"Os Defensores da Honra do Brasil": áulicos, idéias e política na Corte fluminense (1822-1830)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marques Júnior, Nelson Ferreira
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
Texto Completo: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/545
Resumo: Os Áulicos fluminenses, de 1822-1830, constituem o objeto maior de estudo desta monografia. Trata-se de analisar suas idéias, propostas, a nova linguagem política, que, incorpora no Brasil, e como se configura essa elite intelectual, no Primeiro Reinado. Tudo isso, dentro de uma cultura política plasmada, com aspectos modernos e, ao mesmo tempo, convivendo com práticas e idéias remanescentes do antigo regime. O Primeiro Reinado é um dos períodos menos estudados da história brasileira. Afora a produção dedicada à temática da Independência e da Abdicação, estás sim bastante discutida, há inúmeros questionamentos pendentes no período em foco. A começar pelos próprios elementos cruciais da política imperial: as facções concorrentes e a imprensa doutrinária. Pouco se sabe, por exemplo, sobre os áulicos; qual era o perfil do grupo (e não só de algumas lideranças), por que apoiavam fielmente o imperador, como atuavam no Parlamento, e que papel, efetivamente, tiveram na sustentação do governo? O entrementes, do período de 1824 a 1830, ainda permanece pouco investigado. Também chama a atenção, a falta de estudos a respeito dos diversos jornais áulicos, que tiveram papel decisivo na legitimação do governo, contra as facções rivais. A entrada da cultura política portuguesa, na Corte fluminense, deve-se a imprensa panfletária fluminense e lusitana dos anos 1820, as tensões semânticas foram evidentes. A convivência entre o moderno (luzes portuguesas) e o antigo (mentalidade de Colônia), dava novos conceitos às palavras. Apesar de as elites possuírem a cultura política de mesma origem lusitana, não se tornaram um grupo homogêneo. É nessa perspectiva, que busco o fio condutor para entender os áulicos.
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O Primeiro Reinado é um dos períodos menos estudados da história brasileira. Afora a produção dedicada à temática da Independência e da Abdicação, estás sim bastante discutida, há inúmeros questionamentos pendentes no período em foco. A começar pelos próprios elementos cruciais da política imperial: as facções concorrentes e a imprensa doutrinária. Pouco se sabe, por exemplo, sobre os áulicos; qual era o perfil do grupo (e não só de algumas lideranças), por que apoiavam fielmente o imperador, como atuavam no Parlamento, e que papel, efetivamente, tiveram na sustentação do governo? O entrementes, do período de 1824 a 1830, ainda permanece pouco investigado. Também chama a atenção, a falta de estudos a respeito dos diversos jornais áulicos, que tiveram papel decisivo na legitimação do governo, contra as facções rivais. A entrada da cultura política portuguesa, na Corte fluminense, deve-se a imprensa panfletária fluminense e lusitana dos anos 1820, as tensões semânticas foram evidentes. A convivência entre o moderno (luzes portuguesas) e o antigo (mentalidade de Colônia), dava novos conceitos às palavras. Apesar de as elites possuírem a cultura política de mesma origem lusitana, não se tornaram um grupo homogêneo. 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