Intoxicação por etanol contido em “levedo” de cerveja em bovinos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Brust, Luís Armando Calvão
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
Texto Completo: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9729
Resumo: Descreve-se a ocorrência de intoxicação aguda por etanol em bovinos alimentados com “levedo” de cerveja e a sua reprodução experimental. Embora não tenham sido encontradas referências sobre casos de intoxicação natural por etanol através da ingestão de “levedo” de cerveja, este subproduto de fábricas cervejeiras tem sido associado a quadros fatais de intoxicação em bovinos no Sul do Estado do Rio de Janeiro. Em um caso espontâneo, antes de se recuperar, o bovino apresentou ataxia, decúbito, incapacidade de levantar-se, obnubilação, tremores musculares, respiração profunda e taquipnéica. Levantamentos epidemiológicos, realizados em seis propriedades que fornecem o resíduo a bovinos, identificaram fatores de risco e características clínicas da intoxicação. Aparentemente os surtos ocorrem em animais pouco habituados ao consumo, e o “levedo”, quando recém-chegado, parecer ser mais tóxico; períodos que se seguem a escassez do produto parecem estimular um maior consumo do resíduo e consequentemente, a intoxicação. O quadro clínico, referido em todas as propriedades visitadas, tem início em até 30 minutos após o término da ingestão de grandes quantidades do “levedo” e se caracteriza por tonteira, cambaleios, quedas, posições atípicas, timpanismo e morte em minutos ou poucas horas, principalmente devido ao meteorismo. A administração do “levedo” de cerveja a cinco bovinos em doses entre 38,46 ml/kg e 137,09 ml/kg foi responsável pelo desenvolvimento de quadros de intoxicação leve a grave; um animal veio a óbito com 110,49 ml/kg. Os sintomas foram semelhantes aos observados no caso natural e descritos no levantamento epidemiológico, acrescidos por sonolência, choque contra obstáculos, apoio da cabeça ao solo, aumento da freqüência cardíaca, nistagmo e odor alcoólico no ar expirado. Quadros de timpanismos se apresentaram sem gravidade e não associados a causa mortis. Os achados de necropsia limitaram-se a edema gelatinoso e translúcido na parede do rúmen, conteúdo ruminal com odor característico de “levedo” de cerveja e espuma esbranquiçada na traquéia. Análise dos níveis de etanol nos animais que receberam o “levedo” de cerveja, revelou valores plasmáticos entre 253,4 mg/dL a 503,3 mg/dL, e urinários entre 104,2 mg/dL a 137,6 mg/dL. A quantificação de uma amostra do “levedo” de cerveja administrado em um dos experimentos revelou um teor alcoólico de 5 %. O exame histológico de fragmentos de fígado coletados em bovinos que ingeriram “levedo” de cerveja por até 4 meses, não demonstrou quaisquer alterações hepáticas; apenas um animal que ingeriu o “levedo” por 7 meses evidenciou moderada degeneração gordurosa. Apesar da afirmação de alguns produtores a respeito do vício desenvolvido pelos bovinos ao álcool contido no “levedo” de cerveja, observações preliminares sugerem, à princípio, o desenvolvimento de um gosto especial pelo produto. A adoção de medidas preventivas como evitar a escassez do “levedo” de cerveja, controlar seu consumo ou diluí-lo em água antes da administração aos animais podem reduzir os riscos de intoxicação.
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Embora não tenham sido encontradas referências sobre casos de intoxicação natural por etanol através da ingestão de “levedo” de cerveja, este subproduto de fábricas cervejeiras tem sido associado a quadros fatais de intoxicação em bovinos no Sul do Estado do Rio de Janeiro. Em um caso espontâneo, antes de se recuperar, o bovino apresentou ataxia, decúbito, incapacidade de levantar-se, obnubilação, tremores musculares, respiração profunda e taquipnéica. Levantamentos epidemiológicos, realizados em seis propriedades que fornecem o resíduo a bovinos, identificaram fatores de risco e características clínicas da intoxicação. Aparentemente os surtos ocorrem em animais pouco habituados ao consumo, e o “levedo”, quando recém-chegado, parecer ser mais tóxico; períodos que se seguem a escassez do produto parecem estimular um maior consumo do resíduo e consequentemente, a intoxicação. 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A adoção de medidas preventivas como evitar a escassez do “levedo” de cerveja, controlar seu consumo ou diluí-lo em água antes da administração aos animais podem reduzir os riscos de intoxicação.We describe the occurrence of acute ethanol in cattle fed "yeast" beer and its experimental reproduction. Although not found references to cases of natural poisoning by ingestion of ethanol through the "yeast" beer, this by-product of breweries has been associated with lethal infections of poisoning in cattle in southern State of Rio de Janeiro. In a spontaneous event, before recovering, the animal showed ataxia, recumbency, inability to stand up, numbness, muscle tremors, breathing and tachypnea. Epidemiological surveys carried out in six properties that provide the waste to cattle, have identified risk factors and clinical features of poisoning. Apparently the outbreaks occur in animals accustomed to little consumption, and the "yeast", when newcomer, seems to be more toxic, the periods following the shortage of the product appear to stimulate a greater consumption of the residue and therefore the intoxication. The clinical course is reported in all farms, begins within 30 minutes after ingestion of large quantities of "yeast" and is characterized by dizziness, staggering, falling, atypical positions, bloating, and death within minutes or hours mainly due to Bloat. The administration of the "leaven" of beer and five cattle in doses ranging from 38.46 ml / kg and 137.09 ml / kg was responsible for developing frameworks for mild to severe intoxication, one animal died with 110.49 ml / kg. The symptoms were similar to those observed in the natural case and described in the epidemiological survey, increased by sleepiness, colliding with obstacles, the headrest to the soil, increased heart rate, and nystagmus alcohol breath odor. Boards eardrum had not serious and not associated with cause of death. Necropsy findings were limited to edema gelatinous and translucent in the rumen wall, rumen contents with a characteristic odor of "yeast" beer and white foam in the trachea. Analysis of levels of ethanol in animals that received the "yeast" beer, revealed plasma levels of 253.4 mg / dL to 503.3 mg / dL, and urine from 104.2 mg / dL to 137.6 mg / dL . The quantification of a sample of "yeast" beer run in one experiment revealed an alcohol content of 5%. Histological examination of liver fragments collected in cattle that ingested yeast of beer for 4 months showed no hepatic changes, only one animal that has ingested the "yeast" for 7 months showed moderate fatty degeneration. Despite the assertion by some producers about the addiction developed by the cattle of the alcohol contained in the "yeast" beer, preliminary observations suggest, at first, developing a taste for the product. The adoption of preventive measures to avoid shortages as the "yeast" beer, monitor their consumption or dilute it in water before administration to animals can reduce the risk of intoxication.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Ciências VeterináriasUFRRJBrasilInstituto de Veterináriaintoxicação por etanolsubprodutos de cervejariabovinosethanol intoxicationbrewing byproductscattleMedicina VeterináriaIntoxicação por etanol contido em “levedo” de cerveja em bovinosEthanol intoxication contained in brewer’s yeast in cattleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttps://tede.ufrrj.br/retrieve/61140/2011%20-%20Lu%c3%ads%20Armando%20Calv%c3%a3o%20Brust.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/jspui/handle/jspui/2659Submitted by Sandra Pereira (srpereira@ufrrj.br) on 2019-04-24T14:45:43Z No. of bitstreams: 1 2011 - Luis Armando Calvão Brust.pdf: 3953338 bytes, checksum: 3524dfb9a16f754af62cdcaf78db3e15 (MD5)Made available in DSpace on 2019-04-24T14:45:43Z (GMT). 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