As ocupações secundaristas no Rio de Janeiro em imagens: memórias afetivas de um movimento.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
Texto Completo: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9905 |
Resumo: | A partir das ocupações secundaristas, enquanto objeto de pesquisa e seus significados para os sujeitos, as escolas públicas do Rio de Janeiro ocupadas surgem como espaços de transformação, reinvenção e ressignificação para ambos. Destarte, a complexidade do movimento transcende as representações, além das fronteiras da modernidade entre sujeito e objeto, assim como as noções de espaço e de tempo, numa Poética dos espaços. Da constelação de materiais empíricos emersos do campo como objetos, fotografias, documentos, conversas, num estudo das subjetividades, a escola transparece como espaço heterotópico, transformada em casa pelos jovens ocupantes. Através da escuta sensível e da observação participante, as narrativas dos cotidianos escolares refletiram as escolas ocupadas como um laboratório de reinvenção, tendo em vista o contraponto à instabilidade do ser promovido pelo ambiente transformado, como lugar de tensões, de atritos, diante dos desafios representados pelas necessárias e intensas negociações. Além dos estudantes do ensino médio, buscou-se analisar suas percepções sobre o movimento, assim como o seu protagonismo, relacionando-as às dos professores, membros da equipe pedagógica, funcionários, sindicalistas, militantes, integrantes de entidades estudantis. Participaram da pesquisa voluntários de 02 escolas do ensino regular e médio integral, da zona oeste e da região suburbana carioca. A um grupo de protagonistas, apoiadores e críticos contrários ao movimento couberam os comentários esclarecedores e lembranças de episódios significativos, recolhidos através do Paradigma Indiciário. Através das lembranças e na direta participação do pesquisador e sua permanência nas escolas, desponta o esforço e a possibilidade dos sujeitos de elaborar a sua vida, de se reinventar, exercendo o direito de escolhas, levando-os a uma autêntica autonomia. Entendendo a recuperação das memórias afetivas como um trabalho transgressor, como o foram as ocupações, surge outra perspectiva de pesquisa, a ‘cartografia topoanalítica’, associada às mudanças no processo de escritura, do objeto e dos sujeitos como aporte para a apresentação de resultados nas pesquisas em educação. |
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Roitberg, Julio CesarBerino, Aristóteles de Paulahttps://orcid.org/0000-0002-6013-7784898.221.707-00http://lattes.cnpq.br/8079382084565252Berino, Aristóteles de Paulahttps://orcid.org/0000-0002-6013-7784898.221.707-00http://lattes.cnpq.br/8079382084565252Azevedo, Patricia Bastos dehttp://lattes.cnpq.br/2172195421648211Santos, Ana Maria Marqueshttps://orcid.org/0000-0002-4763-3273http://lattes.cnpq.br/2172195421648211Seixas, Luciana Velloso da Silvahttps://orcid.org/0000-0002-6832-4189http://lattes.cnpq.br/5854415485261255Oliveira, Gustavo Rebelo Coelho dehttps://orcid.org/0000-0001-7682-4717http://lattes.cnpq.br/8483194646713051https://orcid.org/0000-0001-9185-000803971346-6385.392.687-87http://lattes.cnpq.br/36065694843272432023-12-21T18:54:32Z2023-12-21T18:54:32Z2019-11-27ROITBERG, Julio Cesar. As ocupações secundaristas no Rio de Janeiro em imagens: memórias afetivas de um movimento. 2019. 261 f. Tese (Doutorado em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares) - Instituto de Educação, Instituto Multidisciplinar, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 2019.https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9905A partir das ocupações secundaristas, enquanto objeto de pesquisa e seus significados para os sujeitos, as escolas públicas do Rio de Janeiro ocupadas surgem como espaços de transformação, reinvenção e ressignificação para ambos. Destarte, a complexidade do movimento transcende as representações, além das fronteiras da modernidade entre sujeito e objeto, assim como as noções de espaço e de tempo, numa Poética dos espaços. Da constelação de materiais empíricos emersos do campo como objetos, fotografias, documentos, conversas, num estudo das subjetividades, a escola transparece como espaço heterotópico, transformada em casa pelos jovens ocupantes. Através da escuta sensível e da observação participante, as narrativas dos cotidianos escolares refletiram as escolas ocupadas como um laboratório de reinvenção, tendo em vista o contraponto à instabilidade do ser promovido pelo ambiente transformado, como lugar de tensões, de atritos, diante dos desafios representados pelas necessárias e intensas negociações. Além dos estudantes do ensino médio, buscou-se analisar suas percepções sobre o movimento, assim como o seu protagonismo, relacionando-as às dos professores, membros da equipe pedagógica, funcionários, sindicalistas, militantes, integrantes de entidades estudantis. Participaram da pesquisa voluntários de 02 escolas do ensino regular e médio integral, da zona oeste e da região suburbana carioca. A um grupo de protagonistas, apoiadores e críticos contrários ao movimento couberam os comentários esclarecedores e lembranças de episódios significativos, recolhidos através do Paradigma Indiciário. Através das lembranças e na direta participação do pesquisador e sua permanência nas escolas, desponta o esforço e a possibilidade dos sujeitos de elaborar a sua vida, de se reinventar, exercendo o direito de escolhas, levando-os a uma autêntica autonomia. Entendendo a recuperação das memórias afetivas como um trabalho transgressor, como o foram as ocupações, surge outra perspectiva de pesquisa, a ‘cartografia topoanalítica’, associada às mudanças no processo de escritura, do objeto e dos sujeitos como aporte para a apresentação de resultados nas pesquisas em educação.CAPESFrom the secondary occupations, as object of research and its meanings for the subjects, the occupied Rio de Janeiro public schools emerge as spaces of transformation, reinvention and resignification for both. Thus, the complexity of movement transcends the representations, beyond the borders of modernity between subject and object, as well as the notions of space and time, in a Poetics of spaces. From the constellation of empirical materials emerged from the field as objects, photographs, documents, conversations, in a study of subjectivities, the school transpires as a heterotopic space, transformed as home by the young occupants. Through sensitive listening and participant observation, the daily school narratives reflected the occupied schools as a reinvention laboratory, in view of the counterpoint to the instability of being promoted by the transformed environment, as a place of tensions, friction, in the face of the challenges represented by the necessary and intensive negotiations. In addition to high school students, I sought to analyze their perceptions about the movement, as well as their protagonism, relating to that of teachers, members of the pedagogical team, staff, trade unionists, activists, and members of student organizations. Volunteers from 02 elementary and high schools in the west and suburban carioca regions participated in the research. A group of protagonists, supporters and critics, counter to the movement, were responsible for enlightening comments and memories of significant episodes, collected through the Evidential paradigm. Through the memories and the direct participation of the researcher and his permanence in schools, appears the effort and the possibility of the subjects to elaborate their life, to reinvent themselves, exercising the right of choices, leading them to an authentic autonomy. Understanding the recovery of affective memories as a transgressive work, as were the occupations, another research perspective emerges, the 'topoanalytic cartography', associated with changes in the writing process, the object and the subjects as a contribution to the presentation of results in education research.A partir de las ocupaciones secundaristas tomadas como objeto de investigación y sus significados para los sujetos, las escuelas públicas de Río de Janeiro ocupadas surgen como espacios de transformación, reinvención y resignificación para ambos. Por eso, la complejidad del movimiento trasciende las representaciones, más allá de las fronteras de la modernidad entre sujeto y objeto, así como las nociones de espacio y de tiempo, en una Poética de los espacios. Desde la constelación de materiales empíricos emergidos del campo como objetos, fotografías, documentos, charlas, en un estudio de las subjetividades, la escuela trasparece como espacio heterotópico, transformada en casa por los jóvenes ocupantes. A través de la escucha sensible y de la observación participante, las narrativas de los cotidianos escolares reflejaron las escuelas ocupadas como un laboratorio de reinvención, teniendo en cuenta el contrapunto a la instabilidad del ser promovido por el ambiente transformado, como lugar de tensiones, de fricciones, delante de los desafíos representados por las necesarias e intensas negociaciones. Además de los estudiantes de la enseñanza secundaria, se buscó analizar sus percepciones sobre el movimiento, así como su protagonismo, relacionándolas a las de los profesores, miembros del equipo pedagógico, funcionarios, sindicalistas, militantes, integrantes de organizaciones estudiantiles. Participaron de la investigación voluntarios de 02 escuelas de enseñanza regular y secundaria integral, de la zona oeste y de la región suburbana carioca. Un grupo de protagonistas, apoyadores y críticos contrarios al movimiento se encargó de los comentarios esclarecedores y recuerdos de momentos significativos, recogidos a través del Paradigma Indiciario. A través de los recuerdos y en la participación directa del investigador y su permanencia en las escuelas, despunta el esfuerzo y la posibilidad de los sujetos de elaborar su vida, de reinventarse, ejerciendo el derecho de elegir, llevándolos a una auténtica autonomía. Comprendiendo la recuperación de las memorias afectivas como un trabajo transgresor, como fueron las ocupaciones, surge otra perspectiva de investigación, la ‘cartografía topoanalítica’, asociada a los cambios en el proceso de escritura, del objeto y de los sujetos como aporte para la presentación de resultados en las investigaciones en educación.À partir des occupations lycéennes, comme objet de recherche et leurs significations pour les sujets, les écoles publiques occupées au Rio de Janeiro émergent comme des espaces de transformation, de réinvention et de resignification pour les deux. De cette manière, la complexité du mouvement transcende les représentations, au-delà des frontières de la modernité entre sujet et objet, ainsi que les notions d'espace et de temps, dans une Poétique des espaces. De la constellation de matériaux empiriques émergés du local, comme objets, photographies, documents, conversations, dans une étude des subjectivités, l'école se montre comme un espace hétérotopique où les jeunes occupants le transforment en leur propre maison. À partir d’une écoute sensible et d’une observation participante, les récits scolaires quotidiens ont reflété les écoles occupées comme un laboratoire de réinvention, compte tenu du contrepoint à l'instabilité d'être promu par l'environnement transformé, comme un lieu de tensions, de frictions, face aux défis representes par les négociations nécessaires et intenses. En plus des lycéens, on a cherché à analyser leurs perceptions du mouvement, ainsi que leur protagonisme, en les reliant à celles des enseignants, des membres de l'équipe pédagogique, du personnel, des syndicalistes, des militants, des membres d'associations étudiantes. Des volontaires de 02 établissements d'enseignement, lycée général et lycée professionnel, situées dans l'ouest et la banlieue de Rio de Janeiro, ont participé à la recherche. Un groupe de protagonistes, de partisans et de critiques anti-mouvement a apporté des commentaires et des souvenirs éclairants d'épisodes importants recueillis par Paradigme indicatif. A travers les souvenirs et la participation directe du chercheur et sa permanence dans les écoles, apparaissent l'effort et la possibilité des sujets d'élaborer leur vie, de se réinventer, d'exercer le droit de choix, les conduisant à une authentique autonomie. En se comprenant la récupération des mémoires affectives comme un travail transgressif, tout comme les occupations, émerge une autre perspective de recherche, la “cartographie topoanalytique”, associée aux changements du processus d'écriture, de l'objet et des sujets comme contribution à la présentation des résultats dans recherche en éducation.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas PopularesUFRRJBrasilInstituto Multidisciplinar de Nova IguaçuInstituto de EducaçãoSubjetividadePoética dos espaçosJuventudesMemóriaOcupações secundaristasSubjectivityPoetics of spacesYouthsMemoryHigh school occupationsSubjetividadPoética de los espaciosJuventudesMemoriaOcupaciones secundaristasSubjectivitéPoétique des espacesJeunessesMémoiresOccupations lycéennesEducaçãoCiências SociaisAs ocupações secundaristas no Rio de Janeiro em imagens: memórias afetivas de um movimento.High school occupations in Rio de Janeiro in imagens: affective memories of a movement.Las ocupaciones secundaristas en Río de Janeiro en imágenes: memorias afectivas de un movimiento.Las ocupaciones secundaristas en Río de Janeiro en imágenes: memorias afectivas de un movimiento.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisABDALA JUNIOR, B.; CAMPEDELLI, S. 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Educação Ciências Sociais |
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A partir das ocupações secundaristas, enquanto objeto de pesquisa e seus significados para os sujeitos, as escolas públicas do Rio de Janeiro ocupadas surgem como espaços de transformação, reinvenção e ressignificação para ambos. Destarte, a complexidade do movimento transcende as representações, além das fronteiras da modernidade entre sujeito e objeto, assim como as noções de espaço e de tempo, numa Poética dos espaços. Da constelação de materiais empíricos emersos do campo como objetos, fotografias, documentos, conversas, num estudo das subjetividades, a escola transparece como espaço heterotópico, transformada em casa pelos jovens ocupantes. Através da escuta sensível e da observação participante, as narrativas dos cotidianos escolares refletiram as escolas ocupadas como um laboratório de reinvenção, tendo em vista o contraponto à instabilidade do ser promovido pelo ambiente transformado, como lugar de tensões, de atritos, diante dos desafios representados pelas necessárias e intensas negociações. Além dos estudantes do ensino médio, buscou-se analisar suas percepções sobre o movimento, assim como o seu protagonismo, relacionando-as às dos professores, membros da equipe pedagógica, funcionários, sindicalistas, militantes, integrantes de entidades estudantis. Participaram da pesquisa voluntários de 02 escolas do ensino regular e médio integral, da zona oeste e da região suburbana carioca. A um grupo de protagonistas, apoiadores e críticos contrários ao movimento couberam os comentários esclarecedores e lembranças de episódios significativos, recolhidos através do Paradigma Indiciário. Através das lembranças e na direta participação do pesquisador e sua permanência nas escolas, desponta o esforço e a possibilidade dos sujeitos de elaborar a sua vida, de se reinventar, exercendo o direito de escolhas, levando-os a uma autêntica autonomia. Entendendo a recuperação das memórias afetivas como um trabalho transgressor, como o foram as ocupações, surge outra perspectiva de pesquisa, a ‘cartografia topoanalítica’, associada às mudanças no processo de escritura, do objeto e dos sujeitos como aporte para a apresentação de resultados nas pesquisas em educação. |
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ROITBERG, Julio Cesar. As ocupações secundaristas no Rio de Janeiro em imagens: memórias afetivas de um movimento. 2019. 261 f. Tese (Doutorado em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares) - Instituto de Educação, Instituto Multidisciplinar, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 2019. |
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