Associação experimental entre o morcego hematófago Desmodus rotundus (e.Geoffroy, 1810) (Chiroptera: Phyllostomidae) e a "mosca-da-bicheira" Cochliomyia hominivorax (Coquerel, 1858) (Diptera: Calliphoridae) e aspectos bieoconômicos desta miíase
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Data de Publicação: | 1988 |
Tipo de documento: | Tese |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRRJ |
Texto Completo: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/18174 |
Resumo: | Verificou-se o grau de associação existente entre a mosca-da-bicheira Corhliomya hominivorax (Coquerel, 1858) e o morcego hematófago Desmodus rotundus (E. Geoffroy, 1810) através de estudos experimentais. Observou-se que as moscas ovipositaram, as posturas eclodiram e as larvas penetraram e se desenvolveram nos ferimentos causados pelos morcegos nos bovinos. Houve um completo desenvolvimento larvas, sem qualquer fator prejudicial ou inibidor no ferimento, que prejudicasse as larvas. As moscas preferiram os ferimentos causados pelos morcegos (41,67%) aos ferimentos provocados por instrumento cirúrgico (4,17%) e os morcegos reutilizaram 29,4% dos ferimentos com posturas nas suas bordas e recusaram 70,6% deles. Do mesmo modo, reutilizaram ferimentos com miíases neles instaladas. Eles também não abriram novos ferimentos nos bovinos, frente à instalação de miíases naqueles ferimentos por eles antes utilizados, em número significativo, contudo, à medida que evoluia a miíase, eles tendiam a rejeitar o ferimento onde ela estava instalada, com um índice em torno de 6% a cada 24 horas de evolução. Além disso, não foram registradas reutilizações após 144 horas (seis dias) de instalação das miíases. Os morcegos preferiram certas regiões corporais dos bovinos, sendo o tórax e a paleta as mais utilizadas. Dentre as regiões mais atacadas pelos morcegos, as moscas preferiram o pescoço, a cernelha e a paleta para oviposição, sendo positiva a correlação entre as regiões preferidas pelos morcegos e pelas moscas. Os estudos complementares efetuados mostraram que as miíases influenciaram negativamente no ganho de peso dos bezerros desmamados (até um ano de idade) e de sobreano (de um a dois anos de idade) sendo que uma ou três miíases instaladas em bezerros desmamados não influenciaram, estatisticamente, no ganho de peso. Já nos bezerros de sobreano, três miíases fizeram com que o ganho de peso fosse inferior ao dos bezerros submetidos a uma miíase. Estes animais comparados aos do grupo controle obtiveram menor ganho de peso. Nem todos os animais feridos pelos morcegos que receberam posturas adquiriram miíases, mas 80% dos animais submetidos às moscas adquiriram-nas. Aproximadamente a metade das posturas evoluiu para miíases. Os ferimentos novos foram os que receberam maior número de posturas (46,88%) e tiveram o maior número de miíases (80%). As moscas revisitaram 39% dos ferimentos causados pelos morcegos e com larvas instaladas. Trinta e dois por cento dos ferimentos que receberam posturas desenvolveram miíases. Aproximadamente a metade das posturas primárias (48%) ou não eclodiram ou foram removidas mecanicamente pelos bovinos. Uma vez que a associação entre as moscas e os morcegos foi demonstrada ser verda184. deira, torna-se necessário efetuar o controle desses morcegos para melhor proteger os rebanhos dos prejuízos econômicos devidos não só à predação por eles causada mas também pelas miíases ocorridas. |
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Observou-se que as moscas ovipositaram, as posturas eclodiram e as larvas penetraram e se desenvolveram nos ferimentos causados pelos morcegos nos bovinos. Houve um completo desenvolvimento larvas, sem qualquer fator prejudicial ou inibidor no ferimento, que prejudicasse as larvas. As moscas preferiram os ferimentos causados pelos morcegos (41,67%) aos ferimentos provocados por instrumento cirúrgico (4,17%) e os morcegos reutilizaram 29,4% dos ferimentos com posturas nas suas bordas e recusaram 70,6% deles. Do mesmo modo, reutilizaram ferimentos com miíases neles instaladas. Eles também não abriram novos ferimentos nos bovinos, frente à instalação de miíases naqueles ferimentos por eles antes utilizados, em número significativo, contudo, à medida que evoluia a miíase, eles tendiam a rejeitar o ferimento onde ela estava instalada, com um índice em torno de 6% a cada 24 horas de evolução. Além disso, não foram registradas reutilizações após 144 horas (seis dias) de instalação das miíases. Os morcegos preferiram certas regiões corporais dos bovinos, sendo o tórax e a paleta as mais utilizadas. Dentre as regiões mais atacadas pelos morcegos, as moscas preferiram o pescoço, a cernelha e a paleta para oviposição, sendo positiva a correlação entre as regiões preferidas pelos morcegos e pelas moscas. Os estudos complementares efetuados mostraram que as miíases influenciaram negativamente no ganho de peso dos bezerros desmamados (até um ano de idade) e de sobreano (de um a dois anos de idade) sendo que uma ou três miíases instaladas em bezerros desmamados não influenciaram, estatisticamente, no ganho de peso. Já nos bezerros de sobreano, três miíases fizeram com que o ganho de peso fosse inferior ao dos bezerros submetidos a uma miíase. Estes animais comparados aos do grupo controle obtiveram menor ganho de peso. Nem todos os animais feridos pelos morcegos que receberam posturas adquiriram miíases, mas 80% dos animais submetidos às moscas adquiriram-nas. Aproximadamente a metade das posturas evoluiu para miíases. Os ferimentos novos foram os que receberam maior número de posturas (46,88%) e tiveram o maior número de miíases (80%). As moscas revisitaram 39% dos ferimentos causados pelos morcegos e com larvas instaladas. Trinta e dois por cento dos ferimentos que receberam posturas desenvolveram miíases. Aproximadamente a metade das posturas primárias (48%) ou não eclodiram ou foram removidas mecanicamente pelos bovinos. Uma vez que a associação entre as moscas e os morcegos foi demonstrada ser verda184. deira, torna-se necessário efetuar o controle desses morcegos para melhor proteger os rebanhos dos prejuízos econômicos devidos não só à predação por eles causada mas também pelas miíases ocorridas.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESAn investigation was made to verify any association degree between the screwworm Cochliomyia hominivorax (Coquerel, 1858) and the vampire bat Desmodus rotundus (E. Geoffroy,1858) by experimental studies. It was observed that flies laied the batches, they hatched, and larvae started their development at the vampire bat bite on bovine. There was a complete larval development without any prejudicial or inhibitor factor in the wound that would made injuries to the larvae. The flies preferred the vampire bats bites (41.67%) instead of wounds which was made by surgical instrument (4.17%). The vampire bat reutilized 29.4% of the wounds with batches located in their border, and refused 70,6% of them. By the same way, they also reutilized wounds with installed myiasis. They did not open new wounds on bovines, because the myiasis installed in those wounds before it had been utilized by them. By the time that the myiasis developed, they tended to refuse the wound where it was installed with a tax of 6% for each 24 hours of development. It was not also registered reutilizations over 144 hours (six days) after the myiasis installation. The vampire bat preferred some corporal regions of the bovines, such as the thorax and the palette. The flies preferred the neck, the withers and the palette for oviposition among the bovine attacked regions by the vampire bats. There was a positive correlation between the preferred regions by the vampire bats and by the flies. The complementary studies showed that the gained weight of weaner calves and steers (1 to 2 years old) were negatively influenced by the myiasis. One or three myiasis installed on weaner claves do not influenced estatistically the gained weight, but three myiasis caused a lose of weight of steers compared with those inoculated with only one myiasis. These animals had less gained of weight when compared with those of the control group. Some of the animals attacked by vampire bats did not acquire myiasis, but 80% of those submitted to the flies got it. Aproximatelly a half of the batches evoluted to myiasis. The new wounds got greatest number of batches (46.88%) and also had the greatest number of myiasis (80%). The flies revisited 39% of the vampire bat bites with installed larvae. Thirty two per cent of the wounds that recieved batches developed myiasis. Aproximatelly a half of the primary batches (48%) or did not hatch or they were removed mecanically by the animal. Once it was demonstrated to be true the association between the flies and the bats, it becames necessary to do the vampire bar control in order to protect the herds against the economic losses caused not only by the predador but also by the myiasis.porUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Ciências VeterináriasUFRRJBrasilInstituto de Ciências Biológicas e Da SaúdeMedicina VeterináriaMedicina VeterináriaCorhliomya hominivoraxDesmodus rotundusassociaçãomiíaseAssociação experimental entre o morcego hematófago Desmodus rotundus (e.Geoffroy, 1810) (Chiroptera: Phyllostomidae) e a "mosca-da-bicheira" Cochliomyia hominivorax (Coquerel, 1858) (Diptera: Calliphoridae) e aspectos bieoconômicos desta miíaseExperimental association between the hematophagous bat Desmodus rotundus (e.Geoffroy, 1810) (Chiroptera: Phyllostomidae) and the screwworm fly Cochliomyia hominivorax (Coquerel, 1858) (Diptera: Calliphoridae) and bioeconomic aspects of this myiasisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFRRJinstname:Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)instacron:UFRRJinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINAL1988 - Rogério Serrão Piccinini.pdf1988 - Rogério Serrão Piccinini.pdfapplication/pdf1786468https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/18174/1/1988%20-%20Rog%c3%a9rio%20Serr%c3%a3o%20Piccinini.pdfbdde9a96bc3cb5ec62e6275bbb42d930MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/18174/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXT1988 - Rogério Serrão Piccinini.pdf.txt1988 - Rogério Serrão Piccinini.pdf.txtExtracted texttext/plain292784https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/18174/3/1988%20-%20Rog%c3%a9rio%20Serr%c3%a3o%20Piccinini.pdf.txt5045b5f3e4b5b62432dc63142f537480MD53THUMBNAIL1988 - Rogério Serrão Piccinini.pdf.jpg1988 - Rogério Serrão Piccinini.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1439https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/18174/4/1988%20-%20Rog%c3%a9rio%20Serr%c3%a3o%20Piccinini.pdf.jpg43ce2e2ca7bde59e673fe4f0315a4e5cMD5420.500.14407/181742024-09-13 02:07:13.433oai:rima.ufrrj.br:20.500.14407/18174Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://tede.ufrrj.br/PUBhttps://tede.ufrrj.br/oai/requestbibliot@ufrrj.bropendoar:2024-09-13T05:07:13Repositório Institucional da UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)false |
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