Artes da existência: travestis em jornais de São Paulo, décadas de 1970 e 1980

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nicolau, Marcio Almeida
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
Texto Completo: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13893
Resumo: Como subjetividades (re)existem à biopolítica que naturaliza a cisgeneridade como norma? Considerando a relação entre cisheteronormatividade e a produção de abjeção, realço aqui estratégias de invenção de si que, implicando em subjetivação autônoma, cuidado de si e cuidado dos outros, sugerem modos de existência como arte. Estéticas que transformam vida precária em vida potente. Assim analiso a emergência histórica de travestis e transexuais nos diários Folha e Estado de S. Paulo entre os anos setenta e oitenta. Abordando conteúdos noticiosos como um conjunto de acontecimentos discursivos, penso a hierarquização de gênero vinculada a outras hierarquias, admitindo convergências entre a analítica da normalização, proposta por Michel Foucault, e a problematização de gênero, formulada por Judith Butler.
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spelling Nicolau, Marcio AlmeidaLopes, Fábio HenriqueCPF: 144.373.218-47Santos, Rafael França Gonçalves dosBrandão, Renata RodriguesCPF: 090.834.837-11http://lattes.cnpq.br/86016375991180772023-12-22T02:52:10Z2023-12-22T02:52:10Z2019-06-17NICOLAU, Marcio Almeida. Artes da existência: travestis em jornais de São Paulo, décadas de 1970 e 1980. 2019. 107 f. Dissertação (Mestrado em História) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2019.https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13893Como subjetividades (re)existem à biopolítica que naturaliza a cisgeneridade como norma? Considerando a relação entre cisheteronormatividade e a produção de abjeção, realço aqui estratégias de invenção de si que, implicando em subjetivação autônoma, cuidado de si e cuidado dos outros, sugerem modos de existência como arte. Estéticas que transformam vida precária em vida potente. Assim analiso a emergência histórica de travestis e transexuais nos diários Folha e Estado de S. Paulo entre os anos setenta e oitenta. Abordando conteúdos noticiosos como um conjunto de acontecimentos discursivos, penso a hierarquização de gênero vinculada a outras hierarquias, admitindo convergências entre a analítica da normalização, proposta por Michel Foucault, e a problematização de gênero, formulada por Judith Butler.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorHow do subjectivities (re)exist to biopolitics that naturalizes cisgenerity as a norm? Considering the relation between cisheteronormativity and the production of abjection, I highlight here strategies of self-invention which, implying in autonomous subjectivation, caring for oneself and caring for others, suggest modes of existence as art. Aesthetics that transform precarious life into potent life. Thus I analyze the historical emergence of transvestites and transsexuals in the diaries Folha and Estado de S. Paulo between the seventies and eighties. Addressing news content as a set of discursive events, I think the gender hierarchy linked to other hierarchies, admitting convergences between the analytic of normalization, proposed by Michel Foucault, and the questioning of gender, formulated by Judith Butler.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em HistóriaUFRRJBrasilInstituto de Ciências Humanas e SociaisgênerotravestistransexuaisO Estado de S. PauloFolha de S. PaulogendertransvestitestranssexualsHistóriaArtes da existência: travestis em jornais de São Paulo, décadas de 1970 e 1980Arts of existence: travestis in newspapers of São Paulo, 1970's and 1980'sinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis1. Livros: PASCHOAL, Marcio. Rogéria: uma mulher e mais um pouco. 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description Como subjetividades (re)existem à biopolítica que naturaliza a cisgeneridade como norma? Considerando a relação entre cisheteronormatividade e a produção de abjeção, realço aqui estratégias de invenção de si que, implicando em subjetivação autônoma, cuidado de si e cuidado dos outros, sugerem modos de existência como arte. Estéticas que transformam vida precária em vida potente. Assim analiso a emergência histórica de travestis e transexuais nos diários Folha e Estado de S. Paulo entre os anos setenta e oitenta. Abordando conteúdos noticiosos como um conjunto de acontecimentos discursivos, penso a hierarquização de gênero vinculada a outras hierarquias, admitindo convergências entre a analítica da normalização, proposta por Michel Foucault, e a problematização de gênero, formulada por Judith Butler.
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Direção de Lufe Steffen. São Paulo: 2013. (120 min.), son., color. UMA Nova Onda de Liberdade: a História do Madame Satã. Direção de Wladimyr Ratys Marques da Cruz. São Paulo: BDT Filmes, 2015. (106 min), son., color. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz de. O historiador naïf ou a análise historiográfica como prática de excomunhão. In: GUIMARÃES, Manoel Luiz Salgado (org.). Estudos sobre a escrita da história. Rio de Janeiro: 7Letras, 2006, p. 192-215. BENTO, Berenice. O que é transexualidade. São Paulo: Brasiliense, 2008, 223 p. ______. O que pode uma teoria? Estudos transviados e despatologização das identidades trans. Florestan, n. 2, 2014, p. 46-66 BORRILLO, Daniel. Homofobia: história e crítica de um preconceito. Tradução de Guilherme João de Freitas Teixeira. Belho Horizonte: Autêntica Editora, 2016, 141 p. BORTOLOZZI, Remon Matheus. A Arte Transformista Brasileira: Rotas para uma genealogia decolonial. 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