"Em qualquer chão: sempre gaúcho!": a multiterritorialidade do migrante gaúcho no Mato Grosso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rocha, Betty Nogueira
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
Texto Completo: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11622
Resumo: O esforço empreendido nesta pesquisa foi o de investigar como se dá o processo de territorialização do migrante gaúcho no norte do estado de Mato Grosso. O fio condutor desta análise é a (re)construção da identidade gaúcha informada pela auto-imagem deste grupo social que se vê como desbravador, pioneiro e empreendedor que, ao deixar seu território de origem, carrega consigo, em sua bagagem, todo um cabedal de representações e referenciais sócio-culturais que são acionados no território de adoção como marca distintiva de sua territorialidade. Trata-se de um estudo de caso a partir da história de vida e da memória dos migrantes gaúchos que saíram da região sul do país tendo como ponto de atração o lugar que hoje é sede do município de Lucas do Rio Verde. O caminho investigativo aponta para um eixo analítico que tem por referencial a noção de poder simbólico, onde a identidade social do grupo interfere e é decisiva na constituição de novos territórios. É através de todo um aparato simbólico utilizando-se de elementos espaciais, representações ou símbolos que o gaúcho constitui a sua identidade territorial, ou seja, dá ou revela um aspecto homogeneizador ao território em que vive, mesmo que distante de sua terra natal, capaz de conferir ao grupo uma determinada coesão e força (simbólica). Neste sentido, um processo de constituição de um território envolve, dialeticamente, um movimento indissociável de desterritorialização e de re-territorilização que ocorre em escalas distintas e pode ser melhor compreendido a partir do conceito de multiterritorialidade. Esta incursão investigativa tem por objetivo compreender as práticas (sociais e culturais) e representações que foram selecionadas por este ator social, o gaúcho , para imprimir a sua identidade neste novo território e demonstrar que há uma interdependência, que não pode ser ignorada, entre as relações sócioculturais dos migrantes e o padrão de apropriação e organização territorial em diferentes escalas.
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O fio condutor desta análise é a (re)construção da identidade gaúcha informada pela auto-imagem deste grupo social que se vê como desbravador, pioneiro e empreendedor que, ao deixar seu território de origem, carrega consigo, em sua bagagem, todo um cabedal de representações e referenciais sócio-culturais que são acionados no território de adoção como marca distintiva de sua territorialidade. Trata-se de um estudo de caso a partir da história de vida e da memória dos migrantes gaúchos que saíram da região sul do país tendo como ponto de atração o lugar que hoje é sede do município de Lucas do Rio Verde. O caminho investigativo aponta para um eixo analítico que tem por referencial a noção de poder simbólico, onde a identidade social do grupo interfere e é decisiva na constituição de novos territórios. É através de todo um aparato simbólico utilizando-se de elementos espaciais, representações ou símbolos que o gaúcho constitui a sua identidade territorial, ou seja, dá ou revela um aspecto homogeneizador ao território em que vive, mesmo que distante de sua terra natal, capaz de conferir ao grupo uma determinada coesão e força (simbólica). Neste sentido, um processo de constituição de um território envolve, dialeticamente, um movimento indissociável de desterritorialização e de re-territorilização que ocorre em escalas distintas e pode ser melhor compreendido a partir do conceito de multiterritorialidade. Esta incursão investigativa tem por objetivo compreender as práticas (sociais e culturais) e representações que foram selecionadas por este ator social, o gaúcho , para imprimir a sua identidade neste novo território e demonstrar que há uma interdependência, que não pode ser ignorada, entre as relações sócioculturais dos migrantes e o padrão de apropriação e organização territorial em diferentes escalas.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPqThe effort undertaken in this research was to investigate how the process of installation of the gaucho migrant in the north of Mato Grosso State happens. The basis of the analysis is the (re)construction of the gaúcha identity informed by the self-image of this social group which sees itself as an explorer, a pioneer and an enterprising that, leaving its origin territory, takes with it, in its baggage, a set of socio-cultural representations and references which are recovered in the new territory as a characteristic mark of its territoriality. It is about a case study from the life history and the gaúchos migrants memory who left the south region of the country going to a place which nowadays is the seat of the district of Lucas do Rio Verde. The research points to an analysis which has as reference the notion of symbolic power in which the group social identity interferes and is decisive in the constitution of new territories. It is through a symbolic array, using spacial elements, representations or symbols, that the gaucho constitutes his territorial identity, that is, he gives or reveals an aspect which homogenizes the territory where he lives, even if far from his homeland, able to give the group a certain cohesion and power (symbolic). In this way, a constitution process of a territory involves, dialectically, an indissoluble movement of unisntallation and reinstallation which happens in different scales and can be better understood from the concept of multiterritoriality. This dissertation has the aim of understanding the customs (social and cultural) and representations which were selected by this social actor, the gaucho , to print his identity in this new territory and to demonstrate that there is an interdependency which cannot be ignored among the socio-cultural relationships of the migrants and the standard of appropriation and territorial organization in different scales.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e SociedadeUFRRJBrasilInstituto de Ciências Humanas e Sociaismigraçãoidentidade gaúcha,multiterritorialidadeMato GrossoLucas do Rio Verdemigrationgaúcha identitymultiterritorialitySociologia"Em qualquer chão: sempre gaúcho!": a multiterritorialidade do migrante gaúcho no Mato Grosso"In any ground: always gaúcho!": the multiterritoriality of the gaúcho migrant in Mato Grossoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttps://tede.ufrrj.br/retrieve/14792/2006%20-%20Betty%20Nogueira%20Rocha.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/18564/2006%20-%20Betty%20Nogueira%20Rocha.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/24900/2006%20-%20Betty%20Nogueira%20Rocha.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/31305/2006%20-%20Betty%20Nogueira%20Rocha.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/37657/2006%20-%20Betty%20Nogueira%20Rocha.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/44057/2006%20-%20Betty%20Nogueira%20Rocha.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/50409/2006%20-%20Betty%20Nogueira%20Rocha.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/56883/2006%20-%20Betty%20Nogueira%20Rocha.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/jspui/handle/tede/618Made available in DSpace on 2016-04-28T20:12:49Z (GMT). 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