A pátria entre paródia, utopia e melancolia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Estudos Sociedade e Agricultura (Online) |
Texto Completo: | https://revistaesa.com/ojs/index.php/esa/article/view/230 |
Resumo: | O presente artigo traça o percurso de Lima Barreto como escritor marginal à sociedade elitista e decadente da Primeira República. O escritor oscilava entre o desejo de ser reconhecido pelas instituições literárias, tendo concorrido sem sucesso duas vezes à Academia Brasileira de Letras, mas paradoxal criticava e parodiava estas mesmas instituições consideradas retrógradas. A leitura aqui apresentada de Policarpo Quaresma, relacionando autor e personagem, contextualiza e detecta os procedimentos estéticos utilizados para exprimir o político em sua obra. Através do personagem nacionalista que formula planos de reforma cultural, econômica e política para o país, o autor mostra como o romance, entre sátira e paródia, desmascara diversos mitos nacionalistas, dentre eles a crença na fertilidade do solo brasileiro, o que leva o protagonista a engendrar uma malograda reforma regional e nacional da agricultura. Policarpo, buscando uma pureza cultural, vai assumindo um patriotismo cada vez mais fanático, e Lima Barreto deixa entrever, assim, sua posição pessimista e crítica em relação às concepções iluministas da História, esboçando por outro lado um patriotismo social e um reconhecimento da importância da mestiçagem cultural. |
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A pátria entre paródia, utopia e melancoliaO presente artigo traça o percurso de Lima Barreto como escritor marginal à sociedade elitista e decadente da Primeira República. O escritor oscilava entre o desejo de ser reconhecido pelas instituições literárias, tendo concorrido sem sucesso duas vezes à Academia Brasileira de Letras, mas paradoxal criticava e parodiava estas mesmas instituições consideradas retrógradas. A leitura aqui apresentada de Policarpo Quaresma, relacionando autor e personagem, contextualiza e detecta os procedimentos estéticos utilizados para exprimir o político em sua obra. Através do personagem nacionalista que formula planos de reforma cultural, econômica e política para o país, o autor mostra como o romance, entre sátira e paródia, desmascara diversos mitos nacionalistas, dentre eles a crença na fertilidade do solo brasileiro, o que leva o protagonista a engendrar uma malograda reforma regional e nacional da agricultura. Policarpo, buscando uma pureza cultural, vai assumindo um patriotismo cada vez mais fanático, e Lima Barreto deixa entrever, assim, sua posição pessimista e crítica em relação às concepções iluministas da História, esboçando por outro lado um patriotismo social e um reconhecimento da importância da mestiçagem cultural.Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (CPDA/UFRRJ)2013-12-08info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistaesa.com/ojs/index.php/esa/article/view/230Estudos Sociedade e Agricultura; Estudos Sociedade e Agricultura, v. 11, n. 1Estudos Sociedade e Agricultura; Estudos Sociedade e Agricultura, v. 11, n. 1Estudos Sociedade e Agricultura; Estudos Sociedade e Agricultura, v. 11, n. 12526-7752reponame:Estudos Sociedade e Agricultura (Online)instname:Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)instacron:UFRRJporhttps://revistaesa.com/ojs/index.php/esa/article/view/230/226Zilly, Bertholdinfo:eu-repo/semantics/openAccess2019-04-03T18:32:25Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/230Revistahttps://revistaesa.com/ojs/index.php/esaPUBhttps://revistaesa.com/ojs/index.php/esa/oaiestudoscpda@gmail.com||2526-77521413-0580opendoar:2019-04-03T18:32:25Estudos Sociedade e Agricultura (Online) - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)false |
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