Espécies arbóreas do Parque Natural Municipal do Curió: identificação e usos

• Autor(a) principal: Rodrigues, Bruna Gonçalves Barbosa
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
• Texto Completo: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/8878
• topic: Floresta Atlântica; Características vegetativa; Morfologia; Usos potenciais; Mata Atlântica

O Parque Natural Municipal do Curió está localizado no município de Paracambi, RJ, abrangendo aproximadamente 914 hectares, possui uma área rica em recursos hídricos e com um alto potencial para conservação de espécies da Floresta Atlântica. A grande riqueza de espécies arbóreas reportada para este parque é explicada por seu alto grau de conservação e sua localização abrangendo parte da Floresta Ombrófila e parte da Floresta Estacional Semidecidual. A análise de estruturas morfológicas e órgãos vegetativos das espécies vegetais é importante para a identificação taxonômica, independente da época do ano e de sua fenologia. O conhecimento dos diferentes usos das espécies permite a avaliação do potencial de uso múltiplo dos ecossistemas florestais, complementando o conhecimento do patrimônio florístico e incentivando cultivos com diferentes finalidades. Tendo como base os trabalhos prévios que inventariaram a flora arbórea local, o presente estudo teve como objetivo a elaboração de uma chave para identificação das espécies arbóreas em estado vegetativo e a revisão bibliográfica sobre os usos potenciais dessas espécies. Foram identificadas as principais estruturas com importância taxonômica: folhas, folíolos, ramos, gemas terminais e axilares, e também a presença de estruturas, tais como, estípulas, espinhos, exsudados, glândulas, entre outros. Esses órgãos e estruturas foram caracterizados principalmente quanto a forma, posição e tamanho. A chave de identificação foi inicialmente dividida em três categorias: folhas compostas, folhas simples com filotaxia oposta e folhas simples com filotaxia alterna. Na chave foram ordenadas primeiramente as famílias e dentro dessas, as espécies. Foram consultadas bibliografias que serviram de base para a elaboração da tabela de usos, que foi separada em cinco categorias: Madeireiro, Medicinal, Paisagismo/Ornamental, Reflorestamento e Outros. Nessa última categoria foram englobados outros usos das espécies, tais como celulose, apícola, presença de substâncias tanantes, sementes úteis, entre outros. A categoria Madeireira foi subdividida para melhor identificação dos possíveis usos, de acordo com a qualidade da madeira. Os dados foram avaliados graficamente no Excel. Foram analisadas 166 espécies identificadas ao nível específico, somando 47 famílias botânicas, todas incluídas na chave de identificação. As famílias mais numerosas em espécies foram: Fabaceae (18), Lauraceae (17), Myrtaceae (10), Moraceae (10), Rubiaceae (8) e Sapotaceae (8), que são típicas da Floresta Atlântica. A tabela de usos abrangeu 47% das espécies presentes na chave, sendo possível observar um grande potencial de uso múltiplo, evidenciando a relevância das espécies e a importância da conservação da flora local.