Manejo de estoques e segurança alimentar: repensando estratégias (1965-1998)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2000 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
Texto Completo: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9446 |
Resumo: | Nosso intuito neste trabalho de tese foi repensar os limites, avanço e retrocesso da intervenção do Estado na comercialização agrícola, particularmente quanto à efetividade do manejo de estoques de alimentos pela instância pública que intervêm, forjando condições de ordem e liquidez nos mercados de commodities. No Brasil, o manejo de estoques públicos coincidiu com a Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), política esta que historicamente foi subordinada a objetivos outros que os da estabilização regulada de mercados. Focalizamos em especial o período mediado pelos anos de 1965 e 1998, com ênfase na aprovação de novo conjunto de regras ordenadoras dos mercados de atacado, que representou um elemento de potencialização da arbitragem do gestor público na regulação dos mercados agrícolas no país. Contraditoriamente, porém, tal potencial de intervenção esbarrava na crise fiscal do Estado brasileiro e no agravamento da pressão financeira sobre o sistema, ademais do cenário macroeconômico de maior exposição da economia brasileira ao mercado internacional nos anos 90. Particularmente a partir da implantação do Plano Real, exacerbaram-se os perigos da estratégia de política econômica lastreada na assunção dos preços (circunstanciais) do mercado externo, apropriados como parâmetro-chave das políticas agrícola e comercial. Faltando regras consistentes de ordenamento da comercialização, a própria ação pública tendia a agravar a instabilidade de mercado inviabilizando-se, desta forma, a coordenação do intercâmbio como base da estabilidade regulada de preços alimentares. Como sabido, tal estabilidade se constituiria em um dos condicionantes do avanço de políticas consistentes de segurança alimentar, sobretudo em realidades como a brasileira, em que a institucionalidade pública com estoques tradicionalmente prescindiu de qualquer correlação explícita com tão premente questão. |
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Couto, Ebenezer PereiraMaluf, Renato Sérgio Jamil775064218-87http://lattes.cnpq.br/2361433814816659Castro, Ana CéliaDelgado, Guilherme CostaMonteiro, Maria José Cilhar174503496-04http://lattes.cnpq.br/99940012723476742023-12-21T18:39:25Z2023-12-21T18:39:25Z2000-03-28COUTO, Ebenezer Pereira. Manejo de estoques e segurança alimentar: repensando estratégias (1965-1998). 2000. 164 f. Tese (Mestrado em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica - RJ, 2000.https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9446Nosso intuito neste trabalho de tese foi repensar os limites, avanço e retrocesso da intervenção do Estado na comercialização agrícola, particularmente quanto à efetividade do manejo de estoques de alimentos pela instância pública que intervêm, forjando condições de ordem e liquidez nos mercados de commodities. No Brasil, o manejo de estoques públicos coincidiu com a Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), política esta que historicamente foi subordinada a objetivos outros que os da estabilização regulada de mercados. Focalizamos em especial o período mediado pelos anos de 1965 e 1998, com ênfase na aprovação de novo conjunto de regras ordenadoras dos mercados de atacado, que representou um elemento de potencialização da arbitragem do gestor público na regulação dos mercados agrícolas no país. Contraditoriamente, porém, tal potencial de intervenção esbarrava na crise fiscal do Estado brasileiro e no agravamento da pressão financeira sobre o sistema, ademais do cenário macroeconômico de maior exposição da economia brasileira ao mercado internacional nos anos 90. Particularmente a partir da implantação do Plano Real, exacerbaram-se os perigos da estratégia de política econômica lastreada na assunção dos preços (circunstanciais) do mercado externo, apropriados como parâmetro-chave das políticas agrícola e comercial. Faltando regras consistentes de ordenamento da comercialização, a própria ação pública tendia a agravar a instabilidade de mercado inviabilizando-se, desta forma, a coordenação do intercâmbio como base da estabilidade regulada de preços alimentares. Como sabido, tal estabilidade se constituiria em um dos condicionantes do avanço de políticas consistentes de segurança alimentar, sobretudo em realidades como a brasileira, em que a institucionalidade pública com estoques tradicionalmente prescindiu de qualquer correlação explícita com tão premente questão.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES, Brasil)Our intention in this thesis was rethinking the limits, advance and regression of the intervention of State in the agricultural commercialization, particularly in terms of the effectiveness of handling food supplies by the public instance that intervenes, forging conditions of order and liquidity in commodities markets. In Brazil, the handling of public stores coincided with the Guaranteed Minimum Prices Policy (PGPM) that historically was subordinated to diverse objectives than others related to the regulated stabilization of markets. We focus in special the period mediated by the years of 1965 and 1998, with emphasis in the approval of a new set of ordering rules for the (non retail) markets, a strengthening element for the better arbitration of the public manager in the regulation of the agricultural markets in the country. Contradictorily, however, such potential of intervention chocked with the fiscal crisis of the Brazilian State and in the financial pressure deterioration of the system, besides of the macroeconomic scenario of great exposure of the Brazilian economy to the international market in 90th years. Particularly after the implantation of the Real Plan, the strategy of an economic policy referred to circumstantial external market prices, appropriated by means of key-parameter of the agricultural and commercial policies, was too dangerous. Lacking consistent rules to order the commercialization, the proper public performance tended to aggravate the market instability making impracticable, by this means, the coordination of the interchange as a basis for the regulated stability of food prices. In truth, such stability could constitute one of the elements to improve consistent policies of food security, especially in an asymmetric reality like that one of Brazil, where the public institutionality with stores traditionally lacked any explicit correlation with so urgent theme.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e SociedadeUFRRJBrasilInstituto de Ciências Humanas e SociaisHandling of Alimentary StoresPublic PoliciesFood SecurityManejo de Estoques AlimentaresPolítica PúblicaSegurança AlimentarCiências SociaisManejo de estoques e segurança alimentar: repensando estratégias (1965-1998)Management of public stores and food security: rethinking strategies (1965-1998)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisABBOTT, J. C. El desarollo de las instituciones de comercializacion. In: SOUTHWORTH, H.; JOHNSON, B. F. 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Nosso intuito neste trabalho de tese foi repensar os limites, avanço e retrocesso da intervenção do Estado na comercialização agrícola, particularmente quanto à efetividade do manejo de estoques de alimentos pela instância pública que intervêm, forjando condições de ordem e liquidez nos mercados de commodities. No Brasil, o manejo de estoques públicos coincidiu com a Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), política esta que historicamente foi subordinada a objetivos outros que os da estabilização regulada de mercados. Focalizamos em especial o período mediado pelos anos de 1965 e 1998, com ênfase na aprovação de novo conjunto de regras ordenadoras dos mercados de atacado, que representou um elemento de potencialização da arbitragem do gestor público na regulação dos mercados agrícolas no país. Contraditoriamente, porém, tal potencial de intervenção esbarrava na crise fiscal do Estado brasileiro e no agravamento da pressão financeira sobre o sistema, ademais do cenário macroeconômico de maior exposição da economia brasileira ao mercado internacional nos anos 90. Particularmente a partir da implantação do Plano Real, exacerbaram-se os perigos da estratégia de política econômica lastreada na assunção dos preços (circunstanciais) do mercado externo, apropriados como parâmetro-chave das políticas agrícola e comercial. Faltando regras consistentes de ordenamento da comercialização, a própria ação pública tendia a agravar a instabilidade de mercado inviabilizando-se, desta forma, a coordenação do intercâmbio como base da estabilidade regulada de preços alimentares. Como sabido, tal estabilidade se constituiria em um dos condicionantes do avanço de políticas consistentes de segurança alimentar, sobretudo em realidades como a brasileira, em que a institucionalidade pública com estoques tradicionalmente prescindiu de qualquer correlação explícita com tão premente questão. |
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