Datas comemorativas e o currículo da educação infantil: Reflexões sobre pedagogias decolonizadoras e relações étnico-raciais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
Texto Completo: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13001 |
Resumo: | O presente trabalho propõe a discussão sobre a forma como as instituições de educação infantil (nesse caso, especificamente, as públicas e do município do Rio de Janeiro) têm suas práticas curriculares relacionadas a datas comemorativas, em sua maioria, àquelas de cunho religioso-cristão, cívicas ou associadas a um modelo de família patriarcal mononuclear. Diante dessa reflexão, surge como principal questão saber quais as razões da presença de certas datas comemorativas nas práticas curriculares da Educação Infantil e compreender que consequências podem ter na formação dessas crianças, que estão vivendo suas primeiras experiências sociais fora do âmbito familiar. Afinal, que culturas são representadas e valorizadas nessas práticas? Todos os sujeitos (educadores e alunos) se identificam com as manifestações culturais presentes na escola e podem se expressar livremente diante das mesmas? A diversidade étnico-racial, cultural e religiosa é respeitada nesse contexto? Afinal, como se desenham as orientações dos documentos oficiais a respeito do currículo da educação infantil? As questões postas neste trabalho se relacionam ainda às concepções curriculares dos docentes e das instituições de Educação Infantil, tendo em vista que há muitas entrelinhas a investigar entre o currículo oficial e aquele praticado no cotidiano escolar. Relacionam-se ainda a uma reflexão acerca de qual cultura é aceita e valorizada dentro do espaço educativo formal. Para dialogar com as questões aqui colocadas, o trabalho se apoiará teoricamente na perspectiva histórica da construção da ideia de infância e de uma educação para as crianças pequenas no Brasil, e também, nos conceitos de currículo, colonialidade e racismo epistêmico. |
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Diante dessa reflexão, surge como principal questão saber quais as razões da presença de certas datas comemorativas nas práticas curriculares da Educação Infantil e compreender que consequências podem ter na formação dessas crianças, que estão vivendo suas primeiras experiências sociais fora do âmbito familiar. Afinal, que culturas são representadas e valorizadas nessas práticas? Todos os sujeitos (educadores e alunos) se identificam com as manifestações culturais presentes na escola e podem se expressar livremente diante das mesmas? A diversidade étnico-racial, cultural e religiosa é respeitada nesse contexto? Afinal, como se desenham as orientações dos documentos oficiais a respeito do currículo da educação infantil? As questões postas neste trabalho se relacionam ainda às concepções curriculares dos docentes e das instituições de Educação Infantil, tendo em vista que há muitas entrelinhas a investigar entre o currículo oficial e aquele praticado no cotidiano escolar. Relacionam-se ainda a uma reflexão acerca de qual cultura é aceita e valorizada dentro do espaço educativo formal. Para dialogar com as questões aqui colocadas, o trabalho se apoiará teoricamente na perspectiva histórica da construção da ideia de infância e de uma educação para as crianças pequenas no Brasil, e também, nos conceitos de currículo, colonialidade e racismo epistêmico.The present work proposes the discussion about the way in which the Early Childhood Education institutions (in this case, specifically, the public ones in the Rio de Janeiro) have their curricular practices related to commemorative dates, in their majority, those of religious-Christian, civic or associated to a mononuclear patriarchal family model. In light of this reflection, the main question arises as to the reasons for the presence of certain commemorative dates in the curricular practices of Early Childhood Education and to understand what consequences they may have in the formation of these children, who are living their first social experiences outside the family context. After all, what cultures are represented and valued in these practices? Do all subjects (educators and students) identify with the cultural manifestations present in the school and can express themselves freely in front of them? Is ethnic, racial, cultural and religious diversity respected in this context? After all, how do you draw the guidelines of official documents on the curriculum of early childhood education? The questions posed in this paper are still related to the curricular conceptions of teachers and institutions of Early Childhood Education, considering that there are many lines to investigate between the official curriculum and that practiced in school everyday. They are also related to a reflection about which culture is accepted and valued within the formal educational space. In order to discuss the issues raised here, the paper will theoretically support the historical perspective of the construction of the idea of childhood and an education for the young children in Brazil, as well as the concepts of curriculum, coloniality and epistemic racism.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas PopularesUFRRJBrasilInstituto Multidisciplinar de Nova Iguaçucurrículoeducação infantilrelações étnico-raciaiscurriculumEarly Childhood Educationethnic-racial relationsEducaçãoDatas comemorativas e o currículo da educação infantil: Reflexões sobre pedagogias decolonizadoras e relações étnico-raciaisCommemorative dates and early childhood education curriculum: Reflections on decolonizing pedagogies and ethnic-racial relations.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisARIÈS, Philippe. História Social da Criança e da Família. 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