Uso de anfotericina b intralesional ou subcutânea associada ao itraconazol oral para o tratamento da esporotricose felina.
| Autor(a) principal: | |
|---|---|
| Data de Publicação: | 2019 |
| Tipo de documento: | Dissertação |
| Idioma: | por |
| Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
| Texto Completo: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14085 |
Resumo: | A esporotricose felina é uma micose de caráter zoonótico de grande importância para Medicina Felina do Brasil. O tratamento e a cura clínica dos animais doentes desempenha um papel importante para Saúde Pública nos últimos anos. A monoterapia com o itraconazol é o tratamento escolha para esporotricose felina. Alguns animais permanecem em tratamento por longo período com uso do itraconazol oral, apresentando persistência de lesões e acarretando em um tratamento de alto custo. A aplicação da anfotercicina B por via intralesional ou subcutânea associada ao itraconazol é uma possibilidade terapêutica para a esporotriocose em gatos. No entanto existem poucos dados em literatura sobre a eficácia e os efeitos adversos do uso da anfotericina B por estas vias de administração. O objetivo deste estudo é avaliar a eficácia da associação terapêutica entre a anfotericina B por via intralesional ou subcutânea ao itraconazol oral em gatos com esporotricose refratários a monoterapia ou com lesões recorrentes. E descrever os efeitos adversos desta associação terapêutica. Um total de 14 gatos foram inclusos no estudo. Todos os animais foram atendidos no Setor de Felinos do HVPA da UFRRJ. Os animais foram divididos em dois grupos de acordo com os critérios de inclusão. Todos os animais do grupo 1 receberam a aplicação semanal da anfotericina B por via intralesional sob efeito de sedação. E os animais do grupo 2 receberam a aplicação semanal da anfotericina B por via subcutânea. O itraconazol foi realizado durante todo o protocolo com a anfotericina B e mantido por mais trinta dias após o término do mesmo. Os animais foram acompanhados semanalmente e submetidos a realização de exame clínico e laboratoriais. No grupo 1 três eram fêmeas e quatro machos, e apenas um gato macho não era castrado. Apenas um animal era positivo para o FIV. Cinco dos sete gatos apresentavam lesão na região nasal e 71,4% das lesões com característica nodular. Foram realizadas máximo de 5 aplicações da anfotericina B e o volume máximo utilizado por aplicação foi de 1ml (5mg/gato). A cura clínica ocorreu em 85,7% (6/7). Os efeitos adversos no local da aplicação foram: desconforto no local no momento da aplicação, edema local imediato, edema local tardio e abscesso. Não foi encontrada variação significativa no peso dos gatos durante o tratamento com p > 0,05. Não foram encontradas variações significativas nos valores dos exames laboratoriais de ureia, creatinina, ALT, albumina, GGT urinária, PRCU, densidade urinária e hematócrito com p > 0,05. O SDMA aumentou em apenas um animal após o tratamento com a anfotericina B e não foi associada a azotemia. No grupo 2 três eram fêmeas e quatro machos, e apenas dois gatos machos eram inteiros. Quatro dos sete animais apresentavam lesão na região nasal. Foram realizadas no máximo de 5 aplicações da anfotericina B. A cura clínica ocorreu em 42,9% (3/7). Não foi encontrada variação significativa no peso dos gatos durante o tratamento com p > 0,05. O abscesso estéril foi o único efeito adverso local encontrado. Não foram encontradas variações significativas nos valores de ureia, creatinina, ALT, albumina, GGT urinária, PRCU, hematócrito com p > 0,05. Ocorreu uma variação significativa nos valores da densidade urinária com p < 0,05 durante o tratamento. O SDMA aumentou em conjunto com a azotemia em um animal após o tratamento com a anfotericina B. O uso da anfotericina B pelas vias subcutânea e intralesional associada ao itraconazol demonstrou ser uma boa associação terapêutica para o tratamento da esporotricose felina. No entanto é indispensável o acompanhamento laboratorial com o uso da anfotericina B em gatos mesmo por essas vias alternativas. O uso da anfotericina B pela via subcutânea foi capaz de causar injúria renal com o desenvolvimento de insuficiência renal crônica em um gato. |
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Santos, Carla Regina Gomes RodriguesSouza, Heloisa Justen Moreira de946.916.307-91http://lattes.cnpq.br/6684463877522156Souza, Heloísa Justen Moreira deBaldani, Cristiane DivanGremião, Isabella Dib Ferreira095.929.927-03http://lattes.cnpq.br/11709826757347472023-12-22T02:56:26Z2023-12-22T02:56:26Z2019-02-20SANTOS, Carla Regina Gomes Rodrigues. Uso de anfotericina b intralesional ou subcutânea associada ao itraconazol oral para o tratamento da esporotricose felina. 2019. 54 f. Dissertação (Mestrado em Medicina Veterinária, Ciências Clínicas) - Instituto de Veterinária, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 2019.https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14085A esporotricose felina é uma micose de caráter zoonótico de grande importância para Medicina Felina do Brasil. O tratamento e a cura clínica dos animais doentes desempenha um papel importante para Saúde Pública nos últimos anos. A monoterapia com o itraconazol é o tratamento escolha para esporotricose felina. Alguns animais permanecem em tratamento por longo período com uso do itraconazol oral, apresentando persistência de lesões e acarretando em um tratamento de alto custo. A aplicação da anfotercicina B por via intralesional ou subcutânea associada ao itraconazol é uma possibilidade terapêutica para a esporotriocose em gatos. No entanto existem poucos dados em literatura sobre a eficácia e os efeitos adversos do uso da anfotericina B por estas vias de administração. O objetivo deste estudo é avaliar a eficácia da associação terapêutica entre a anfotericina B por via intralesional ou subcutânea ao itraconazol oral em gatos com esporotricose refratários a monoterapia ou com lesões recorrentes. E descrever os efeitos adversos desta associação terapêutica. Um total de 14 gatos foram inclusos no estudo. Todos os animais foram atendidos no Setor de Felinos do HVPA da UFRRJ. Os animais foram divididos em dois grupos de acordo com os critérios de inclusão. Todos os animais do grupo 1 receberam a aplicação semanal da anfotericina B por via intralesional sob efeito de sedação. E os animais do grupo 2 receberam a aplicação semanal da anfotericina B por via subcutânea. O itraconazol foi realizado durante todo o protocolo com a anfotericina B e mantido por mais trinta dias após o término do mesmo. Os animais foram acompanhados semanalmente e submetidos a realização de exame clínico e laboratoriais. No grupo 1 três eram fêmeas e quatro machos, e apenas um gato macho não era castrado. Apenas um animal era positivo para o FIV. Cinco dos sete gatos apresentavam lesão na região nasal e 71,4% das lesões com característica nodular. Foram realizadas máximo de 5 aplicações da anfotericina B e o volume máximo utilizado por aplicação foi de 1ml (5mg/gato). A cura clínica ocorreu em 85,7% (6/7). Os efeitos adversos no local da aplicação foram: desconforto no local no momento da aplicação, edema local imediato, edema local tardio e abscesso. Não foi encontrada variação significativa no peso dos gatos durante o tratamento com p > 0,05. Não foram encontradas variações significativas nos valores dos exames laboratoriais de ureia, creatinina, ALT, albumina, GGT urinária, PRCU, densidade urinária e hematócrito com p > 0,05. O SDMA aumentou em apenas um animal após o tratamento com a anfotericina B e não foi associada a azotemia. No grupo 2 três eram fêmeas e quatro machos, e apenas dois gatos machos eram inteiros. Quatro dos sete animais apresentavam lesão na região nasal. Foram realizadas no máximo de 5 aplicações da anfotericina B. A cura clínica ocorreu em 42,9% (3/7). Não foi encontrada variação significativa no peso dos gatos durante o tratamento com p > 0,05. O abscesso estéril foi o único efeito adverso local encontrado. Não foram encontradas variações significativas nos valores de ureia, creatinina, ALT, albumina, GGT urinária, PRCU, hematócrito com p > 0,05. Ocorreu uma variação significativa nos valores da densidade urinária com p < 0,05 durante o tratamento. O SDMA aumentou em conjunto com a azotemia em um animal após o tratamento com a anfotericina B. O uso da anfotericina B pelas vias subcutânea e intralesional associada ao itraconazol demonstrou ser uma boa associação terapêutica para o tratamento da esporotricose felina. No entanto é indispensável o acompanhamento laboratorial com o uso da anfotericina B em gatos mesmo por essas vias alternativas. O uso da anfotericina B pela via subcutânea foi capaz de causar injúria renal com o desenvolvimento de insuficiência renal crônica em um gato.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorFeline sporotrichosis is a fungus infection and a zoonosis very important in feline medicine in Brazil. The treatment and clinical healing of the affected animals is a major part of public health care in the last few years. Treating the disease only with itraconazole is the common choice of the veterinarians. Some animals can be enrolled with this treatment for long periods, still presenting clinical signs of the sporotrichosis and leading to a high cost to the owners. The intralesional use of amphotericin B or subcutaneous associated with oral itraconazole is a possibility of treatment for cats. However, there are few datas about its efficacy and adverse effects through this way of administration. This study main goal is to evaluate the efficacy of associating oral itraconazole with intralesional or subcutaneous use of amphotericin B in cats with resistant sporotrichosis or with recurrent symptoms. Also, describe the adverse effects of this therapeutic association. A total of 14 cats were included in the study. All of the animals were patients of the feline sector of HVPA of UFRRJ. The animals were divided in two groups according to the inclusion profile. Group 1 were the animals that received intralesional amphotericin B weekly under general anesthetics. Group 2 included animals that received subcutaneous treatment with amphotericin B weekly. During the entire treatment itraconazole was used per oral, and after the end of amphotericin protocol, was kept the itraconazole for another 30 days. Both groups were examined weekly and collected samples for laboratory exams. Group 1 had 3 females and 4 males, only one male cat wasn´t neutered. Only one was FIV positive. Five of the seven cats had nasal lesions and 71,4% of that were nodular. Were performed maximum of five applications of amphotericin B and the highest volume per dose was 1ml (5mg/cat). Clinical resolution was possible in 85,7% (6/7). Local side effects included: local discomfort, immediate edema, later edema and abscess. Weight variance was not significant during treatment (p>0,05). There was no significant changes in the lab results of urea, creatinine, ALT, albumin, urinary GGT, PCUR, urinary density and hematocrit (p>0,05). SDMA was high only in one cat after treatment with amphotericin B and there was no azotemia associated with it. Group 2 had 3 females and 4 males, just 2 males weren´t neutered. Four of the seven animals had nasal lesions. The maximum protocol with amphotericin B were 5 applications. Clinical healing was possible in 42,9% (3/7). There was no significant change on weights during the treatment (p>0,05). Sterile abscess was the only local side effect. There was no significant changes in lab results of urea, creatinine, ALT, albumin, urinary GGT, PCUR and hematocrit (p>0,05). There was one significant variation of urinary density (p<0,05) during the treatment. SDMA was higher with azotemia in one animal after the use of amphotericin B. The use of intralesional or subcutaneous amphotericin B associated with itraconazole showed efficacy in feline sporotrichosis treatment. However, it is very important to make regular exams to make sure the animal does not have side effects of amphotericin B use, even through these alternative ways of administration. The subcutaneous use of amphotericin B caused kidney injury with the development of chronic kidney disease in one cat.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)UFRRJBrasilInstituto de Veterináriafelinoscomplexo Sporothrix schenckiirefratáriorecidivafelineSporothrix schenckii complexrefractoryrecurrentMedicina VeterináriaUso de anfotericina b intralesional ou subcutânea associada ao itraconazol oral para o tratamento da esporotricose felina.Use of amphotericin b intralesional or subcutaneous associated with itraconazole per oral as a treatment of feline sporotrichosis.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisALMEIDA, T. L. A. C. Análises laboratoriais: principais alterações e como interpretá-las. In: SANTOS, K. K. F. Guia Prático de Nefrologia em Cães e Gatos. 1. ed. Rio de Janeiro: L. F. Livros, 2014. p. 143-156. ALMEIDA-PAES, R.; FRASES, S.; ARAUJO, G. 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A.; KUBITSCHEK-BARREIRA, P. H.; TEIXEIRA, P. A. C.; SANCHES, G. F.; TEIXEIRA, M. M.; QUINTELLA, L. P.; ALMEIDA, S. R.; COSTA, R. O.; CAMARGO, Z. P.; FELIPE, M. S. S.; DE SOUZA, W.; LOPES-BEZERRA, L. M. Differences in Cell Morphometry, Cell Wall Topography and Gp70 Expression Correlate with the Virulence of Sporothrix brasiliensis Clinical Isolates. PLOS ONE, v. 8, n. 10, p. e75656, 7, 2013. CHAKRABARTI, A.; BONIFAZ, A.; GUTIERREZ-GALHARDO, M. C.; MOCHIZUKI, T.; LI, S. Global epidemiology of sporotrichosis. Medical Mycology, v. 53, n. 1 p. 3-14, 2015. CHAVES, A. R.; CAMPOS, M. P.; BARROS, M. B. L.; CARMO, C. N.; GREMIÃO, I. D. F.; PEREIRA, S. A.; SCHUBACH, T. M. P. Treatment Abandonment in Feline Sporotrichosis – Study of 147 Cases. Zoonoses and Public Health, v. 60, n. 2, p. 149–153, 2013. CROTHERS, S. L.; WHITE, S. D.; IHRKE, P. J.; AFFOLTER VK. Sporotrichosis: a retrospective evaluation of 23 cases seen in northern California (1987-2007). 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A esporotricose felina é uma micose de caráter zoonótico de grande importância para Medicina Felina do Brasil. O tratamento e a cura clínica dos animais doentes desempenha um papel importante para Saúde Pública nos últimos anos. A monoterapia com o itraconazol é o tratamento escolha para esporotricose felina. Alguns animais permanecem em tratamento por longo período com uso do itraconazol oral, apresentando persistência de lesões e acarretando em um tratamento de alto custo. A aplicação da anfotercicina B por via intralesional ou subcutânea associada ao itraconazol é uma possibilidade terapêutica para a esporotriocose em gatos. No entanto existem poucos dados em literatura sobre a eficácia e os efeitos adversos do uso da anfotericina B por estas vias de administração. O objetivo deste estudo é avaliar a eficácia da associação terapêutica entre a anfotericina B por via intralesional ou subcutânea ao itraconazol oral em gatos com esporotricose refratários a monoterapia ou com lesões recorrentes. E descrever os efeitos adversos desta associação terapêutica. Um total de 14 gatos foram inclusos no estudo. Todos os animais foram atendidos no Setor de Felinos do HVPA da UFRRJ. Os animais foram divididos em dois grupos de acordo com os critérios de inclusão. Todos os animais do grupo 1 receberam a aplicação semanal da anfotericina B por via intralesional sob efeito de sedação. E os animais do grupo 2 receberam a aplicação semanal da anfotericina B por via subcutânea. O itraconazol foi realizado durante todo o protocolo com a anfotericina B e mantido por mais trinta dias após o término do mesmo. Os animais foram acompanhados semanalmente e submetidos a realização de exame clínico e laboratoriais. No grupo 1 três eram fêmeas e quatro machos, e apenas um gato macho não era castrado. Apenas um animal era positivo para o FIV. Cinco dos sete gatos apresentavam lesão na região nasal e 71,4% das lesões com característica nodular. Foram realizadas máximo de 5 aplicações da anfotericina B e o volume máximo utilizado por aplicação foi de 1ml (5mg/gato). A cura clínica ocorreu em 85,7% (6/7). Os efeitos adversos no local da aplicação foram: desconforto no local no momento da aplicação, edema local imediato, edema local tardio e abscesso. Não foi encontrada variação significativa no peso dos gatos durante o tratamento com p > 0,05. Não foram encontradas variações significativas nos valores dos exames laboratoriais de ureia, creatinina, ALT, albumina, GGT urinária, PRCU, densidade urinária e hematócrito com p > 0,05. O SDMA aumentou em apenas um animal após o tratamento com a anfotericina B e não foi associada a azotemia. No grupo 2 três eram fêmeas e quatro machos, e apenas dois gatos machos eram inteiros. Quatro dos sete animais apresentavam lesão na região nasal. Foram realizadas no máximo de 5 aplicações da anfotericina B. A cura clínica ocorreu em 42,9% (3/7). Não foi encontrada variação significativa no peso dos gatos durante o tratamento com p > 0,05. O abscesso estéril foi o único efeito adverso local encontrado. Não foram encontradas variações significativas nos valores de ureia, creatinina, ALT, albumina, GGT urinária, PRCU, hematócrito com p > 0,05. Ocorreu uma variação significativa nos valores da densidade urinária com p < 0,05 durante o tratamento. O SDMA aumentou em conjunto com a azotemia em um animal após o tratamento com a anfotericina B. O uso da anfotericina B pelas vias subcutânea e intralesional associada ao itraconazol demonstrou ser uma boa associação terapêutica para o tratamento da esporotricose felina. No entanto é indispensável o acompanhamento laboratorial com o uso da anfotericina B em gatos mesmo por essas vias alternativas. O uso da anfotericina B pela via subcutânea foi capaz de causar injúria renal com o desenvolvimento de insuficiência renal crônica em um gato. |
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SANTOS, Carla Regina Gomes Rodrigues. Uso de anfotericina b intralesional ou subcutânea associada ao itraconazol oral para o tratamento da esporotricose felina. 2019. 54 f. Dissertação (Mestrado em Medicina Veterinária, Ciências Clínicas) - Instituto de Veterinária, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 2019. |
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