O debate agroecológico no Brasil: uma construção a partir de diferentes atores sociais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Luzzi, Nilsa
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
Texto Completo: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9536
Resumo: Esta tese analisa a construção do debate agroecológico no Brasil. O objetivo é entender o surgimento e a evolução da questão agroecológica na agenda de diferentes atores sociais rurais e a importância que o tema vai assumindo para cada um deles. Esta construção foi feita tendo por base: a experiência da Rede PTA/FASE; os movimentos sociais rurais, especialmente o movimento sindical rural e o MST; algumas instituições do Estado, principalmente a Política Nacional de ATER e o Marco Referencial da EMBRAPA. Para além do tema em questão, procurou-se fazer um resgate histórico, para cada ator social considerado, de suas principais questões e bandeiras de luta, desde a década de 1980 até os dias atuais, período em que se concentra nossa análise. A tese procura investigar também os fatores que colaboraram para o expressivo crescimento do tema agroecologia no país e os principais entraves para que o mesmo seja efetivamente incorporado por estes atores sociais, constituindo-se em um elemento fundamental indispensável para a formulação de uma proposta alternativa de desenvolvimento para a agricultura brasileira. A partir do material empírico coletado através de entrevistas com atores qualificados e da utilização de trabalhos técnico-científicos, resoluções de congressos e outros documentos existentes constatamos que o debate agroecológico cresceu consideravelmente nas duas últimas décadas. Inicialmente restrito a um pequeno grupo de intelectuais e profissionais, especialmente das ciências agrárias, e centrado nas tecnologias alternativas, este debate foi sendo incorporado por diferentes atores sociais organizações de base, movimentos sociais rurais, instituições de assessoria, instituições de ensino, pesquisa e extensão rural , tornando-se a preocupação com a agroecologia um elemento importante na formulação de políticas públicas para a agricultura familiar. A incorporação dos referenciais da agroecologia e o uso de metodologias participativas alteraram significativamente as estratégias de intervenção das ONGs. Ao invés de trabalhar com transferência de tecnologias passaram a buscar uma intervenção mais sistêmica que leve em conta as racionalidades ecológicas, econômicas e culturais dos agricultores. A rearticulação nacional da agroecologia, com a criação da ANA e da ABAAgroecologia, fortaleceu o debate e aumentou a legitimidade política da agroecologia. A continuidade do diálogo e o estreitamento das relações entre ambas constituem um importante desafio para o avanço da agroecologia, tanto no campo político quanto tecnológico. No entanto, esta temática ainda está sendo incorporada e interpretada de forma bastante desigual entre as organizações do campo agroecológico. Nos movimentos sociais, assim como nas instituições de ensino, pesquisa e extensão rural, a incorporação é crescente, porém as experiências e ações práticas ainda são pontuais e desenvolvidas por uma minoria. Transformar o agricultor em sujeito do processo produtivo, com o técnico sendo um mediador entre o conhecimento popular e o científico, é um processo bastante complexo. Exige que o técnico reconsidere o poder que o saber científico, em princípio, lhe propicia e requer um repensar das formas e dos métodos utilizados durante décadas pelos profissionais de assistência técnica e extensão rural, inclusive das ONGs. Embora o debate agroecológico tenha apresentado forte crescimento nos últimos anos e o tema esteja ganhando cada vez mais legitimidade e reconhecimento, o principal desafio para a incorporação mais efetiva e a maior generalização destas experiências de inovação agroecológica é político. A força do agronegócio na política econômica e na agricultura brasileira constitui um grande entrave para o avanço na formulação de um projeto democrático e sustentável de desenvolvimento rural para o país, ancorado na agricultura familiar e na agroecologia.
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Esta construção foi feita tendo por base: a experiência da Rede PTA/FASE; os movimentos sociais rurais, especialmente o movimento sindical rural e o MST; algumas instituições do Estado, principalmente a Política Nacional de ATER e o Marco Referencial da EMBRAPA. Para além do tema em questão, procurou-se fazer um resgate histórico, para cada ator social considerado, de suas principais questões e bandeiras de luta, desde a década de 1980 até os dias atuais, período em que se concentra nossa análise. A tese procura investigar também os fatores que colaboraram para o expressivo crescimento do tema agroecologia no país e os principais entraves para que o mesmo seja efetivamente incorporado por estes atores sociais, constituindo-se em um elemento fundamental indispensável para a formulação de uma proposta alternativa de desenvolvimento para a agricultura brasileira. A partir do material empírico coletado através de entrevistas com atores qualificados e da utilização de trabalhos técnico-científicos, resoluções de congressos e outros documentos existentes constatamos que o debate agroecológico cresceu consideravelmente nas duas últimas décadas. Inicialmente restrito a um pequeno grupo de intelectuais e profissionais, especialmente das ciências agrárias, e centrado nas tecnologias alternativas, este debate foi sendo incorporado por diferentes atores sociais organizações de base, movimentos sociais rurais, instituições de assessoria, instituições de ensino, pesquisa e extensão rural , tornando-se a preocupação com a agroecologia um elemento importante na formulação de políticas públicas para a agricultura familiar. A incorporação dos referenciais da agroecologia e o uso de metodologias participativas alteraram significativamente as estratégias de intervenção das ONGs. Ao invés de trabalhar com transferência de tecnologias passaram a buscar uma intervenção mais sistêmica que leve em conta as racionalidades ecológicas, econômicas e culturais dos agricultores. A rearticulação nacional da agroecologia, com a criação da ANA e da ABAAgroecologia, fortaleceu o debate e aumentou a legitimidade política da agroecologia. A continuidade do diálogo e o estreitamento das relações entre ambas constituem um importante desafio para o avanço da agroecologia, tanto no campo político quanto tecnológico. No entanto, esta temática ainda está sendo incorporada e interpretada de forma bastante desigual entre as organizações do campo agroecológico. Nos movimentos sociais, assim como nas instituições de ensino, pesquisa e extensão rural, a incorporação é crescente, porém as experiências e ações práticas ainda são pontuais e desenvolvidas por uma minoria. Transformar o agricultor em sujeito do processo produtivo, com o técnico sendo um mediador entre o conhecimento popular e o científico, é um processo bastante complexo. Exige que o técnico reconsidere o poder que o saber científico, em princípio, lhe propicia e requer um repensar das formas e dos métodos utilizados durante décadas pelos profissionais de assistência técnica e extensão rural, inclusive das ONGs. Embora o debate agroecológico tenha apresentado forte crescimento nos últimos anos e o tema esteja ganhando cada vez mais legitimidade e reconhecimento, o principal desafio para a incorporação mais efetiva e a maior generalização destas experiências de inovação agroecológica é político. A força do agronegócio na política econômica e na agricultura brasileira constitui um grande entrave para o avanço na formulação de um projeto democrático e sustentável de desenvolvimento rural para o país, ancorado na agricultura familiar e na agroecologia.This research analyses the construction of the agroecologic debate in Brazil. The aim is comprehend the emerging and the evolution of agroecologic question in several social actors agenda and the importance the theme was assuming to each of them. That construction was made with the following basis: the experience of PTA/FASE net; the rural social movements, specially the rural syndical movement and the MST; some State institutions, principally the ATER National Policy and EMBRAPA referential marc. Beyond the theme in discussion, it was intended to have a historic recuperation for each of the actors considered, about their main questions and objects of fight, since the 1980 s up to nowadays, the period our analysis is about. The research also intends to investigate the aspects which collaborated for the expressive growing of the agroecology discussion in the country and the main obstacles for its effective incorporation by those social actors, which constituted a fundamental element, essential for the formulation of an alternative proposition for the Brazilian agriculture development. Starting from the empiric material collected interviews with qualified actors and the using of technical-scientific works, congress resolutions and other existent documents we verified that the agroecologic debate has grown considerably in the last two decades. Initially restricted to a small group of intellectuals and professionals, specially from agrarian sciences, and centered in alternative technologies, the debate started being incorporated by different social actors basis organizations, rural social movements, assessors institutions, educational, rural researching and extending institutions , becoming the worry about agroecology an important element for the formulation of public policies for familiar agriculture. The incorporation of agroecology referential and the use of participative methodologies have modified significantly the intervention strategies from NGOs. Instead of working with technology transference they started searching for a more systemic intervention which consider the ecological, economic and cultural agriculturists rationalities. The agroecology national re-articulation, with the creation of ANA and ABA-Agroecologia, has become the debate stronger and has grown the agroecology political legitimacy. The continuous dialogue and the narrow of relations between them constitute an important challenge for the agroecology progress, even in political or in technological fields. However, this theme is still being incorporated and interpreted in very different ways among agroecological organizations. In social movements, as in educational, research and extending institutions, the incorporation is growing, but the experiences and the practical actions are still isolated and developed by a minor number of people. Make the agriculturist have an active role in productive process, as a technician mediating the popular and the scientific knowledge, is a very complex process. It requires that the technician reconsider the power that the scientific knowledge, first of all, can give him or her, and it requires a re-thinking about the ways and the methods used during decades by technical assistants and rural extending professionals, including the NGOs. Although the agroecologic debate has presented a strong growing in the last years and the theme has gained more and more legitimacy and recognition, the main challenge for a more effective incorporation and a more generalization of these agroecological innovation experiences is a political challenge. The agrobusiness power in Brazilian economical policy and in agriculture constitutes a large obstacle for a progress in the formulation of a democratic and sustainable project of rural development for the country, based in familiar agriculture and in agroecology.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e SociedadeUFRRJBrasilInstituto de Ciências Humanas e Sociaisagroecologiaagricultura alternativaRede PTA/FASEmovimentos sociaisEstadoagroecologyalternative agriculturePTA/FASE net, social movementsStateSociologiaO debate agroecológico no Brasil: uma construção a partir de diferentes atores sociaisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttps://tede.ufrrj.br/retrieve/37867/2007%20-%20Nilza%20Luzzi.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/44247/2007%20-%20Nilza%20Luzzi.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/50632/2007%20-%20Nilza%20Luzzi.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/57099/2007%20-%20Nilza%20Luzzi.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/jspui/handle/tede/693Made available in DSpace on 2016-04-28T20:13:47Z (GMT). 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