Ensino de coesão referencial no 9º ano do Ensino Fundamental a partir do objeto direto anafórico de terceira pessoa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
Texto Completo: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/15394 |
Resumo: | Segundo pesquisas variacionistas (cf. DUARTE, 1989; AVERBUG, 1998, 2000, 2007; FREIRE, 2000; 2005; 2011), as estratégias que aparecem no português do Brasil em lugar do clítico acusativo (pronome átono) para representação do objeto direto anafórico de terceira pessoa são o pronome nominativo (pronome reto), o sintagma nominal anafórico e o objeto nulo (categoria vazia). Assim, esta pesquisa, baseada nos pressupostos teórico-metodológicos da Gramática do Texto e da Sociolinguística Variacionista, tem por objetivo investigar a frequência das variantes supracitadas na escrita de alunos do 9º ano do EF num contínuo oralidade-letramento (cf. BORTONI-RICARDO, 2004), a fim de verificar se a escolarização exerce ou não efeito sobre a escrita dos alunos, bem como levar esses mesmos alunos a perceber a pertinência de cada uma das variantes usadas na realização da variável em eventos de oralidade ou de letramento, de maneira que possam empregar, em diferentes contextos de uso da língua, as variantes candidatas à representação do objeto direto anafórico de terceira pessoa. Dessa forma, foram selecionados três gêneros, organizados ao longo do referido contínuo: histórias em quadrinhos (HQs), representativas de textos mais orais; crônicas, consideradas textos intermediários nessa escala; reportagens, textos tidos como representantes da cultura de letramento. Para alcançar os objetivos desta pesquisa, foi elaborada uma sequência didática, que permitiu trabalhar o uso das variantes em textos dos gêneros selecionados, desde a diagnose até a produção final. Os resultados mostraram, por um lado, que a variante clítico acusativo não faz parte da gramática natural dos alunos, sendo resultado de um processo de escolarização; por outro, que a variante pronome lexical ainda é bem presente na escrita de estudantes para representação do objeto direto anafórico de terceira pessoa, mesmo em gêneros representativos da cultura letrada como a reportagem, o que sinaliza a necessidade de um trabalho constante da escola no sentido de promover o processo de letramento dos alunos, especialmente no que diz respeito ao manejo de estruturas linguísticas típicas das variedades urbanas de prestígio. |
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DUARTE, 1989; AVERBUG, 1998, 2000, 2007; FREIRE, 2000; 2005; 2011), as estratégias que aparecem no português do Brasil em lugar do clítico acusativo (pronome átono) para representação do objeto direto anafórico de terceira pessoa são o pronome nominativo (pronome reto), o sintagma nominal anafórico e o objeto nulo (categoria vazia). Assim, esta pesquisa, baseada nos pressupostos teórico-metodológicos da Gramática do Texto e da Sociolinguística Variacionista, tem por objetivo investigar a frequência das variantes supracitadas na escrita de alunos do 9º ano do EF num contínuo oralidade-letramento (cf. BORTONI-RICARDO, 2004), a fim de verificar se a escolarização exerce ou não efeito sobre a escrita dos alunos, bem como levar esses mesmos alunos a perceber a pertinência de cada uma das variantes usadas na realização da variável em eventos de oralidade ou de letramento, de maneira que possam empregar, em diferentes contextos de uso da língua, as variantes candidatas à representação do objeto direto anafórico de terceira pessoa. Dessa forma, foram selecionados três gêneros, organizados ao longo do referido contínuo: histórias em quadrinhos (HQs), representativas de textos mais orais; crônicas, consideradas textos intermediários nessa escala; reportagens, textos tidos como representantes da cultura de letramento. Para alcançar os objetivos desta pesquisa, foi elaborada uma sequência didática, que permitiu trabalhar o uso das variantes em textos dos gêneros selecionados, desde a diagnose até a produção final. Os resultados mostraram, por um lado, que a variante clítico acusativo não faz parte da gramática natural dos alunos, sendo resultado de um processo de escolarização; por outro, que a variante pronome lexical ainda é bem presente na escrita de estudantes para representação do objeto direto anafórico de terceira pessoa, mesmo em gêneros representativos da cultura letrada como a reportagem, o que sinaliza a necessidade de um trabalho constante da escola no sentido de promover o processo de letramento dos alunos, especialmente no que diz respeito ao manejo de estruturas linguísticas típicas das variedades urbanas de prestígio.CAPESAccording to variational researches (cf. DUARTE, 1989; AVERBUG, 1998, 2000, 2007; FREIRE, 2000; 2005; 2011), the strategies that appear in the Brazilian Portuguese instead of accusative clitic for representation of the anaphoric direct object of third person are nominative pronoun, anaphoric NP and null object. This research, based on theoretical and methodological backgrounds from Grammar of the Text and Variationist Sociolinguistics, aims to investigate the frequency of the aforementioned variants on writing of ninth grade students from elementary school, in continuum orality-literacy (cf. BORTONI-RICARDO, 2004), to check whether the school can influence on the students‘ writing. Plus, we intent to guide these students to realize the relevance of each of the variants in orality events or literacy events, so that they can use those variants in different linguistic contexts. For this purpose, we selected three genres distributed along this continuum: comic strip which is considered a representation of the oral speech, chronicles which stands halfway this continuum, and, finally, the newspaper articles which represents the other pole of the continuum, due to their higher degree of literacy. In order to achieve the objectives, we developed a teaching sequence, which allowed to work with diferent texts, from the diagnosis to the final productions. The results showed, on the one hand, that the accusative clitic is not part of natural grammar of students, it depends on educational process; on the other hand, the use of nominative pronoun as direct object is still very much present in the writing of students, even in representative genres of literate culture as the newspaper reports, which signals that school must promote the students‘ literacy process, especially to make them able to handle the prestige linguistic structures.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em LetrasUFRRJBrasilInstituto de Ciências Humanas e SociaisReferentiationDirect objectVariationLiteracyReferenciaçãoObjeto diretoVariaçãoLetramentoLetrasEnsino de coesão referencial no 9º ano do Ensino Fundamental a partir do objeto direto anafórico de terceira pessoaTeaching reference cohesion in the ninth year of elementary school from the anaphoric direct object of third personinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisALKMIM, Tania Maria. 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Freire, Gilson Costa Freire, Gilson Costa Averbug, Mayra Cristina Guimarães Machado, Mônica de Toledo Piza Costa Coelho, Fábio André Cardoso Santos, Ângela Marina Bravin dos |
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Segundo pesquisas variacionistas (cf. DUARTE, 1989; AVERBUG, 1998, 2000, 2007; FREIRE, 2000; 2005; 2011), as estratégias que aparecem no português do Brasil em lugar do clítico acusativo (pronome átono) para representação do objeto direto anafórico de terceira pessoa são o pronome nominativo (pronome reto), o sintagma nominal anafórico e o objeto nulo (categoria vazia). Assim, esta pesquisa, baseada nos pressupostos teórico-metodológicos da Gramática do Texto e da Sociolinguística Variacionista, tem por objetivo investigar a frequência das variantes supracitadas na escrita de alunos do 9º ano do EF num contínuo oralidade-letramento (cf. BORTONI-RICARDO, 2004), a fim de verificar se a escolarização exerce ou não efeito sobre a escrita dos alunos, bem como levar esses mesmos alunos a perceber a pertinência de cada uma das variantes usadas na realização da variável em eventos de oralidade ou de letramento, de maneira que possam empregar, em diferentes contextos de uso da língua, as variantes candidatas à representação do objeto direto anafórico de terceira pessoa. Dessa forma, foram selecionados três gêneros, organizados ao longo do referido contínuo: histórias em quadrinhos (HQs), representativas de textos mais orais; crônicas, consideradas textos intermediários nessa escala; reportagens, textos tidos como representantes da cultura de letramento. Para alcançar os objetivos desta pesquisa, foi elaborada uma sequência didática, que permitiu trabalhar o uso das variantes em textos dos gêneros selecionados, desde a diagnose até a produção final. Os resultados mostraram, por um lado, que a variante clítico acusativo não faz parte da gramática natural dos alunos, sendo resultado de um processo de escolarização; por outro, que a variante pronome lexical ainda é bem presente na escrita de estudantes para representação do objeto direto anafórico de terceira pessoa, mesmo em gêneros representativos da cultura letrada como a reportagem, o que sinaliza a necessidade de um trabalho constante da escola no sentido de promover o processo de letramento dos alunos, especialmente no que diz respeito ao manejo de estruturas linguísticas típicas das variedades urbanas de prestígio. |
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CABRAL, Erick Augusto. Ensino de coesão referencial no 9º ano do Ensino Fundamental a partir do objeto direto anafórico de terceira pessoa. 2016. 144 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Letras) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica - RJ, 2016. |
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