Ecologia de larvas infectantes de ciatostomíneos (Nematoda - Cyathostominae) de eqüinos, em gramínea coast cross (Cynodon dactylon) irrigada e não irrigada em Seropédica, RJ, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Chambarelli, Melissa Carvalho Machado do Couto
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
Texto Completo: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11886
Resumo: O conhecimento do grau de contaminação das pastagens pelas larvas infectantes de ciatostomíneos é importante para os propósitos epidemiológicos, determinando o risco de infecção para os eqüinos e podendo também auxiliar no estabelecimento de estratégias de controle integrado. O estudo foi elaborado em três partes: a primeira relata o estudo da dinâmica migratória e a sobrevivência de larvas infectantes de ciatostomíneos em pastagem coast cross durante 12 meses. Para este estudo foram coletados amostras de fezes e gramínea com intervalos regulares de sete dias em três horários diferentes (8, 13 e 17 horas). As amostras foram pesadas e processadas segundo a técnica de Baermann. A sobrevivência das L3 foi de até 15 semanas nas fezes e 12 semanas na gramínea no período seco e de nove e oito semanas respectivamente para o período chuvoso. No período chuvoso, maior número de L3 foi recuperado nas fezes e no período seco na gramínea. Não foi observada diferença significativa entre os horários de coleta pela análise não paramétrica de Kruskal-Wallis. Na segunda parte experimental foi estudada a ecologia das larvas infectantes de ciatostomíneos por 24 meses. Durante este período, foram realizados coletas semanais de fezes e gramínea (ápice e base). O processamento das amostras seguiu o mesmo protocolo realizado na primeira parte do experimento. Nas fezes as L3 sobreviveram por até 15 semanas, ocorrendo uma maior recuperação das larvas durante o período chuvoso (46.228 kg-1.ms). Na gramínea, a sobrevivência foi de até 12 semanas. A recuperação das L3 foi mais intensa durante o período seco na base (1.868 kg-1.ms) e no ápice (809 kg-1.ms) da gramínea. A migração das L3 das fezes para a gramínea variou durante todo o período. A última parte do estudo observou a migração de larvas infectantes de ciatostomíneos em pastagem coast cross irrigada e não irrigada durante as quatro estações do ano. Massas fecais, de eqüinos naturalmente infectados foram depositadas nos canteiros de coast cross no início de cada estação.A amostragem de fezes e gramínea foi realizada quinzenalmente em dois horários distintos (8 e 17 horas) até o final de cada estação, no período de setembro/2007 a setembro/2008. O processamento das amostras foi o mesmo descrito na primeira parte experimental. O teste não paramétrico de Kruskal Wallis evidenciou uma diferença significativa na recuperação de larvas infectantes entre as estações do ano. Não foi observada uma variação significativa na recuperação de L3 nos diferentes horários de coleta. Os resultados sugerem que em condições tropicais de Baixada Fluminense, RJ os animais estão em permanente risco de infecção.
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Dissertação (Mestrado em Ciências Veterinárias) - Instituto de Veterinária, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica - RJ, 2008.https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11886O conhecimento do grau de contaminação das pastagens pelas larvas infectantes de ciatostomíneos é importante para os propósitos epidemiológicos, determinando o risco de infecção para os eqüinos e podendo também auxiliar no estabelecimento de estratégias de controle integrado. O estudo foi elaborado em três partes: a primeira relata o estudo da dinâmica migratória e a sobrevivência de larvas infectantes de ciatostomíneos em pastagem coast cross durante 12 meses. Para este estudo foram coletados amostras de fezes e gramínea com intervalos regulares de sete dias em três horários diferentes (8, 13 e 17 horas). As amostras foram pesadas e processadas segundo a técnica de Baermann. A sobrevivência das L3 foi de até 15 semanas nas fezes e 12 semanas na gramínea no período seco e de nove e oito semanas respectivamente para o período chuvoso. No período chuvoso, maior número de L3 foi recuperado nas fezes e no período seco na gramínea. Não foi observada diferença significativa entre os horários de coleta pela análise não paramétrica de Kruskal-Wallis. Na segunda parte experimental foi estudada a ecologia das larvas infectantes de ciatostomíneos por 24 meses. Durante este período, foram realizados coletas semanais de fezes e gramínea (ápice e base). O processamento das amostras seguiu o mesmo protocolo realizado na primeira parte do experimento. Nas fezes as L3 sobreviveram por até 15 semanas, ocorrendo uma maior recuperação das larvas durante o período chuvoso (46.228 kg-1.ms). Na gramínea, a sobrevivência foi de até 12 semanas. A recuperação das L3 foi mais intensa durante o período seco na base (1.868 kg-1.ms) e no ápice (809 kg-1.ms) da gramínea. A migração das L3 das fezes para a gramínea variou durante todo o período. A última parte do estudo observou a migração de larvas infectantes de ciatostomíneos em pastagem coast cross irrigada e não irrigada durante as quatro estações do ano. Massas fecais, de eqüinos naturalmente infectados foram depositadas nos canteiros de coast cross no início de cada estação.A amostragem de fezes e gramínea foi realizada quinzenalmente em dois horários distintos (8 e 17 horas) até o final de cada estação, no período de setembro/2007 a setembro/2008. O processamento das amostras foi o mesmo descrito na primeira parte experimental. O teste não paramétrico de Kruskal Wallis evidenciou uma diferença significativa na recuperação de larvas infectantes entre as estações do ano. Não foi observada uma variação significativa na recuperação de L3 nos diferentes horários de coleta. Os resultados sugerem que em condições tropicais de Baixada Fluminense, RJ os animais estão em permanente risco de infecção.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESThe knowledge of cyathostomin infective larvae population level presents onto pasture is important to epidemiological purposes, estimating parasitic risk infection to horses and helping on setting up integrated control programs. The present study was elaborated in three parts: first is about the migratory dynamic and survival of cyathostomin infective larvae on Bermuda grass pasture for 12 months. Feces and grass samples were collected weekly at 8 a.m., 1 p.m. and 5 p.m. The samples were weighted and processed by Baermann technique. Higher survival of L3 was found at dry season, 15 and 12 weeks on feces and sward respectively, at rainy season the survival was smaller. The infective larvae were recovered during three times and the Kruskal-Wallis test did not present significance among them. At the second part, the ecology of cyathostomin infective larvae was studied for 24 months. During this period, samples of feces and grass (apex and base) were collected weekly. Samples were processed the same way as in the first part of the study. In the feces, cyathostomin L3 survived for up to 15 weeks, with higher recovery during the rainy period (46,228 kg-1.dh) and on the grass for up to 12 weeks. The recovery of L3 was greater during the dry period in the grass base (1,868 kg-1.dh) rather than in the apex (809 kg-1.dh). The L3 migration from feces to grass varied during the period. The last part of the study is about the effect of irrigation on cyathostomin infective larvae migration in Bermuda grass pasture during the four seasons of the year. Fecal masses of naturally infected horses were placed on Bermuda grass pasture at the beginning of each season. Samples of feces and grass were collected every two weeks at 8 a.m. and 5 p.m. until the end of each season from September/2007 to September/2008. Samples were processed the same way as in the first part of the study. The Kruskal-Wallis non parametric test showed a significant difference for L3 recovery in each season. The test did not present significance between the two times sampling. These results suggest that in conditions of Baixada Fluminense tropical climate horses are in permanent risk of infection.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Ciências VeterináriasUFRRJBrasilInstituto de VeterináriaCiatostomíneoscoast crossmigraçãoCyathostominBermuda grassmigrationMedicina VeterináriaEcologia de larvas infectantes de ciatostomíneos (Nematoda - Cyathostominae) de eqüinos, em gramínea coast cross (Cynodon dactylon) irrigada e não irrigada em Seropédica, RJ, BrasilThe effect of irrigation in ecology of cyathostomin infective larvae (Nematoda - Cyathostominae) of horses, in Bermuda grass pasture (Cynodon dactylon) in Seropédica, RJ, Brazilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttps://tede.ufrrj.br/retrieve/59755/2008%20-%20Melissa%20Carvalho%20Machado%20do%20Couto%20Chambarelli.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/jspui/handle/tede/765Made available in DSpace on 2016-04-28T20:15:31Z (GMT). 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