Malária aviária em Spheniscus magellanicus Forster, 1781, originários da Patagônia recolhidos na costa brasileira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Duarte, Aline Falqueto
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
Texto Completo: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11950
Resumo: A malária aviária é uma importante doença em pinguins de cativeiro e em seu ambiente natural, e atualmente é considerada a principal causa de morte nesta espécie. A presente pesquisa teve como objetivo avaliar a presença de malária aviária em pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) recém chegados à Fundação Zoológico do Rio de Janeiro (RIOZOO) após terem sido recolhidos nas praias do Rio de Janeiro e regiões limítrofes. Para o estudo, foram amostradas 44 aves mantidas na Fundação RIOZOO. As aves foram observadas quanto à presença de parasitos e de sinais clínicos relacionados a esses, além disso, analisou-se a prevalência, parasitemia, morfologia e morfometria dos parasitos encontrados. Para confirmar o diagnóstico, realizou-se a técnica molecular de reação em cadeia da polimerase (PCR) com o gene mitocondrial genérico para Plasmodium, Haemoproteus e Leucocytozoon para as cinco aves mais parasitadas; a diferenciação entre os gêneros foi realizada por meio da técnica de PCR-RFLP. Quatro amostras positivas foram enviadas para sequenciamento e o resultado obtido foi comparado com outras sequências do gene mitocondrial do GenBank, o que serviu para construção da árvore filogenética. O estado de saúde geral das aves era grave, apresentando-se prostradas, anêmicas e com fezes de coloração esverdeada. A análise dos esfregaços sanguíneos das aves amostradas revelou a presença de formas evolutivas parasitando eritrócitos, sugestivo de parasitos do gênero Plasmodium. Dos 44 pinguins-de-magalhães amostrados 21 estavam parasitados, apresentando prevalência de 47,73%. A parasitemia mais elevada foi de 6,1%. Foram encontrados todas as formas evolutivas de plasmódios:gametócitos, trofozoítos e esquizontes. Morfologicamente, os trofozoítos apresentaram-se ovais ou piriformes, os esquizontes irregularmente esféricos com cerca de 14 merozoítos por esquizontes, os macrogametócitos e microgametócitos apresentavam formato arredondado ou alongado, prevalecendo as formas alongadas. Morfométricamente, os macrogametócitos apresentaram comprimento médio de 10,16 ± 1,48 μm e largura média de 2,40 ± 0,72 μm; os microgametócitos apresentaram comprimento médio de 11 ± 1,03 μm e largura média de 2,04 ± 0,27 μm; os trofozoítos apresentaram 2,14μm para o diâmetro maior e 1,46μm para o diâmetro menor, e os esquizontes apresentaram como diâmetro maior 9,14μm e 8μm como diâmetro menor. Na PCR um fragmento de aproximadamente 160 pares de base foi amplicado, e a diferenciação entre os gêneros confirmou se tratar do gênero Plasmodium. O sequenciamento revelou que provavelmente ocorre uma co-infecção de parasitos do gênero Plasmodium e que uma das espécies envolvidas é Plasmodium relictum.
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spelling Duarte, Aline FalquetoMassard, Carlos Luiz257.781.297-34http://lattes.cnpq.br/7743112049924654Vashist, UshaD´agosto, Marta TavaresFonseca, Advaldo Henrique da104.983.917-01http://lattes.cnpq.br/56223383427976322023-12-22T01:59:21Z2023-12-22T01:59:21Z2012-03-09DUARTE, Aline Falqueto. Malária aviária em Spheniscus magellanicus Forster, 1781, originários da Patagônia recolhidos na costa brasileira. 2012. 33 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Veterinárias) - Instituto de Veterinária, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2012.https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11950A malária aviária é uma importante doença em pinguins de cativeiro e em seu ambiente natural, e atualmente é considerada a principal causa de morte nesta espécie. A presente pesquisa teve como objetivo avaliar a presença de malária aviária em pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) recém chegados à Fundação Zoológico do Rio de Janeiro (RIOZOO) após terem sido recolhidos nas praias do Rio de Janeiro e regiões limítrofes. Para o estudo, foram amostradas 44 aves mantidas na Fundação RIOZOO. As aves foram observadas quanto à presença de parasitos e de sinais clínicos relacionados a esses, além disso, analisou-se a prevalência, parasitemia, morfologia e morfometria dos parasitos encontrados. Para confirmar o diagnóstico, realizou-se a técnica molecular de reação em cadeia da polimerase (PCR) com o gene mitocondrial genérico para Plasmodium, Haemoproteus e Leucocytozoon para as cinco aves mais parasitadas; a diferenciação entre os gêneros foi realizada por meio da técnica de PCR-RFLP. Quatro amostras positivas foram enviadas para sequenciamento e o resultado obtido foi comparado com outras sequências do gene mitocondrial do GenBank, o que serviu para construção da árvore filogenética. O estado de saúde geral das aves era grave, apresentando-se prostradas, anêmicas e com fezes de coloração esverdeada. A análise dos esfregaços sanguíneos das aves amostradas revelou a presença de formas evolutivas parasitando eritrócitos, sugestivo de parasitos do gênero Plasmodium. Dos 44 pinguins-de-magalhães amostrados 21 estavam parasitados, apresentando prevalência de 47,73%. A parasitemia mais elevada foi de 6,1%. Foram encontrados todas as formas evolutivas de plasmódios:gametócitos, trofozoítos e esquizontes. Morfologicamente, os trofozoítos apresentaram-se ovais ou piriformes, os esquizontes irregularmente esféricos com cerca de 14 merozoítos por esquizontes, os macrogametócitos e microgametócitos apresentavam formato arredondado ou alongado, prevalecendo as formas alongadas. Morfométricamente, os macrogametócitos apresentaram comprimento médio de 10,16 ± 1,48 μm e largura média de 2,40 ± 0,72 μm; os microgametócitos apresentaram comprimento médio de 11 ± 1,03 μm e largura média de 2,04 ± 0,27 μm; os trofozoítos apresentaram 2,14μm para o diâmetro maior e 1,46μm para o diâmetro menor, e os esquizontes apresentaram como diâmetro maior 9,14μm e 8μm como diâmetro menor. Na PCR um fragmento de aproximadamente 160 pares de base foi amplicado, e a diferenciação entre os gêneros confirmou se tratar do gênero Plasmodium. O sequenciamento revelou que provavelmente ocorre uma co-infecção de parasitos do gênero Plasmodium e que uma das espécies envolvidas é Plasmodium relictum.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, CAPES, Brasil.The avian malaria is an important disease in captive and free living penguins and is currently considered the leading cause of death in this species. Due to the knowledge lack of avian malaria parasite in Spheniscus magellanicus this research aimed to evaluate the presence of avian malaria in specimens newcomers to the Zoological Foundation of Rio de Janeiro (RIOZOO) after being collected on the Rio de Janeiro beaches and neighboring regions. For this study, 44 Magellanic penguins kept in RIOZOO Foundation were sampled. The birds were observed for the presence of parasites and clinical signs related to these, in addition, the prevalence, parasitaemia, morphology and morphometry of the parasites found were analyzed. To confirm the morphological and morphometric characterization molecular technique of polymerase chain reaction (PCR) was carried out with the mitochondrial gene for generic Plasmodium, Haemoproteus and Leucocytozoon for five birds most affected; differentiation between the genus was performed by PCR-RFLP. Four positive samples were submitted for sequencing and the result was compared with other mitochondrial gene sequences from GenBank, which served to construct the phylogenetic tree. The general health of the birds was serious, showed prostrate with loose stools and anemia. The analysis of blood smears from birds sampled revealed the presence of parasitized erythrocytes evolutionary forms, suggestive of parasites of the genus. Of the 44 Magellanic penguins sampled 21 were parasitized, with prevalence of 47.73%. The higher parasitemia was 6.1%. Found all developmental forms of Plasmodium: gametocytes, trophozoites and schizonts. Morphologically, the trophozoites were presented oval or pyriform, irregularly spherical schizonts with merozoites by about 14 schizonts, the macrogametocytes and microgametocytes had rounded or elongated shape, elongated forms prevail. Given the scarcity of trophozoites and schizonts and predominance of gametocytes, morphometric characterizations using the measure of 30 forms were made only for the latter an evolutionary way, the macrogametocytes had a mean length of 10.16 ± 1.48μm and an average width of 2.40 ± 0.72μm. Already the microgametocytes had an average length of 11 ± 1.03μm and an average width of 2.04 ± 0.27μm. Eight Plasmodium trophozoites were measured and the average was 2.14μm to 1.46μm and diameter to the smallest diameter. As for schizont, only one has been measured as having a larger diameter 9.14μm and smaller diameter 8μm. In a PCR fragment of approximately 160 base pairs was amplified, and differentiation between the genus had measured and confirmed to be the genus Plasmodium. Sequencing revealed that probably is a co-infection with parasites of the genus Plasmodium and is one of the species involved Plasmodium relictum.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Ciências VeterináriasUFRRJBrasilInstituto de VeterináriaPinguins-de-magalhãesPlasmodium relictumHaemaboebamagellanic penguinsPlasmodium relictumHaemaboebaMedicina VeterináriaMalária aviária em Spheniscus magellanicus Forster, 1781, originários da Patagônia recolhidos na costa brasileiraAvian malaria in Spheniscus magellanicus Forster, 1781, originating in Patagonia collected off the Brazilian coastinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisATKINSON, C. T.; DUSEK, R. J.; WOODS,K.L. et al. Pathogenicity of avian malaria in experimentally-infected Hawaii Amakihi. Journal of wildlife diseases, v. 36, n. 2, p. 197-204, 2000. ATKINSON, C. T.; VAN RIPER III, C. 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description A malária aviária é uma importante doença em pinguins de cativeiro e em seu ambiente natural, e atualmente é considerada a principal causa de morte nesta espécie. A presente pesquisa teve como objetivo avaliar a presença de malária aviária em pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) recém chegados à Fundação Zoológico do Rio de Janeiro (RIOZOO) após terem sido recolhidos nas praias do Rio de Janeiro e regiões limítrofes. Para o estudo, foram amostradas 44 aves mantidas na Fundação RIOZOO. As aves foram observadas quanto à presença de parasitos e de sinais clínicos relacionados a esses, além disso, analisou-se a prevalência, parasitemia, morfologia e morfometria dos parasitos encontrados. Para confirmar o diagnóstico, realizou-se a técnica molecular de reação em cadeia da polimerase (PCR) com o gene mitocondrial genérico para Plasmodium, Haemoproteus e Leucocytozoon para as cinco aves mais parasitadas; a diferenciação entre os gêneros foi realizada por meio da técnica de PCR-RFLP. Quatro amostras positivas foram enviadas para sequenciamento e o resultado obtido foi comparado com outras sequências do gene mitocondrial do GenBank, o que serviu para construção da árvore filogenética. O estado de saúde geral das aves era grave, apresentando-se prostradas, anêmicas e com fezes de coloração esverdeada. A análise dos esfregaços sanguíneos das aves amostradas revelou a presença de formas evolutivas parasitando eritrócitos, sugestivo de parasitos do gênero Plasmodium. Dos 44 pinguins-de-magalhães amostrados 21 estavam parasitados, apresentando prevalência de 47,73%. A parasitemia mais elevada foi de 6,1%. Foram encontrados todas as formas evolutivas de plasmódios:gametócitos, trofozoítos e esquizontes. Morfologicamente, os trofozoítos apresentaram-se ovais ou piriformes, os esquizontes irregularmente esféricos com cerca de 14 merozoítos por esquizontes, os macrogametócitos e microgametócitos apresentavam formato arredondado ou alongado, prevalecendo as formas alongadas. Morfométricamente, os macrogametócitos apresentaram comprimento médio de 10,16 ± 1,48 μm e largura média de 2,40 ± 0,72 μm; os microgametócitos apresentaram comprimento médio de 11 ± 1,03 μm e largura média de 2,04 ± 0,27 μm; os trofozoítos apresentaram 2,14μm para o diâmetro maior e 1,46μm para o diâmetro menor, e os esquizontes apresentaram como diâmetro maior 9,14μm e 8μm como diâmetro menor. Na PCR um fragmento de aproximadamente 160 pares de base foi amplicado, e a diferenciação entre os gêneros confirmou se tratar do gênero Plasmodium. O sequenciamento revelou que provavelmente ocorre uma co-infecção de parasitos do gênero Plasmodium e que uma das espécies envolvidas é Plasmodium relictum.
publishDate 2012
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