China na Ásia Central e a cooperação como código geopolítico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
Texto Completo: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13775 |
Resumo: | Os eventos político-econômicos ocorridos nos últimos trinta anos alteraram significativamente a organização do espaço mundial. Associada a essa alteração no ordenamento territorial e nas fronteiras mundiais, a ascensão de países até então classificados como “Terceiro Mundo” ou “em desenvolvimento” estabeleceu um novo padrão de relação entre os atores estatais. Se, anteriormente, esses vínculos eram verticalizados do Norte para o Sul Geopolítico, com o Norte definindo as referências de um modelo social-econômico a ser seguido pelo Sul, entre o final o século XX e o começo do século XXI, esse paradigma é quebrado com um novo modelo de colaboração entre os países em progressivo crescimento naquele momento, como, por exemplo, o Brasil, a China e a Rússia. É justamente essa parceria entre o Sul Geopolítico que marca a abordagem geopolítica contemporânea dos chineses em relação a seus inúmeros parceiros. Nesta pesquisa, buscamos interpretar como os acordos de cooperação, na área da defesa e da infraestrutura (ou integração regional), que Pequim firma com os países da Ásia Central, proclamados independentes em 1991, demonstram as distintas fases e faces da geopolítica chinesa para essa região, que tem uma posição geográfica estratégica, estando situada entre a parte mais a Leste do continente asiático e o continente europeu, além de ter conexões também com o Oriente Médio. Para tanto, buscamos evidenciar os acordos entre estes atores estatais nos últimos vinte anos, realizados por meio tanto da Organização para Cooperação de Xangai quanto da Nova Rota da Seda (Belt and Road Iniative ou BRI, em inglês). A partir de databases de instituições internacionais, de notícias em agências de notícias estatais e/ou civis e de projetos disponíveis no site de bancos chineses de fomento ao desenvolvimento, conseguimos mapear projetos que exemplificam as estratégias da geopolítica chinesa contemporânea. |
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Santos, Jonathan Christian Dias dosRocha, André Santos da098.642.507-95Ibañez, Pablo290.728.068-67Rocha, André Santos daRocha, Maurício SantoroLima, lvaldo Gonçalves de159.181.687-67http://lattes.cnpq.br/87084241655439802023-12-22T02:50:51Z2023-12-22T02:50:51Z2022-02-01SANTOS, Jonathan Christian Dias dos. China na Ásia Central e a cooperação como código geopolítico. 2022. 163 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Instituto de Agronomia/Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu, Programa de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica/Nova Iguaçu, RJ, 2022.https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13775Os eventos político-econômicos ocorridos nos últimos trinta anos alteraram significativamente a organização do espaço mundial. Associada a essa alteração no ordenamento territorial e nas fronteiras mundiais, a ascensão de países até então classificados como “Terceiro Mundo” ou “em desenvolvimento” estabeleceu um novo padrão de relação entre os atores estatais. Se, anteriormente, esses vínculos eram verticalizados do Norte para o Sul Geopolítico, com o Norte definindo as referências de um modelo social-econômico a ser seguido pelo Sul, entre o final o século XX e o começo do século XXI, esse paradigma é quebrado com um novo modelo de colaboração entre os países em progressivo crescimento naquele momento, como, por exemplo, o Brasil, a China e a Rússia. É justamente essa parceria entre o Sul Geopolítico que marca a abordagem geopolítica contemporânea dos chineses em relação a seus inúmeros parceiros. Nesta pesquisa, buscamos interpretar como os acordos de cooperação, na área da defesa e da infraestrutura (ou integração regional), que Pequim firma com os países da Ásia Central, proclamados independentes em 1991, demonstram as distintas fases e faces da geopolítica chinesa para essa região, que tem uma posição geográfica estratégica, estando situada entre a parte mais a Leste do continente asiático e o continente europeu, além de ter conexões também com o Oriente Médio. Para tanto, buscamos evidenciar os acordos entre estes atores estatais nos últimos vinte anos, realizados por meio tanto da Organização para Cooperação de Xangai quanto da Nova Rota da Seda (Belt and Road Iniative ou BRI, em inglês). A partir de databases de instituições internacionais, de notícias em agências de notícias estatais e/ou civis e de projetos disponíveis no site de bancos chineses de fomento ao desenvolvimento, conseguimos mapear projetos que exemplificam as estratégias da geopolítica chinesa contemporânea.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorThe political and economic events of the last thirty years have significantly altered the organization of the world space. Associated with this change in territorial planning and world borders, the rise of countries hitherto classified as "Third World" or "developing" established a new pattern of relationship among state actors. If, previously, these links were verticalized from the North to the Geopolitical South, with the North defining the references of a social-economic model to be followed by the South, between the end of the 20th century and the beginning of the 21st century, this paradigm is broken with a new model of collaboration between countries in progressive growth at that time, such as Brazil, China and Russia. It is precisely this partnership between the Global South that marks the contemporary geopolitical approach of the Chinese towards their numerous partners. In this research, we seek to interpret as the cooperation agreements, in the area of defense and infrastructure (or regional integration), that Beijing signs with the countries of Central Asia, proclaimed independent in 1991, demonstrate the different phases and faces of Chinese geopolitics for this region, which has a strategic geographical position, being situated between the easternmost part of the Asian continent and the European continent, as well as having connections with the Middle East. To this end, we seek to highlight the agreements between these state actors in the last twenty years, made through both the Shanghai Cooperation Organization and the Belt and Road Iniative. from international institutions' databases, news at state and/or civil news agencies and projects available on the website of Chinese development banks, we have been able to map projects that exemplify the strategies of contemporary Chinese geopolitics.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em GeografiaUFRRJBrasilInstituto de AgronomiaInstituto Multidisciplinar de Nova Iguaçugeografia políticageopolíticaprojetos de infraestruturadefesapolitical geographygeopoliticsinfrastructure projectsdefenseGeografiaChina na Ásia Central e a cooperação como código geopolíticoChina in Central Asia and cooperation as a geopolitical codeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisAIDDATA. Disponível em: https://www.aiddata.org/china - Acesso em 16 ago. 2021 AGNEW, John. A nova configuração do poder global. Caderno CHR, Salvador, v. 21, n. 53, p. 207-219, Maio/Ago, 2008 (tradução de Breno Marqués Bringel). ______________. Emerging China and Critical Geopolitics: Between World Politics and Chinese Particularity. Eurasian Geography and Economics, v.51, 5, 2010. ______________. The Origins of Critical Geopolitics. In: KUSS, Merje. The Routledge Research Companion to Critical Geopolitics, Londres: Routledge, 2016. AMOUGOU, Thierry. L’inflation chinoise en Afrique noire: entre nouvelles opportunites et sous-développement durable. In: La Chine en Afrique: Menace ou opportunité pour le développement? Syllepse: Paris, 2011. ANDRADE, Áurea Andrade Viana de; SERRA, Elpídio. Território e desenvolvimento na perspectiva dos geógrafos da escola de Turim - Itália. Boletim Goiano de Geografia, Goiás, v. 37, n. 3, 2017. 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Os eventos político-econômicos ocorridos nos últimos trinta anos alteraram significativamente a organização do espaço mundial. Associada a essa alteração no ordenamento territorial e nas fronteiras mundiais, a ascensão de países até então classificados como “Terceiro Mundo” ou “em desenvolvimento” estabeleceu um novo padrão de relação entre os atores estatais. Se, anteriormente, esses vínculos eram verticalizados do Norte para o Sul Geopolítico, com o Norte definindo as referências de um modelo social-econômico a ser seguido pelo Sul, entre o final o século XX e o começo do século XXI, esse paradigma é quebrado com um novo modelo de colaboração entre os países em progressivo crescimento naquele momento, como, por exemplo, o Brasil, a China e a Rússia. É justamente essa parceria entre o Sul Geopolítico que marca a abordagem geopolítica contemporânea dos chineses em relação a seus inúmeros parceiros. Nesta pesquisa, buscamos interpretar como os acordos de cooperação, na área da defesa e da infraestrutura (ou integração regional), que Pequim firma com os países da Ásia Central, proclamados independentes em 1991, demonstram as distintas fases e faces da geopolítica chinesa para essa região, que tem uma posição geográfica estratégica, estando situada entre a parte mais a Leste do continente asiático e o continente europeu, além de ter conexões também com o Oriente Médio. Para tanto, buscamos evidenciar os acordos entre estes atores estatais nos últimos vinte anos, realizados por meio tanto da Organização para Cooperação de Xangai quanto da Nova Rota da Seda (Belt and Road Iniative ou BRI, em inglês). A partir de databases de instituições internacionais, de notícias em agências de notícias estatais e/ou civis e de projetos disponíveis no site de bancos chineses de fomento ao desenvolvimento, conseguimos mapear projetos que exemplificam as estratégias da geopolítica chinesa contemporânea. |
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2022 |
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SANTOS, Jonathan Christian Dias dos. China na Ásia Central e a cooperação como código geopolítico. 2022. 163 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Instituto de Agronomia/Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu, Programa de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica/Nova Iguaçu, RJ, 2022. |
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