Os modos de vida – uma teoria perspectiva: uma aproximação entre as obras de Dostoiévski e Kierkegaard

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lopes Junior, Eduardo Eudes Prazeres
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
Texto Completo: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13476
Resumo: Proponho, neste trabalho, a hipótese interpretativa de que a teoria kierkegaardiana dos modos de vida deve ser compreendida como uma teoria ética perspectiva, relativizando, assim, a noção de uma deontologia rígida, sem, contudo, descartar os pontos positivos dessa interpretação. Para tanto faço uso da análise tanto da obra de Kierkegaard quanto da obra de Dostoiévski, cujos pensamentos considero – e pretendo demonstrar – apresentam representativo grau de semelhança. A análise inicia pela investigação do modo estético de vida na temática do sedutor, contrapõe o caráter negativo dado ao sedutor a uma imagem positiva e termina por apresentar os conflitos existentes entre o estético e o ético, de modo a concluir, então, demonstrando que vantagens a hipótese interpretativa aqui apresentada oferece em relação à hipótese deontológica rígida – que, creio demonstrar, encontra problemas ao ser comparada a pressupostos kierkegaardianos fundamentais
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Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica-RJ, 2017.https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13476Proponho, neste trabalho, a hipótese interpretativa de que a teoria kierkegaardiana dos modos de vida deve ser compreendida como uma teoria ética perspectiva, relativizando, assim, a noção de uma deontologia rígida, sem, contudo, descartar os pontos positivos dessa interpretação. Para tanto faço uso da análise tanto da obra de Kierkegaard quanto da obra de Dostoiévski, cujos pensamentos considero – e pretendo demonstrar – apresentam representativo grau de semelhança. A análise inicia pela investigação do modo estético de vida na temática do sedutor, contrapõe o caráter negativo dado ao sedutor a uma imagem positiva e termina por apresentar os conflitos existentes entre o estético e o ético, de modo a concluir, então, demonstrando que vantagens a hipótese interpretativa aqui apresentada oferece em relação à hipótese deontológica rígida – que, creio demonstrar, encontra problemas ao ser comparada a pressupostos kierkegaardianos fundamentaisCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESI propose, in this work, an interpretative hypothesis defending that Kierkegaard’s theory of modes of life should be understood as a perspectival theory of ethics, in doing so, I intend to relativize the notion of a rigid deontology in Kierkegaard, without discarding entirely the theory’s positive aspects. To do that, I analyze both Kierkegaard’s and Dostoevsky’s works, whose toughts I consider – and I will try to demonstrate that – to be in some degree of similar. The analyses begins by an investigation of the aesthetic mode of living present on the theme of the seducer; then, it proposes a contraposition to the negative aspect of the seducer by presenting a possible positive aspect of him; finally, it presents the conflicts between aesthetic and ethics, concluding, then, by the demonstration of the advantages that this interpretative hypothesis offers when compared to the rigid deontological hypothesis – which, I believe to have demonstrated, finds problems when compared to fundamental elements of Kierkegaard’s thoughtapplication/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em FilosofiaUFRRJBrasilInstituto de Ciências Humanas e SociaisKierkegaardDostoiévskiTeoria dos modos de vidaPerspectivismo éticoKierkegaardDostoevskyTheory of stages of lifeEthical perspectivismFilosofiaOs modos de vida – uma teoria perspectiva: uma aproximação entre as obras de Dostoiévski e Kierkegaard-info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisALEKSIÉVITCH, Svetlana – O fim do homem soviético. Tradução de Lucas Simone. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. 208 Do próprio Bakhtin, Problemas da poética de Dostoiévski, e uma dezena de interpretações. O leitor poderá encontrar, certamente, alguma que o agrade. 103 ALEKSIÉVITCH, Svetlana – A guerra não tem rosto de mulher. Tradução de Cecília Rosas. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. ARAGORN – Nihilism, Anarchy, and the 21st century. Disponível on-line em http://theanarchistlibrary.org/library/aragorn-nihilism-anarchy-and-the-21st-century BEST, Steven e KELLNER, Douglas - The postmodern turn. The Guildford Press, 1997. BYRON, George Gordon Noel – Manfred. New York, P.F. Collier & Son, 1909 – 1914. CAMUS, Albert – O Mito de Sísifo. Tradução de Ari Roitman e Paulina Watch. Rio de Janeiro: Editora Record, 2010. CHAMBERLIN, Jane e RÉE, Jonathan – The Kierkegaard Reader. Oxford: Blackwell, 2001. CHRISTENSEN, A.M. - Depending on ethics: Kierkegaard’s view of philosophy and beyond in Res Cogitans, vol. 4, 2007. 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dc.relation.references.por.fl_str_mv ALEKSIÉVITCH, Svetlana – O fim do homem soviético. Tradução de Lucas Simone. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. 208 Do próprio Bakhtin, Problemas da poética de Dostoiévski, e uma dezena de interpretações. O leitor poderá encontrar, certamente, alguma que o agrade. 103 ALEKSIÉVITCH, Svetlana – A guerra não tem rosto de mulher. Tradução de Cecília Rosas. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. ARAGORN – Nihilism, Anarchy, and the 21st century. Disponível on-line em http://theanarchistlibrary.org/library/aragorn-nihilism-anarchy-and-the-21st-century BEST, Steven e KELLNER, Douglas - The postmodern turn. The Guildford Press, 1997. BYRON, George Gordon Noel – Manfred. New York, P.F. Collier & Son, 1909 – 1914. CAMUS, Albert – O Mito de Sísifo. Tradução de Ari Roitman e Paulina Watch. Rio de Janeiro: Editora Record, 2010. CHAMBERLIN, Jane e RÉE, Jonathan – The Kierkegaard Reader. Oxford: Blackwell, 2001. CHRISTENSEN, A.M. - Depending on ethics: Kierkegaard’s view of philosophy and beyond in Res Cogitans, vol. 4, 2007. DE OLIVEIRA, CÁSSIA C. C. - Dostoiévksi e o niilismo russo. In Revista Interações, Minas Gerais: Editora PUC-Minas, 2012. DOSTOIEVSKAIA – Anna G. – Meu marido Dostoiévski. Tradução de Zola Prestes. Rio de Janeiro: Editora Mauad. 1999. DOSTOIÉVSKI, Fiódor – Bóbok. Tradução de Paulo Bezerra. São Paulo: Editora 34, 2012. DOSTOIÉVSKI, Fiódor – Correspondências 1832-1880. Tradução de Robertson Frizero. Porto Alegre: Editora 8Inverso, 2011. DOSTOIÉVSKI, Fiódor – Diário de um escritor (1873). Tradução de Moissei e Daniela Mountian. São Paulo: Editora Hedra, 2016. DOSTOIÉVSKI, Fiódor – Memórias do subsolo. Tradução de Boris Schnaiderman. São Paulo: Editora 34, 2000. DOSTOIÉVSKI, Fiódor – O Crocodilo e Notas de inverno sobre as impressões de verão. Tradução de Boris Schnaiderman. São Paulo: Editora 34, 2011. DOSTOIÉVSKI, Fiódor – Os Demônios. Tradução de Paulo Bezerra. São Paulo: Editora 34, 2004. FLEISCHER, Margot e HENNIGFELD, Jochem (orgs.) – Filósofos do Século XIX. Tradução de Dankwart Bernsmüller. Rio Grande do Sul: Editora UNISINOS, 2000. 104 FRANK, Joseph – Dostoiévski – As Sementes da Revolta 1821 - 1849. Tradução de Vera Pereira. São Paulo: EDUSP, 2008. FRANK, Joseph – Dostoiévski – Os Anos de Provação 1850 - 1859. Tradução de Vera Pereira. São Paulo: EDUSP, 2008. FRANK, Joseph – Dostoiévski – Os Efeitos da Libertação 1860 - 1865. Tradução de Geraldo Gérson de Souza. São Paulo: EDUSP, 2013. FRANK, Joseph – Dostoiévski – Os Anos Milagrosos 1865 - 1871. Tradução de Geraldo Gérson de Souza. São Paulo: EDUSP, 2013. FRANK, Joseph – Dostoiévski – O Manto do Profeta 1871 - 1881. Tradução de Geraldo Gérson de Souza. São Paulo: EDUSP, 2013. HABERMAS, Jürgen – Teoria do agir comunicativo. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes. 2012. KAUFMANN, Walter – Existentialism from Dostoevsky to Sartre. New York: Meridian Books, 1956. KIERKEGAARD, Soren – Diário de um sedutor in Col. Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1979. LUKÁCS, Georgy – A teoria do romance. Tradução, posfácio e notas de José Marcos Mariani de Macedo.. São Paulo: Editora 34, 2000. MATUSTIK, Martin J. – Kierkegaard in post/modernity. Indiana Press University, 2005. NECHAYEV, Sergei – Cathecism of the revolutionist. Londres: Aldgate Press, 1989. NIETZSCHE, Friedrich – Genealogia da moral. Tradução, posfácio e notas de Paulo César Lima de Souza São Paulo: Companhia das Letras,2009. PUENTE, Fernando R. (org.) - Os filósofos e o suicídio. Minas Gerais: Editora UFMG, 2008. ULAM, Adam B. – Os Bolcheviques. Tradução de Francisco Manoel da Rocha Filho e Archibaldo Figueira. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1965. 105
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