Estudo da mistura carboximetilcelulose/Lithothamnium como veículo para inoculantes rizobianos

• Autor(a) principal: Rocha, Jéssica Feitoza da
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
• Texto Completo: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13469
• topic: Inoculantes; Lithothamnium; Carboximetilcelulose; Viabilidade celular; Inoculants; Carboxymethylcellulose; Cell viability; Química

Inoculantes podem ser definidos como sendo formulações compostas por uma ou mais estirpes bacterianas que promovem o crescimento das plantas. O veículo de inoculação mais utilizado é o turfoso, entretanto, a turfa é um recurso natural não renovável, sendo necessário investir em novas formulações de veículos de inoculação. Formulações contendo misturas poliméricas vem ganhando destaque, pois é possível reunir propriedades específicas de cada componente em um único material. Dessa forma, o estudo do efeito da alga Lithothamnium calcareum em conjunto com polímeros naturais como veículos de inoculação se mostrou relevante. O Lithothamnium é uma alga marinha, onde sua principal característica é a deposição de carbonato de cálcio em sua parede celular, além de possuir mais de 20 microelementos em sua composição. Assim, esta dissertação teve como objetivo investigar a ação da alga Lithothamnium calcareum, na preparação da mistura a base de Carboximetilcelulose/Lithothamnium (CMC/Litho) e seu potencial uso na agricultura como veículo de inoculação bacteriano. Foram preparadas diferentes composições da mistura CMC/Lithothamnium, com e sem a adição de fósforo, e avaliadas quanto à capacidade de manutenção de células viáveis. Essas amostras foram submetidas também ao estudo do comportamento reológico e à caracterização por Espectroscopia na Região do Infravermelho. Resultados obtidos nos ensaios reológicos mostraram que na região de baixas frequências a presença de Lithothamnium confere um caráter viscoso a mistura. Entretanto, observou-se uma predominância da componente elástica na região de maiores frequências, tendendo ao valor apresentado pela CMC pura. Através dos resultados obtidos por Espectroscopia na Região do Infravermelho foi possível constatar a presença de carbonato de cálcio presente na alga. Os resultados de viabilidade celular indicaram que o ponto ótimo de teor de Lithothamnium a ser utilizado foi o de 50ppm, revelando valores de sobrevivência próximos ao veículo de inoculação turfoso, em torno de 107 ucf/mL. Verificou-se que a mistura CMC/Litho mantém a viabilidade celular de células rizobianas e a alga proporciona maior estabilidade dimensional à mistura. Desse modo, a mistura CMC/Litho possui potencial como veículo de inoculação.