Efeito do enriquecimento ambiental perinatal de fêmeas em comportamentos relacionados a ansiedade na sua prole
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
Texto Completo: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10306 |
Resumo: | Os transtornos de ansiedade estão entre as doenças psiquiátricas mais comuns na sociedade. Eles se dão pela incapacidade do indivíduo em lidar com um evento estressor (físico ou emocional), podendo acometer desde a infância até a idade adulta. O desencadeamento da ansiedade no período perinatal pode acarretar em mudanças comportamentais ao longo da vida. Neste sentido, o enriquecimento ambiental é utilizado tanto como atenuante dos efeitos estressores quanto como preventivo. Sendo assim, buscou-se avaliar comportamentos relacionados à ansiedade de filhotes de fêmeas expostas ao enriquecimento ambiental durante período perinatal. Para isso foram criados grupos de machos e fêmeas ao longo de três gerações-F0, F1 e F2. Em F0 foram montados 2 grupos, o padrão (P) e o enriquecido (E). Em F1 fêmeas que estavam em ambiente enriquecido durante o período perinatal foram passadas para o ambiente padrão formando o grupo enriquecimento-padrão (E-P). F2 então passou a ter grupos dos três grupos, P, E-P e E. Estes grupos foram submetidos a observações do comportamento materno, modelos de ansiedade, dosagem de corticosterona plasmática e a avaliação da expressão dos genes para os receptores AVP1a, AVP1b, CRH1, CRH2 e OT. Como resultados verificamos que o comportamento materno em F0 foi maior no grupo enriquecido (E) (46,8±8,9% P; 77,8±5,4% E; p=0,0138), porém não em F1 (68,4±4,1% P; 71,1±6% E-P; 78,1±3,1% E; F=0,8120 p=0,4689). Foi constatado o efeito ansiolítico nos modelos comportamentais utilizados. No labirinto em cruz elevado-LCE, este efeito pode ser notado apenas no grupo E das três gerações avaliadas. No campo aberto CA, apenas o grupo E de F2 apresentou comportamentos relacionados a ansiedade significativamente diferentes dos demais grupos. O teste da caixa claro-escuro-CCE mostrou diferença entre os grupos E-P e E em relação ao grupo P na latência para explorar o ambiente claro em F1 e F2. E o teste da supressão da alimentação pela novidade-NSF indicou que os grupos são diferentes entre si na latência para se alimentar, o maior tempo foi de P, seguido de E-P e depois de E (147,7±15,7s; 101,4±8,8s; 62,8±9,4s; F=13,0700 p=0,0001 - Machos) (143,7±11,4s; 93,7±20,4s; 38,3±5,3s; F=16,1900 p<0,0001 - Fêmeas). Pode ser constado o efeito transgeracional em CCE e NSF, onde a exposição da mãe ao enriquecimento influenciou o comportamento dos filhotes que não foram diretamente expostos ao ambiente enriquecido. Todos os resultados dos modelos comportamentais valem para machos e fêmeas e não há diferenças em relação ao gênero. Os parâmetros neuroendócrinos analisados não mostraram diferença significativa entre os grupos. Sugere-se então que o efeito transgeracional se deu apenas pela exposição das mães ao ambiente enriquecido no período perinatal e manifestou-se comportamentalmente. |
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O desencadeamento da ansiedade no período perinatal pode acarretar em mudanças comportamentais ao longo da vida. Neste sentido, o enriquecimento ambiental é utilizado tanto como atenuante dos efeitos estressores quanto como preventivo. Sendo assim, buscou-se avaliar comportamentos relacionados à ansiedade de filhotes de fêmeas expostas ao enriquecimento ambiental durante período perinatal. Para isso foram criados grupos de machos e fêmeas ao longo de três gerações-F0, F1 e F2. Em F0 foram montados 2 grupos, o padrão (P) e o enriquecido (E). Em F1 fêmeas que estavam em ambiente enriquecido durante o período perinatal foram passadas para o ambiente padrão formando o grupo enriquecimento-padrão (E-P). F2 então passou a ter grupos dos três grupos, P, E-P e E. Estes grupos foram submetidos a observações do comportamento materno, modelos de ansiedade, dosagem de corticosterona plasmática e a avaliação da expressão dos genes para os receptores AVP1a, AVP1b, CRH1, CRH2 e OT. 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E o teste da supressão da alimentação pela novidade-NSF indicou que os grupos são diferentes entre si na latência para se alimentar, o maior tempo foi de P, seguido de E-P e depois de E (147,7±15,7s; 101,4±8,8s; 62,8±9,4s; F=13,0700 p=0,0001 - Machos) (143,7±11,4s; 93,7±20,4s; 38,3±5,3s; F=16,1900 p<0,0001 - Fêmeas). Pode ser constado o efeito transgeracional em CCE e NSF, onde a exposição da mãe ao enriquecimento influenciou o comportamento dos filhotes que não foram diretamente expostos ao ambiente enriquecido. Todos os resultados dos modelos comportamentais valem para machos e fêmeas e não há diferenças em relação ao gênero. Os parâmetros neuroendócrinos analisados não mostraram diferença significativa entre os grupos. Sugere-se então que o efeito transgeracional se deu apenas pela exposição das mães ao ambiente enriquecido no período perinatal e manifestou-se comportamentalmente.Anxiety is one of the most common psychiatric disorder in society. This disorders may occur as a result of an individual’s inability to face a stress event (physical or emotional), which can happen in youth or adulthood. The exposure to stressors during the perinatal period can cause consequences for life. Thus environmental enrichment is used either as preventive or attenuating stressor events. The aim of this study was to evaluate the behavioural response related to anxiety on the offspring of females mice raised in an enriched environment during their perinatal period. Experimentally was created male and female groups during tree generation (F0, F1 and F2). Animals was raised in standard environment (P) and enriched environment (E) in F0. In the next generation (F1), females that was born in E was placed to P and composed the E-P group. Therefore, in F2 we had the P, E-P and E group. This group had their maternal behavior observed, submitted to behavioral models, plasmatic corticosterone assayed as well the expression of the AVP1a, AVP1b, CRH1, CRH2 and OT receptors. As results, we verify that the enriched environment only in F0 changed the maternal behavior (46,8±8,9% P; 77,8±5,4% E; p=0,0138). The anxiolytic effect was noted in all the models applied. In elevated plus maze it was observed in E group during all the generation. Only in F2, the E group showed anxiolytic effect in open field test. On light-dark box, the E-P and E group was different of P in latency to explore the light part in F1 and F2. The last generation, F2, was tested and showed a different latency to eat the pellet in novelty suppressed feeding test. The E group had the shortest time to eat the pellet, followed by E-P and P had the biggest (147,7±15,7s; 101,4±8,8s; 62,8±9,4s; F=13,0700 p=0,0001 - male) (143,7±11,4s; 93,7±20,4s; 38,3±5,3s; F=16,1900 p<0,0001 - female). The transgeracional effect could be visualized in light-dark box and novelty suppressed feeding tests because the E-P group had their behavior similar to E even that had not been directly exposed to the enriched environment. There is no difference between sexes in results of the models. The neuroendocrine analyzes there no significate result. Then, we suggest that transgenerational effect is due to exposure of the dams to the environmental enrichment during perinatal period.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma Multicêntrico de Pós-Graduação em Ciências FisiológicasUFRRJBrasilInstituto de Ciências Biológicas e da SaúdeAnxietyEnvironmental EnrichmentTransgenerational EffectAnsiedadeEnriquecimento AmbientalEfeito TransgeracionalFisiologiaEfeito do enriquecimento ambiental perinatal de fêmeas em comportamentos relacionados a ansiedade na sua prolePerinatal environmental enrichment effects in anxiety like behaviors in females offspringinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttps://tede.ufrrj.br/retrieve/6725/2016%20-%20Camila%20Mendon%c3%a7a%20Netto%20Jobim.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/19848/2016%20-%20Camila%20Mendon%c3%a7a%20Netto%20Jobim.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/26203/2016%20-%20Camila%20Mendon%c3%a7a%20Netto%20Jobim.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/32652/2016%20-%20Camila%20Mendon%c3%a7a%20Netto%20Jobim.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/39004/2016%20-%20Camila%20Mendon%c3%a7a%20Netto%20Jobim.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/45428/2016%20-%20Camila%20Mendon%c3%a7a%20Netto%20Jobim.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/51764/2016%20-%20Camila%20Mendon%c3%a7a%20Netto%20Jobim.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/58276/2016%20-%20Camila%20Mendon%c3%a7a%20Netto%20Jobim.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/jspui/handle/jspui/1580Submitted by Jorge Silva (jorgelmsilva@ufrrj.br) on 2017-05-03T18:25:52Z No. of bitstreams: 1 2016 - Camila Mendonça Netto Jobim.pdf: 2312664 bytes, checksum: b9e51b7bf56f9bfc3fabc284e20448e8 (MD5)Made available in DSpace on 2017-05-03T18:25:52Z (GMT). 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