registro de aditivo antimicotoxina segundo as leis brasileiras, e a concentração usada de aditivo anti-micotoxina foi de 0,2%, obtidos anteriormente em estudos in vitro. Os animais foram alimentados por 21 dias com a toxina, pesados e feita vulvometria. No final do período experimental foram abatidos para avaliação do trato reprodutivo. Os resultados encontrados mostraram que não houve diferença estatística significativa no peso vivo e na conversão alimentar entre os tratamentos. No consumo e no ganho de peso do T3 houve queda no desempenho. Na vulvometria, as médias do peso e do comprimento do trato reprodutivo tiveram diferença significativa nos tratamentos que levaram ZEA a 2ppm. O aditivo anti-micotoxina utilizado não foi eficaz na prevenção da micotoxicose por ZEA a 2ppm, já que as leitoas manifestaram os sinais característicos da doença provavelmente devido a saturação da molécula adsorvente pelos metabólitos de ZEA, que encontravam-se em maior quantidade que os mananoligaossacarídeos, ao ponto de ultrapassar a capacidade adsortiva do aditivo.Brazil has a prominent pork production and it is among the leading of producers and exporters of meat pork in the world. Today, the type of Brazilian pig produced, is of high quality and requires special care, starting at the quality of food, to provided maximum expression of genetic potential. The staple diet of the pig is soy and corn, these can be affected by fungi, which when in favorable conditions to their growth, colonize grain and use their nutrients to their development. As a result, can occur the production of mycotoxins and secondary metabolites, which can be toxic to animals. Zearalenone (ZEA) is a mycotoxin with estrogenics properties which leads to huge losses, especially in reproduction, where it causes abortion, pseudopregnancy, stillbirths, among other symptoms. The use of anti-mycotoxin additive added to the feed is an example of how to prevent it. The yeast wall is a new alternative of adsorbent to be tested. This study aimed to evaluate the effect of an anti-mycotoxin additive, of yeast wall, and the effects of mycotoxin ZEA in prepubertal gilts. A total of 36 prepubertal gilts were divided in 4 treatments: T1 ( ration), T2 (ration + adsorbent), T3( ration + toxin),T4 (ration +toxin+ adsorbent). The concentration used of ZEA were 2 ppm, maximum concentration of the limit established to register as a antimycotoxin additive according to Brazilian laws and the concentration used of anti-mycotoxin additive were 0,2%, gained on earlier in vitro studies. The animals were fed for 21 days with the toxin, weighted and measured the vulva, at the end of treatment were slaughtered for evaluation of the reproductive tract. The results showed no significant statistic difference in feed conversion and live weight between treatments. There were performance reduce in weight gain and feed intake on T3. About measured of vulva, the mean of weight and length of the reproductive tract were significant differences in the treatments with ZEA 2ppm. The adsorbent used was not effective in preventing ZEA mycotoxicosis by the 2ppm, probably due to saturation of the anti-mycotoxin additive molecule by metabolites of the ZEA, that was in higher quantity than mannanoligosaccharide, overtaking the adsorbtive capacity of adsorbent.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Ciências VeterináriasUFRRJBrasilInstituto de VeterináriaMannanoligosaccharideMycotoxinSwineMananoligossacarídeosMicotoxinaSuínoMedicina VeterináriaAvaliação da eficácia de aditivo anti-micotoxina em leitoas pré-púberes intoxicadas experimentalmente com zearalenonaEffectiveness evaluation of anti-mycotoxin additive in pre-pubertal gilts experimentally intoxicated with zearalenoneinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisABCS – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE SUÍNOS. PNDS – Informativo ABCS, 2012. 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description O Brasil possui uma produção de suínos de destaque, estando entre os principais produtores e exportadores de carne suína no mundo. Hoje, o tipo de suíno brasileiro produzido é de extrema qualidade e requer cuidados especiais, iniciando na qualidade de alimento fornecido, para expressão máxima do potencial genético. A base da alimentação do suíno é a soja e o milho, e estes grãos podem ser contaminados por fungos que por sua vez em condições favoráveis ao seu crescimento, colonizam os grãos e utilizam os seus nutrientes para o seu desenvolvimento. Como consequência pode ocorrer à produção de micotoxinas, metabólitos secundários, que podem ser tóxicos aos animais. A zearalenona (ZEA) é uma micotoxina com propriedades estrogênicas e que leva a enormes prejuízos, principalmente na reprodução, pois pode causar aborto, pseudogestação, natimortos, entre outros sintomas. O uso de aditivo anti-micotoxina adicionados na ração é um exemplo de como se prevenir e define-se como uma substância que por processos físico-químicos, enzimáticos e/ou bacterianos se unem a micotoxina, impedindo que esta seja absorvida pelo organismo animal e seja posteriormente eliminada. A parede celular de leveduras é uma nova alternativa, de adsorvente, a ser testada. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de um aditivo antimicotoxina, a base de parede celular de leveduras, e os efeitos da micotoxina ZEA em leitoas pré-púberes. Foram utilizadas 36 leitoas pré-púberes divididas em 4 tratamentos: T1(só ração), T2 (ração + adsorvente), T3 (ração + toxina), T4 (ração + toxina + adsorvente). A concentração de ZEA utilizada foi de 2ppm, concentração máxima do limite estabelecido para registro de aditivo antimicotoxina segundo as leis brasileiras, e a concentração usada de aditivo anti-micotoxina foi de 0,2%, obtidos anteriormente em estudos in vitro. Os animais foram alimentados por 21 dias com a toxina, pesados e feita vulvometria. No final do período experimental foram abatidos para avaliação do trato reprodutivo. Os resultados encontrados mostraram que não houve diferença estatística significativa no peso vivo e na conversão alimentar entre os tratamentos. No consumo e no ganho de peso do T3 houve queda no desempenho. Na vulvometria, as médias do peso e do comprimento do trato reprodutivo tiveram diferença significativa nos tratamentos que levaram ZEA a 2ppm. O aditivo anti-micotoxina utilizado não foi eficaz na prevenção da micotoxicose por ZEA a 2ppm, já que as leitoas manifestaram os sinais característicos da doença provavelmente devido a saturação da molécula adsorvente pelos metabólitos de ZEA, que encontravam-se em maior quantidade que os mananoligaossacarídeos, ao ponto de ultrapassar a capacidade adsortiva do aditivo.
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