Identificação preliminar dos hemócitos circulantes e análise bioquímica da hemolinfa do caramujo gigante africano

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Arruda, Giseli Cristina da Costa
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
Texto Completo: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/2738
Resumo: Achatina fulica Bowdich, 1822, molusco pulmonado terrestre, conhecido como caramujo gigante africano, originário da África, que ao ser introduzido no Brasil apresentou uma extraordinária adaptação e dispersão, principalmente devido ao seu hábito generalista, alta resistência às variáveis ambientais e ao elevado potencial reprodutivo. As invasões biológicas são consideradas a segunda causa de perda da biodiversidade, pois podem alterar os ciclos ecológicos. Neste sentido, A. fulica tem sido considerada uma praga em potencial em agriculturas, jardins e matas nativas, podendo atuar também como hospedeiro intermediário de Angiostrongylus cantonensis Chen, 1935, nematóide causador de meningoencefalite em pessoas, e de Angiostrongylus costaricensis Morera & Cespedes, 1971, que pode causar angiostrongilose abdominal, ambos com registro no Brasil. De forma a possibilitar um maior conhecimento sobre aspectos relacionados à resistência apresentada por este molusco invasor e fornecer subsídios para estudos futuros de correlação entre o sistema de defesa interno do molusco e sua comprovada capacidade adaptativa e como hospedeiro de parasitos com grande relevância para a saúde pública, desta forma este estudo teve por objetivo caracterizar e descrever os hemócitos circulantes na hemolinfa deste molusco, como também realizar a análise bioquímica de sua hemolinfa. Para o estabelecimento da colônia de moluscos no laboratório, foram realizadas coletas em áreas residenciais de três bairros da cidade do Rio de Janeiro, em diferentes períodos, nos anos de 2016 e 2017. No laboratório, os caracóis foram alocados em terrários de vidro e plástico, forrados com uma camada de terra esterilizada em estufa e receberam etiquetas contendo o local e data da coleta e número de espécimes por terrário. No laboratório, a manutenção consistia em umedecer a terra em intervalos de três dias, quando os moluscos eram também supridos com alimentação constituída de vegetais como alface, pepino e cenoura. O processo para obtenção da hemolinfa e posterior análise das células foi dividido em cinco etapas, sendo estas: punção para extração da hemolinfa, câmara úmida, fixação no Methanol, coloração com Giemsa e montagem de lâminas permanentes para observação ao microscópio ótico. Para a avaliação bioquímica, a hemolinfa obtida foi transferida para microtúbulos banhados no gelo e posteriormente processada no Analisador Bioquímico A15 da Biosystems. A análise morfológica preliminar, realizada ao microscópio ótico, possibilitou a identificação de um tipo celular mais numeroso, representado por células maiores, de aspecto estrelado, devido a emissão de numerosos prolongamentos citoplasmáticos, denominado vii Granulócito e outro tipo celular, menor e menos frequente, de aspecto arredondado, denominado de Hialinócito. Estes resultados representam o primeiro estudo sobre hemócitos circulantes da hemolinfa da Achatina fulica. A análise bioquímica sugeriu que os caracóis analisados no presente estudo estariam sob condições fisiológicas normais, ao exibir valores médios de 4,6 mg/dL para glicose e de 20,4 g/L para proteínas totais, contudo o elevado valor médio de 80,8 mg/dL verificado para ureia, pode sugerir um possível início do processo de estivação.
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spelling Arruda, Giseli Cristina da CostaBrandolini, Solange Viana Paschoal BlancoLima, Patrícia Fampa NegreirosBerto, Bruno PereiraSilva, Jairo PinheiroBrandolini, Solange Viana Paschoal BlancoSilva, Jairo Pinheiro2018-07-23T11:09:08Z2018-07-23T11:09:08Z2018-01-22https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/2738Achatina fulica Bowdich, 1822, molusco pulmonado terrestre, conhecido como caramujo gigante africano, originário da África, que ao ser introduzido no Brasil apresentou uma extraordinária adaptação e dispersão, principalmente devido ao seu hábito generalista, alta resistência às variáveis ambientais e ao elevado potencial reprodutivo. As invasões biológicas são consideradas a segunda causa de perda da biodiversidade, pois podem alterar os ciclos ecológicos. Neste sentido, A. fulica tem sido considerada uma praga em potencial em agriculturas, jardins e matas nativas, podendo atuar também como hospedeiro intermediário de Angiostrongylus cantonensis Chen, 1935, nematóide causador de meningoencefalite em pessoas, e de Angiostrongylus costaricensis Morera & Cespedes, 1971, que pode causar angiostrongilose abdominal, ambos com registro no Brasil. De forma a possibilitar um maior conhecimento sobre aspectos relacionados à resistência apresentada por este molusco invasor e fornecer subsídios para estudos futuros de correlação entre o sistema de defesa interno do molusco e sua comprovada capacidade adaptativa e como hospedeiro de parasitos com grande relevância para a saúde pública, desta forma este estudo teve por objetivo caracterizar e descrever os hemócitos circulantes na hemolinfa deste molusco, como também realizar a análise bioquímica de sua hemolinfa. Para o estabelecimento da colônia de moluscos no laboratório, foram realizadas coletas em áreas residenciais de três bairros da cidade do Rio de Janeiro, em diferentes períodos, nos anos de 2016 e 2017. No laboratório, os caracóis foram alocados em terrários de vidro e plástico, forrados com uma camada de terra esterilizada em estufa e receberam etiquetas contendo o local e data da coleta e número de espécimes por terrário. No laboratório, a manutenção consistia em umedecer a terra em intervalos de três dias, quando os moluscos eram também supridos com alimentação constituída de vegetais como alface, pepino e cenoura. O processo para obtenção da hemolinfa e posterior análise das células foi dividido em cinco etapas, sendo estas: punção para extração da hemolinfa, câmara úmida, fixação no Methanol, coloração com Giemsa e montagem de lâminas permanentes para observação ao microscópio ótico. Para a avaliação bioquímica, a hemolinfa obtida foi transferida para microtúbulos banhados no gelo e posteriormente processada no Analisador Bioquímico A15 da Biosystems. A análise morfológica preliminar, realizada ao microscópio ótico, possibilitou a identificação de um tipo celular mais numeroso, representado por células maiores, de aspecto estrelado, devido a emissão de numerosos prolongamentos citoplasmáticos, denominado vii Granulócito e outro tipo celular, menor e menos frequente, de aspecto arredondado, denominado de Hialinócito. Estes resultados representam o primeiro estudo sobre hemócitos circulantes da hemolinfa da Achatina fulica. A análise bioquímica sugeriu que os caracóis analisados no presente estudo estariam sob condições fisiológicas normais, ao exibir valores médios de 4,6 mg/dL para glicose e de 20,4 g/L para proteínas totais, contudo o elevado valor médio de 80,8 mg/dL verificado para ureia, pode sugerir um possível início do processo de estivação.Achatina fulica Bowdich, 1822, is a terrestrial pulmonate mollusc, known as giant African snail, originated from Africa. When introduced in Brazil, it showed a great adaptive behavior considering its general habit, resistance to environmental changes and numerous reproductive strategies. The biological invasions are the second reason to biodiversity lost once they can cause an ecological cycle disorder and because this fact, Achatina fulica has been considered a potential pest in agriculture, domestic gardens and native forests. Also, it can be an intermediate host of Angiostrongylus cantonensis Chen, 1935, nematode causing meningoencephalitis in people, and of Angiostrongylus costaricensis Morera & Cespedes, 1971, who could provocate abdominal angiostrongyliasis. Both had been found in Brazil. In order, to provide a better understanding about A. fulica’s resistance and contribute to forthcoming studies that correlate the African snail’s internal defense system with its adaptive capacity and serve as host of parasites that are significant to public health, this study aimed to describe and characterize the hemocytes circulating in the snail’s hemolymph and to analyze the biochemistry of hemolymph, as well. To establish a colony in the laboratory, snails were collected in three residential area of Rio de Janeiro city during the years of 2016 and 2017. In the laboratory, the animals were placed inside of plastic and glass terrariums filled with sterilized soil, which were labeled with location, data and number of specimens. The animals were also fed with vegetables such as lettuce, cucumber and carrot every three days when the soil was moistened as well. The process for obtaining hemolymph and subsequent cells analysis was divided in five steps: puncture for hemolymph extraction, wet chamber phase, fixation in Methanol phase, staining with Giemsa phase, and permanent microscope slides producing. For the biochemical analysis, the collected hemolymph was placed inside of microtubes and processed by Biosystems biochemical analyzer. In the primary morphological analysis two hemocyte types were identified: Granulocyte, large and abundant cells, showing a star shape as a result of the numerous cytoplasmic prolongations and Hialinocyte, small, rare, and poorly spreading cells, characterized, therefore, by its round shape. This results represent the prisoner study about the circulating hemocytes in Achatina fulica hemolinf. The biochemical analysis suggested that the snails analyzed in the present study would be under normal physiological conditions, with a average value of 4.6 mg/dL for glucose, 20.4 g/L for total proteins. Yet, a high value of 80.8 mg/dL for urea, could suggest a possible start of the aestivation process.Achatina fulicaHemolinfaHemócitosAnálise bioquímicaGlicoseProteínas totaisUréiaIdentificação preliminar dos hemócitos circulantes e análise bioquímica da hemolinfa do caramujo gigante africanoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisbachareladoporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJinstname:Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)instacron:UFRRJinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALGiseli Cristina da Costa Arruda - Jan 2018.pdfGiseli Cristina da Costa Arruda - Jan 2018.pdfapplication/pdf1342833https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/2738/1/Giseli%20Cristina%20da%20Costa%20Arruda%20-%20Jan%202018.pdfccfbb2666bee6d245a76d7c9b1f81c95MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/2738/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTGiseli Cristina da Costa Arruda - Jan 2018.pdf.txtGiseli Cristina da Costa Arruda - Jan 2018.pdf.txtExtracted texttext/plain74417https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/2738/4/Giseli%20Cristina%20da%20Costa%20Arruda%20-%20Jan%202018.pdf.txt19bf3f29d749594ba9a62b8a2e29986dMD54THUMBNAILGiseli Cristina da Costa Arruda - Jan 2018.pdf.jpgGiseli Cristina da Costa Arruda - Jan 2018.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1394https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/2738/3/Giseli%20Cristina%20da%20Costa%20Arruda%20-%20Jan%202018.pdf.jpgabfe8b8c0a18181e08ee80eb70a3f08fMD5320.500.14407/27382023-11-09 12:25:19.439oai:rima.ufrrj.br:20.500.14407/2738Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://tede.ufrrj.br/PUBhttps://tede.ufrrj.br/oai/requestbibliot@ufrrj.br||bibliot@ufrrj.bropendoar:2023-11-09T15:25:19Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)false
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