Análise oceanográfica de encalhes de pinguins-de-magalhães Spheniscus magellanicus (Forster, 1781) no litoral do estado do Rio de Janeiro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
Texto Completo: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10735 |
Resumo: | Os pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) passam grande parte de sua vida migrando no mar, devido a isso, são considerados bioindicadores marinhos. Apresentam ampla distribuição geográfica, que se estende de 40°S a 55°S, em ilhas e costas do oceano Atlântico Sul e até aproximadamente 33°S na costa do oceano Pacífico. Este estudo teve como objetivo correlacionar as ocorrências dos encalhes de pinguins-de-magalhães no litoral do estado do Rio de Janeiro com processos oceanográficos presentes na região de estudo. Foram utilizados relatórios de recebimento através de encalhes dos anos de 2013 e 2015. Uma análise estatística descritiva foi realizada para visualizar os meses de maior frequência dessas ocorrências. Os resultados da base de informações Copernicus foram utilizados para gerar estimativas de médias mensais de temperatura, velocidades zonal e meridional de camada superficial do mar, os campos médios mensais de corrente superficial e as diferenças de temperaturas médias mensais dos anos de 2015 e 2013. O número total anual de encalhes para ambos os anos foi de 119 indivíduos. No ano de 2013, o mês com maior número de encalhes foi setembro, e em 2015 foi o mês de junho. O ano de 2015 apresentou temperaturas de superfície do mar mais quentes durante todo o ano quando comparado ao ano de 2013. Em ambos os anos a incidência de encalhes foi maior na estação de inverno. A Corrente do Brasil no ano de 2015 estava intensa em praticamente todo o ano, enquanto em 2013, permaneceu intensa nos períodos de verão e primavera. Embora o número total de encalhes nos anos de 2013 e 2015 tenha sido igual, as frequências desses encalhes ao longo dos meses foram totalmente diferentes. Quando agrupados sazonalmente, a estação do inverno se destaca com o maior número de pinguins encalhados nos dois anos estudados. Porém, no ano de 2015, as estações de outono e primavera tiveram um número similar de ocorrências. Esses resultados indicam que a chegada de pinguins-de-magalhães no litoral brasileiro pode estar se modificando ao longo do tempo, e contrasta diretamente com o embasamento teórico de que o período de chegada é apenas na estação de inverno. |
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Nogueira, Noemia FalcãoFerreira, Ildemar-http://lattes.cnpq.br/9716949971860244Assad, Luiz Paulo de Freitas025.951.457-89http://lattes.cnpq.br/3824896267468584Ferreira, IldemarAraújo, Alexandre Fernandes Bamberg deDavis, Rachel Ann Hauser143.379.097-10http://lattes.cnpq.br/76518822667673022023-12-22T01:42:35Z2023-12-22T01:42:35Z2018-04-10NOGUEIRA, Noemia Falcão. Análise oceanográfica de encalhes de pinguins-de-magalhães Spheniscus magellanicus (Forster, 1781) no litoral do estado do Rio de Janeiro. 2018. 36 f. Dissertação(Mestrado em Biologia Animal) - Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica-RJ, 2018.https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10735Os pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) passam grande parte de sua vida migrando no mar, devido a isso, são considerados bioindicadores marinhos. Apresentam ampla distribuição geográfica, que se estende de 40°S a 55°S, em ilhas e costas do oceano Atlântico Sul e até aproximadamente 33°S na costa do oceano Pacífico. Este estudo teve como objetivo correlacionar as ocorrências dos encalhes de pinguins-de-magalhães no litoral do estado do Rio de Janeiro com processos oceanográficos presentes na região de estudo. Foram utilizados relatórios de recebimento através de encalhes dos anos de 2013 e 2015. Uma análise estatística descritiva foi realizada para visualizar os meses de maior frequência dessas ocorrências. Os resultados da base de informações Copernicus foram utilizados para gerar estimativas de médias mensais de temperatura, velocidades zonal e meridional de camada superficial do mar, os campos médios mensais de corrente superficial e as diferenças de temperaturas médias mensais dos anos de 2015 e 2013. O número total anual de encalhes para ambos os anos foi de 119 indivíduos. No ano de 2013, o mês com maior número de encalhes foi setembro, e em 2015 foi o mês de junho. O ano de 2015 apresentou temperaturas de superfície do mar mais quentes durante todo o ano quando comparado ao ano de 2013. Em ambos os anos a incidência de encalhes foi maior na estação de inverno. A Corrente do Brasil no ano de 2015 estava intensa em praticamente todo o ano, enquanto em 2013, permaneceu intensa nos períodos de verão e primavera. Embora o número total de encalhes nos anos de 2013 e 2015 tenha sido igual, as frequências desses encalhes ao longo dos meses foram totalmente diferentes. Quando agrupados sazonalmente, a estação do inverno se destaca com o maior número de pinguins encalhados nos dois anos estudados. Porém, no ano de 2015, as estações de outono e primavera tiveram um número similar de ocorrências. Esses resultados indicam que a chegada de pinguins-de-magalhães no litoral brasileiro pode estar se modificando ao longo do tempo, e contrasta diretamente com o embasamento teórico de que o período de chegada é apenas na estação de inverno.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESThe magellanic penguin (Spheniscus magellanicus) spends much of its life migrating in the sea. Because of this, they are regarded as marine bioindicators. They display a wide geographical distribution, ranging from 40°S to 55°S on islands and coasts of the South Atlantic Ocean and up to approximately 33°S on the coast of the Pacific Ocean. The goal of this study was to correlate the occurrences of magellanic penguin strandings on the coast of the state of Rio de Janeiro with oceanographic processes present in the study region. Receipt reports were used for stranding in 2013 and 2015. A descriptive statistical analysis was performed to visualize the months of higher frequency of these occurrences. The results of the Copernicus information base were used to generate estimates of monthly averages of temperature, zonal and meridional sea surface layer velocities, monthly average surface current fields and average monthly temperature differences of 2015 and 2013. The total annual number of strandings for both years was 119 individuals. In 2013, the month with the highest number of strandings was September, and in 2015 it was June. 2015 had warmer sea surface temperatures throughout the year compared to 2013. In both years the incidence of stranding was higher in the winter. The Brazil Current was intense throughout almost the entire 2015, while in 2013 it remained intense during the summer and spring. Although the total number of strandings in 2013 and 2015 were the same, the frequencies of those strandings over the months were totally different. When grouped seasonally, winter stands out with the highest number of penguins stranded in the two years studied. However, in 2015, the seasons of autumn and spring had a similar number of occurrences. These results indicate that the arrival of magellanic penguins in the Brazilian coast may be changing over time, and contrasts directly with the theoretical background that the arrival period is only in the winter season.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Biologia AnimalUFRRJBrasilInstituto de Ciências Biológicas e da Saúdepinguim-de-magalhãesencalhessazonalidademagellanic penguinstrandingsseasonalityBiologia GeralAnálise oceanográfica de encalhes de pinguins-de-magalhães Spheniscus magellanicus (Forster, 1781) no litoral do estado do Rio de JaneiroOceanographic analysis of magellanic penguin Spheniscus magellanicus (Forster, 1781) strandings on the coast of the state of Rio de Janeiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisASSAD, L. P. F. Influência do campo de vento anômalo tipo ENSO na dinâmica do Atlântico Sul. Tese (Doutorado em modelagem computacional aplicada a Engenharia Ambiental) - Programa de Engenharia Civil. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2006. ASSAD, L. P. F. et al. Influence of El Niño Wind Stress Anomalies on South Brazil Bight Ocean Volume Transports. International Journal of Oceanography, v. 2015, p. 15, 2015. BALLANCE, L. .; AINLEY, D. G.; G.L. HUNT, J. Seabird Foraging Ecology. In: Encyclopedia of Ocean Sciences. London: Academic Press, 2001. v.5, p. 2636–2644. BARRETT, R. T. et al. Diet studies of seabirds : a review and recommendations. Oxford Journals, 2007. BIRDLIFE INTERNATIONAL. Spheniscus magellanicus. Lista Vermelha da IUCN de Espécies Ameaçadas 2016: e.T22697822A93642328. Disponível em<http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22697822A93642328.en>. Acesso em: 10 jun. 2017. BOERSMA, P. D. Penguins as Marine Sentinels. BioScience, v. 58, n. 7, p. 597–607, 2008. BURGER, J.; GOCHFELD, M. Marine Birds as Sentinels of Environmental Pollution. 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Os pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) passam grande parte de sua vida migrando no mar, devido a isso, são considerados bioindicadores marinhos. Apresentam ampla distribuição geográfica, que se estende de 40°S a 55°S, em ilhas e costas do oceano Atlântico Sul e até aproximadamente 33°S na costa do oceano Pacífico. Este estudo teve como objetivo correlacionar as ocorrências dos encalhes de pinguins-de-magalhães no litoral do estado do Rio de Janeiro com processos oceanográficos presentes na região de estudo. Foram utilizados relatórios de recebimento através de encalhes dos anos de 2013 e 2015. Uma análise estatística descritiva foi realizada para visualizar os meses de maior frequência dessas ocorrências. Os resultados da base de informações Copernicus foram utilizados para gerar estimativas de médias mensais de temperatura, velocidades zonal e meridional de camada superficial do mar, os campos médios mensais de corrente superficial e as diferenças de temperaturas médias mensais dos anos de 2015 e 2013. O número total anual de encalhes para ambos os anos foi de 119 indivíduos. No ano de 2013, o mês com maior número de encalhes foi setembro, e em 2015 foi o mês de junho. O ano de 2015 apresentou temperaturas de superfície do mar mais quentes durante todo o ano quando comparado ao ano de 2013. Em ambos os anos a incidência de encalhes foi maior na estação de inverno. A Corrente do Brasil no ano de 2015 estava intensa em praticamente todo o ano, enquanto em 2013, permaneceu intensa nos períodos de verão e primavera. Embora o número total de encalhes nos anos de 2013 e 2015 tenha sido igual, as frequências desses encalhes ao longo dos meses foram totalmente diferentes. Quando agrupados sazonalmente, a estação do inverno se destaca com o maior número de pinguins encalhados nos dois anos estudados. Porém, no ano de 2015, as estações de outono e primavera tiveram um número similar de ocorrências. Esses resultados indicam que a chegada de pinguins-de-magalhães no litoral brasileiro pode estar se modificando ao longo do tempo, e contrasta diretamente com o embasamento teórico de que o período de chegada é apenas na estação de inverno. |
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NOGUEIRA, Noemia Falcão. Análise oceanográfica de encalhes de pinguins-de-magalhães Spheniscus magellanicus (Forster, 1781) no litoral do estado do Rio de Janeiro. 2018. 36 f. Dissertação(Mestrado em Biologia Animal) - Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica-RJ, 2018. |
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