Distribuição espacial de espécies arbóreas na Floresta Nacional Mário Xavier, Seropédica - RJ
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
Texto Completo: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/7691 |
Resumo: | A Floresta Nacional Mário Xavier (FLONA MX) está inserida no Bioma Mata Atlântica, com 496 hectares de área total, sendo mais de 50% de área composta por plantio de eucalipto e pastagem. Além diso, a área é considerada de reflorestamento. Seu histórico é marcado por intensas modificações antrópicas ao longo dos anos, o que modifica as características vegetacionais locais, não apresentando suas feições naturais, sendo a acumulação de registro de diversas atividades e usos, como plantios de espécies exóticas (Eucalyptus robusta Sm., Eucalyptus saligna Sm., Eucalyptus botryoides Sm., Eucalyptus terecticornis Sm., Eucalyptus alba Blume, Eucalyptus paniculata Sm., Eucalyptus citriodora Hook e Eucalyptus rostrata Cav) e nativas (Lecythis pisonis Cambess; Joannesia princeps Vell., Mimosa caesalpiniifolia Benth., Ceiba pentandra (L.) Gaertn, entre outras). Nesse sentido, é interessante entender o comportamento da distribuição espacial das espécies arbóreas, visto que poucos estudos utilizam índices espaciais para compreender a ecologia das populações e de comunidades em áreas que foram reflorestadas ou passaram por restauração florestal. A área de estudo localizase na FLONA MX, no município de Seropédica, estado do Rio de Janeiro. Os dados foram obtidos através de um inventário florestal realizado em 13 parcelas (20x40m) distribuídas de forma aleatória (amostragem casual simples) no interior de cada talhão. Em cada unidade amostral foram mensuradas as variáveis diâmetro a 1,30 m do solo (DAP) e altura total (Ht) de todos os indivíduos com DAP ≥ 5 cm. Para a análise dos dados, foram consideradas apenas as espécies que apresentaram número de indivíduos igual ou superior a cinco. As espécies encontradas foram classificadas de acordo com o grupo ecológico e síndrome de dispersão. A partir dos dados mensurados, o padrão e a distribuição espacial das espécies foram obtidos através de seis índices espaciais: Índice de MacGuinnes, Índice de Fracker e Bischle, Índice de Payandeh, Índice Não Aleatorizado, Índice de Hazen e Índice de Morisita. De acordo com os resultados dos índices espaciais obtidos, podemos classificá-los em distribuição espacial uniforme, aleatório, tendência ao agrupamento e agregado. Foram mensurados 1.204 indivíduos arbóreos classificados em 33 espécies e 18 famílias. Com 54,7% das árvores avaliadas da espécie Erythroxylum pulchrum A.St.-Hil. (arco-de-pipa). Além disso, essa espécie se mostrou presente em todas as unidades amostrais estudadas. Para todas as espécies estudadas e índices espaciais aplicados, predominou-se o padrão de distribuição espacial agregado, onde os indivíduos vivem próximos uns dos outros. Isso pode ser resultado do agregamento de recursos e condições, ou ainda da pouca capacidade de dispersão e tipo de dispersão, fazendo com que os indivíduos da mesma espécie fiquem próximos das matrizes. Para 90,9% das espécies estudadas e índices espaciais aplicados, predominou-se o padrão de distribuição espacial agregado. Esse resultado é explicado pela área da FLONA MX ter sido reflorestada. Sendo assim, para futuros projetos de manejo e restauração florestal é importante que sejam adotadas técnicas que garantam uma maior diversidade e que as espécies estejam espacialmente mais distribuídas na FLONA MX, considerando seus respectivos grupos ecológicos e tipo de dispersão. |
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Ribeiro, Karla LimaAraújo, Emanuel José Gomes deMonte, Marco AntonioOliveira, Julia Martins Dias deAraújo, Emanuel José Gomes de2023-05-10T18:31:12Z2023-05-10T18:31:12Z2023-02-28RIBEIRO, Karla Lima. Distribuição espacial de espécies arbóreas na Floresta Nacional Mário Xavier, Seropédica - RJ. 2023. 30 f. Monografia (Bacharelado em Engenharia Florestal) - Instituto de Florestas, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2023.https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/7691A Floresta Nacional Mário Xavier (FLONA MX) está inserida no Bioma Mata Atlântica, com 496 hectares de área total, sendo mais de 50% de área composta por plantio de eucalipto e pastagem. Além diso, a área é considerada de reflorestamento. Seu histórico é marcado por intensas modificações antrópicas ao longo dos anos, o que modifica as características vegetacionais locais, não apresentando suas feições naturais, sendo a acumulação de registro de diversas atividades e usos, como plantios de espécies exóticas (Eucalyptus robusta Sm., Eucalyptus saligna Sm., Eucalyptus botryoides Sm., Eucalyptus terecticornis Sm., Eucalyptus alba Blume, Eucalyptus paniculata Sm., Eucalyptus citriodora Hook e Eucalyptus rostrata Cav) e nativas (Lecythis pisonis Cambess; Joannesia princeps Vell., Mimosa caesalpiniifolia Benth., Ceiba pentandra (L.) Gaertn, entre outras). Nesse sentido, é interessante entender o comportamento da distribuição espacial das espécies arbóreas, visto que poucos estudos utilizam índices espaciais para compreender a ecologia das populações e de comunidades em áreas que foram reflorestadas ou passaram por restauração florestal. A área de estudo localizase na FLONA MX, no município de Seropédica, estado do Rio de Janeiro. Os dados foram obtidos através de um inventário florestal realizado em 13 parcelas (20x40m) distribuídas de forma aleatória (amostragem casual simples) no interior de cada talhão. Em cada unidade amostral foram mensuradas as variáveis diâmetro a 1,30 m do solo (DAP) e altura total (Ht) de todos os indivíduos com DAP ≥ 5 cm. Para a análise dos dados, foram consideradas apenas as espécies que apresentaram número de indivíduos igual ou superior a cinco. As espécies encontradas foram classificadas de acordo com o grupo ecológico e síndrome de dispersão. A partir dos dados mensurados, o padrão e a distribuição espacial das espécies foram obtidos através de seis índices espaciais: Índice de MacGuinnes, Índice de Fracker e Bischle, Índice de Payandeh, Índice Não Aleatorizado, Índice de Hazen e Índice de Morisita. De acordo com os resultados dos índices espaciais obtidos, podemos classificá-los em distribuição espacial uniforme, aleatório, tendência ao agrupamento e agregado. Foram mensurados 1.204 indivíduos arbóreos classificados em 33 espécies e 18 famílias. Com 54,7% das árvores avaliadas da espécie Erythroxylum pulchrum A.St.-Hil. (arco-de-pipa). Além disso, essa espécie se mostrou presente em todas as unidades amostrais estudadas. Para todas as espécies estudadas e índices espaciais aplicados, predominou-se o padrão de distribuição espacial agregado, onde os indivíduos vivem próximos uns dos outros. Isso pode ser resultado do agregamento de recursos e condições, ou ainda da pouca capacidade de dispersão e tipo de dispersão, fazendo com que os indivíduos da mesma espécie fiquem próximos das matrizes. Para 90,9% das espécies estudadas e índices espaciais aplicados, predominou-se o padrão de distribuição espacial agregado. Esse resultado é explicado pela área da FLONA MX ter sido reflorestada. Sendo assim, para futuros projetos de manejo e restauração florestal é importante que sejam adotadas técnicas que garantam uma maior diversidade e que as espécies estejam espacialmente mais distribuídas na FLONA MX, considerando seus respectivos grupos ecológicos e tipo de dispersão.The Mário Xavier National Forest (FLONA MX) is part of the Atlantic Forest Biome, with a total area of 496 hectares, with more than 50% of the area consisting of eucalyptus plantations and pasture. In addition, the area is considered for reforestation. Its history is marked by intense anthropic modifications over the years, which modify the local vegetation characteristics, not showing its natural features, being the accumulation of records of various activities and uses, such as planting of exotic species (Eucalyptus robusta Sm., Eucalyptus saligna Sm., Eucalyptus botryoides Sm., Eucalyptus terecticornis Sm., Eucalyptus alba Blume, Eucalyptus paniculata Sm., Eucalyptus citriodora Hook and Eucalyptus rostrata Cav) and native (Lecythis pisonis Cambess; Joannesia princeps Vell., Mimosa caesalpiniifolia Benth., Ceiba pentandra (L.) Gaertn, among others). In this sense, it is interesting to understand the behavior of the spatial distribution of tree species, since few studies use spatial indices to understand the ecology of populations and communities in areas that were reforested or underwent forest restoration. The study area is located in FLONA MX, in the municipality of Seropédica, state of Rio de Janeiro. Data were obtained through a forest inventory carried out in 13 plots (20x40m) randomly distributed (simple random sampling) inside each stand. In each sampling unit, the variables diameter at 1.30 m from the ground (DBH) and total height (Ht) of all individuals with DBH ≥ 5 cm were measured. For data analysis, only species with a number of individuals equal to or greater than five were considered. The species found were classified according to ecological group and dispersal syndrome. From the measured data, the pattern and spatial distribution of the species were obtained through six spatial indices: MacGuinnes Index, Fracker and Bischle Index, Payandeh Index, Non-Randomized Index, Hazen Index and Morisita Index. According to the results of the spatial indices obtained, we can classify them into uniform spatial distribution, random, clustering tendency and aggregate. A total of 1,204 tree individuals classified into 33 species and 18 families were measured. With 54.7% of the evaluated trees of the species Erythroxylum pulchrum A.St.-Hil. (arco-de-pipa). In addition, this species was present in all sample units studied. For all studied species and applied spatial indices, the aggregate spatial distribution pattern predominated, where individuals live close to each other. This may be the result of aggregation of resources and conditions, or even poor dispersal capacity and type of dispersion, causing individuals of the same species to stay close to the matrices. For 90.9% of the studied species and applied spatial indices, the aggregated spatial distribution pattern predominated. This result is explained by the fact that the FLONA MX area has been reforested. Therefore, for future forest management and restoration projects, it is important to adopt techniques that guarantee greater diversity and that the species are more spatially distributed in FLONA MX, considering their respective ecological groups and type of dispersion.Padrão espacialAgregação de espéciesAnálise espacialDispersãoDistribuição espacial de espécies arbóreas na Floresta Nacional Mário Xavier, Seropédica - RJinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisbachareladoporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJinstname:Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)instacron:UFRRJinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALKARLA LIMA RIBEIRO.pdfKARLA LIMA RIBEIRO.pdfapplication/pdf636533https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/7691/1/KARLA%20LIMA%20RIBEIRO.pdf714a44a7c2beb099963ea94e4851a9aaMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/7691/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTKARLA LIMA RIBEIRO.pdf.txtKARLA LIMA RIBEIRO.pdf.txtExtracted texttext/plain71798https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/7691/3/KARLA%20LIMA%20RIBEIRO.pdf.txtced059587aa22b6a025c67f2cbac91f1MD53THUMBNAILKARLA LIMA RIBEIRO.pdf.jpgKARLA LIMA RIBEIRO.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1289https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/7691/4/KARLA%20LIMA%20RIBEIRO.pdf.jpgb29bd179e935adb71bae336e62eeb242MD5420.500.14407/76912023-12-27 05:46:56.262oai:rima.ufrrj.br:20.500.14407/7691Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://tede.ufrrj.br/PUBhttps://tede.ufrrj.br/oai/requestbibliot@ufrrj.br||bibliot@ufrrj.bropendoar:2023-12-27T08:46:56Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)false |
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